segunda-feira, 22 de março de 2010

O Ciúme e o relacionamento afetivo


CIÚME


Tipificando insegurança psicológica e desconfi­ança sistemática, a presença do ciúme na alma trans­forma-se em algoz implacável do ser. O paciente que lhe tomba nas malhas estertora em suspeitas e verda­des, que nunca encontram apoio nem reconforto.

Atormentado pelo ego dominador, o paciente, quando não consegue asfixiar aquele a quem estima ou ama, dominando-lhe a conduta e o pensamento, foge para o ciúme, em cujo campo se homizia a fim de entregar-se aos sofrimentos masoquistas que lhe ocul­tam a imaturidade, a preguiça mental e o desejo de impor-se à vitima da sua psicopatologia.

No aturdimento do ciúme, o ego vê o que lhe agra­da e se envolve apenas com aquilo em que acredita, ficando surdo à razão, à verdade.

O ciúme atenaza quem o experimenta e aquele que se lhe torna alvo preferencial.

O ciumento, inseguro dos próprios valores, des­carrega a fúria do estágio primitivista em manifesta­ções ridículas, quão perturbadoras, em que se conso­me. Ateia incêndios em ocorrências imaginárias, com a mente exacerbada pela suspeita infeliz, e envene­na-se com os vapores da revolta em que se rebolca, insanamente.

Desviando-se das pessoas e ampliando o círculo de prevalência, o ciúme envolve objetos e posições, posses e valores que assumem uma importância alu­cinada, isolando o paciente nos sítios da angústia ou armando-o com instrumentos de agressão contra to­dos e tudo.

O ciúme tende a levar sua vítima à loucura.

O ego enciumado fixa o móvel da existência no de­sejo exorbitante e circunscreve-se à paixão dominado­ra, destruindo as resistências morais e emocionais, que terminam por ceder-lhe as forças, deixando de reagir.

Armadilha do ego presunçoso, ele merece o ex­termínio através da conquista de valores expressivos, que demonstrem ao próprio indivíduo as suas possi­bilidades de ser feliz.

Somente o self pode conseguir essa façanha, ar­rebentando as algemas a que se encontra agrilhoa­do, para assomar, rico de realizações interiores, su­perando a estreiteza e os limites egóicos, expandin­do-se e preenchendo os espaços emocionais, as aspi­rações espirituais, vencidos pelos gases venenosos do ciúme.

Liberando-se da compressão do ciúme, a pouco e pou­co, o eu profundo respira, alcança as praias largas da existência e desfruta de paz com alguém ou não, com algo ou nada, porém com harmonia, com amor, com a vida.


O SER CONSCIENTE

DIVALDO PEREIRA FRANCO

DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS







O Ciúme e o relacionamento afetivo


Conclusão

Eis, Gente Linda, tudo azul azul?! ;-)
Pois é, o ciúme ainda é um questão muito vivida por nós e presente na vida afetiva e na vida social; embora, na maioria das vezes, nos recusemos a aceitar que tenhamos esse sentimento em nós, seja em grau que poderiamos considerar normal ao nosso estgio evolutivo seja em sentimento excessivo, desajustado e desequilibrado.
O ciúmes, assim, é algo contraditório com o verdadeiro sentimento de Amor(como vimos nos textos do LE e do ESE), e o Amor é fazer o bem que queremos para nós aos outros e quando falamos em ciúmes verificamos que ele decorre da paixão , que é uma emoção forte, arrebatadora e que compromete o discernimento.
E quando falamos em paixão verificamos lá no LE(itens 907/912), que ela - a paixão - em si mesma não é má; o problema ocorre quando ela é excessiva e quando abusamos dela.
André Luiz, em psicografia do Chico, no livro Entre a Terra e o Céu, faz uma referência à essa questão do ciúme:

"(...)_ Odila, o ciúme que não destruímos, enquanto dispomos da oportunidade de trabalhar no corpo denso,m transforma-se em aflitiva fogueira a calcinar-nos o coração depois da morte.(...)"

Emmanuel, em psicografia também do Chico, no livro O Consolador, assim expressa a questão do ciúme:

"183 - Como se interpreta o ciúme no plano espiritual?

_ O ciúme , propriamente considerado nas suas expressões de escândalo e de violência, é um indício de atraso moral ou de estacionamento no egoismo, dolorosa situação que o homem somente vencerá a golpes de muito esforço, na oração e na vigilância, de modo a enriquecer o seu íntimo com a luz do amor universal, começando pela piedade para com todos os que sofrem e erram, guardando também a disposição sadia para cooperação na elevação de cada um.
Só a compreensão da vida, colocando-nos na situação de quem errou ou de quem sofre, a fim de iluminarmos o raciocínio para a análise serena dos acontecimentos, poderá aniquilar o ciúme do coração, de modo a cerrar-se a porta do perigo, pela qual toda alma pode atirar-se a terríveis tentações, com largos relfexos nos dias do futuro."(p.110)

Dentro da Codificação Doutrina Espírita, sabemos que " reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações." (AK)

Eis aí o processo de transformação moral a que nos devemos propor sempre e constantemente e, uma coisa é certa, ainda temos muito o que aprender sobre nós mesmos a fim de podermos superar nosso próprio atraso moral, superar nosso estacionamento no egoismo.

Para encerrarmos, por enquanto, esse assunto, vamos deixar abaixo uma palestra virtual feita pelo Irc-espiritismo, sobre o Ciúmes e suas consequências psiquícas, que, embora o texto seja um pouquinho longo, vale a pena o ler e refletir, sobre tá legal?! :-)


Palestra Virtual Promovida pelo IRC-Espiritismo
Http://www.Irc-espiritismo.org.br
Tema: O Ciúme e Suas Complicações no Psiquismo
Palestrante: Maria Emília Tourinho
Rio de Janeiro 05/04/2002

Organizadores da Palestra:
Moderador: "Naema" (nick: [Moderador])
"Médium digitador": "M_Alves" (nick: Maria_Emilia)
Oração Inicial:
Amigos, vamos agradecer a Deus e a Jesus por mais esta oportunidade de estarmos juntos nesta noite preparando-nos para o estudo deixando nossos corações leves para que saiam daqui ao término da palestra repleto de conhecimentos de amor. Que possamos repensar nossas ações para respeitarmos e sermos respeitados. Obrigada, bons espíritos que nos acompanham.
Que nossa palestrante possa ser muito feliz nesse momento em que vai dividir conosco seus pensamentos. Assim Seja! (t)
Apresentação do Palestrante:
Trabalho como psiquiatra, desenvolvendo este trabalho em vários setores, sou médium do Centro Espírita Léon Denis e estamos aqui para falar sobre este tema tão interessante.
(t)
Considerações Iniciais do Palestrante:
Hoje vamos falar sobre esse assunto tão comum nas relações. "O Ciúme".
Tal sentimento, difícil de definir, pode ser considerado normal ou patológico. Para se ser ciumento é preciso ser perseverante no objeto do amor e é preciso um grau importante de frustração nesta intenção de amar. O individuo julga sem muita base que não é correspondido e começa a desenvolver uma cascata de sentimentos torturantes que o levam a sentir raiva, mas não poder manifestála, a sentir temor e não poder fugir, a querer se impor e ter medo de perder, a querer não sentir e ficar mais confuso.
Da fé no amor chega ao desespero...
Por isso, o ciúme é considerado um demônio perturbador e desestruturante da personalidade onde o indivíduo vive o que acha que é, mas não tem certeza, mas que também não pode ser de outra forma. Não há ciúme sem inveja e insegurança. O ciumento por amor a vida deseja amar e se não o consegue passa a agredir-se e a agredir o seu companheiro sem racionalizar, embora se considere culturalmente um sentimento feminino, os homens são MUITO ciumentos.
O não-ciumento sabe o que eu estou falando...
O que gera o ciúme é o desejar... O que alimenta o ciúme é o frustrar-se. Gostaria de trazer para reflexão cinco comportamentos ciumentos destrutivos:
Primeiro: Ciumento queixoso - é aquele que implora, falando ou em silêncio, o amor que pensa não receber. Usa de agressividade com pitadas de covardia, pois se esmera em ofender dissimuladamente.
Sente-se ofendido e frustrado e é capaz de interpretar um papel, com cena e tudo, para demonstrar sua insatisfação.
Segundo: Ciumento trombudo - introvertidos e desconfiados por natureza, demonstram grande imaturidade afetiva, ficando "de tromba" quando o companheiro não corresponde. Usa o silêncio e a frieza para revidar a não correspondência. Faz greves intermináveis. Sua atitude de fuga o torna um ciumento crônico, pois não se confronta com o motivo que o faz ressentir-se.
Terceiro: Ciumento recriminante - com o dedo em riste, este ciumento, meio maníaco, meio paranóico, explica minuciosamente os motivos de suas desconfianças. Se sente prejudicado por não ser amado como gostaria. Acusa e faz vexame em público. Usa frases insultantes, agressivas e são chamados de imperialistas do amor.
Não admitem que o seu par seja daquele jeito, que o ame daquela maneira, tem de ser como ele quer. Policia o comportamento e as atitudes do companheiro, e este "coitado" vive eternamente num salto alto. Intimida e usa o ciúme como uma arma para justificar sua agressividade.
Quarto: Ciumento autopunitivo - é o ciumento que se sente infeliz por amar. Inflige-se a própria tortura da desconfiança e se pune se afastando de quem gosta. Dispõe-se a desaparecer se for preciso. Deixa de comer e tenta o suicídio de maneira QUE NÃO MORRA. Cria todas as facilidades para que o outro o traia, para dizer que "a culpa é sua", criando uma armadilha para o outro.
Quinto: Ciumento vingativo - este é da época de Moisés: "- Olho por olho, dente por dente". Pensa: "Me traiu... me aguarde". Se se sente abandonado, restitui o sofrimento que se julga vítima, compete com o par e imagina represálias para punir a quem julga amar. A frase para este ciumento: "Aqui jaz o cadáver do amor".
Encerro minha exposição dizendo a todos que tenho uma receitinha muito boa para combater o ciúme. Estou aguardando os pedidos. (t)
Perguntas/Respostas:
<[moderador]> [1] - <_alves_> Boa noite, Maria Emilia. O ciúme é uma doença?
É como eu disse anteriormente. O ciúme pode se transformar em patológico se apresenta aspectos destrutivos no modo do indivíduo se relacionar. O Amor pré-estabelece confiança e desejo de união. (t)
<[moderador]> [2] - Pensamentos que induzem à desconfiança, insegurança e nos levam a ações típicas de ciúme são exclusivamente falhas nossas, ou podem ser inspirados com freqüência?
Você está me perguntando se a culpa é do outro? Não esqueça que você está falando com um psiquiatra que está sempre analisando os sentidos das palavras. Sem brincadeiras posso te responder que o ciumento geralmente atrai ciumentos para junto de sí, mas é responsável por seus próprios atos. (t)
<[moderador]> [3] - <_alves_> Como ajudar a um(a) companheiro(a) ciumento?
Conversar sempre ajuda. Gostaria de ouvir mais perguntas antes de dar a minha receita final... (t)

<[moderador]> [4] - <_alves_> Maria Emília, óbvio que o germem do ciúme deve estar em nós para que possa se manifestar. Mas até que ponto ele (o ciúme) pode ser intensificado pelos "amigos" do plano espiritual?
Todo o sentimento, toda a emoção que não é bem conhecida por nós, que nos faz "sair do sério", que nos deixa sem entender o que realmente sentimos, são brechas para que esses espíritos intervenham na nossa vida. Eles podem intervir porque sentem o mesmo que nós, se emocionam com nossas causas ou porque vêem um ponto fraco nas nossas emoções para minar nossas resistências. Já estou com vontade de dar a receita... (t)
<[moderador]> [5] - <_alves_> "Conversar sempre ajuda" foi o que você disse, mas quando a pessoa não quer reconhecer e entra em "desequilíbrio" quando se fala do assunto, o que fazer?
Alves, a convivência é uma coisa muito difícil, mas romper as barreiras do silêncio de outras maneiras que as habituais ajuda. As resistências, os muros que as pessoas levantam para não nos mostrar suas verdadeiras intenções significam que
devemos ter mais atenção e cuidado diante desse ser humano. (t)
<[moderador]> [6] - Como entender o ciúme com base na lei da causa e efeito?
A lei de causa e efeito rege os sóis, as estrelas, os planetas, os seres vivos e tudo mais. O ciúme é uma reação (efeito) a frustração produzida pelo orgulho mal elaborado, mal vivido. Respondi a você? (t)
<[moderador]> [7] - Expressando-me melhor. Não será o ciúme algo ligado a dividas entre os conjugues de vidas transatas?
O ciúme transcende a encarnação. Ninguém deve cultivar esse sentimento baseando-se no fato de que o amor provém de vidas passadas. O ciúme, como eu disse, tem raiz na inveja e na insegurança. Só isso já seria bom motivo para começarmos a nossa receita. Alguém quer a receita? (t)
<[moderador]> [8] - <^^PenDragon^^> Maria Emilia, sendo o ciúmes um sentimento de baixa vibração, só poderemos dominá-lo através da oração, que traz fluxos positivos com fé e amor ao próximo, procede? Obrigado (obs.: sendo o ciúmes um sentimento de um amor exagerado")
Conheço muito ciumento que reza com ciúme, pensando em como revidar o desprezo que julga sentir. O domínio do ciúme percorre o caminho do comportamento, da mudança de conduta mental, da busca do autoconhecimento. (Ai meu Deus... já estou dando a receitinha...) Rezar sempre ajuda... Mas só rezar não resolve. (t)
<[moderador]> [9] - Vou deixar uma perguntinha: Ciúme é filho do amor ou é reflexo de possessividade?

Ciúme é o reflexo da frustração de não conseguir amar como se deseja. É uma forma egoística e narcísea de encarar a relação de amor. Coisa do nosso planetinha... Ciúme não é amor exagerado, é amor mal compreendido, mal canalizado, mal resolvido.
O objeto do amor não é o outro, é algo que ele acha que é o outro.
(t)
<[moderador]> [10] - <_alves_> Entendo, entendo... Mas como fazer essa abordagem se a pessoa se descontrola ao menor sinal do assunto? Essa pessoa da qual falo é extremamente ciumenta, isso a tem atrapalhado e a seu companheiro e não importa quem seja a pessoa a se aproximar, homem, mulher, adulto, criança, idoso, qualquer é motivo para desavença e o companheiro dela já está "entregando os pontos". O que devo dizer a ele?
Em qual dos cinco tipos de ciumentos citados na introdução você enquadraria essa pessoa? (t)
<[moderador]> [11] - Ao nos analisarmos, tentando uma autolibertação, e nos deparamos com ciúmes nos parece um desafio para vencermos o orgulho e nossa insegurança. O que nossa irmã pode comentar sobre isso? (t)
Que você está no caminho certo. Mas se você me permite brincar com você, não vá sair voando pela janela, como uma borboleta. Autolibertação é movimento para dentro. Gostaria de citar um pensamento interessante de Jung: "Quem olha para fora, sonha, quem olha para dentro, desperta". (t)
<[moderador]> [12] - <_alves_> A pessoa em questão, Emília, tem as CINCO características, infelizmente. (t)
Alves, você é meu amigo! Quer uma resposta para um problema "mala" como este? Vou te dar. Ajude a minha companheira a buscar condutas superadoras. Tudo que possa ajudá-la a superar o ciúme. Não adianta reprimir esse sentimento. Com muito cuidado, pergunte a ela o que a frustra, e como ela vive essa frustração. Você será um analista e tanto. (t)
<[moderador]> [13] - Agradeço e parabenizo a irmã pela bela figura usando a borboleta. Que bom termos uma doutrina que nos esclarece a mergulhar para dentro de nós mesmos. (t)
Feitosa, você já reparou o processo de libertação da borboleta? Ela processa um longo período de maturação. Essa figuração serve para nós humanos. Você já reparou como temos meditado pouco sobre nós mesmo? O ciúme é um sentimento escravizador, torturante, porque não existe ciúme no indiferente, no insensível. Mas o amor exige mais, exige desapego, entrega, e eu não estou falando de amor carnal... Estou falando de afeto.
Você entende? (t)

<[moderador]> [14] - <_alves_> Desculpe, minha linda, mas eu é que estou com este "rojão" e não tenho mais o que dizer à pessoa que me procura.
Então Alves, vive. Viver é muito bom. A gente aprende tanta coisa. Aprende até com os ciumentos. Acompanhe os passos desta sua amiga e vibre por ela. Você lembra: existe REENCARNOL. É um santo remédio. (t)
<[moderador]> [15] - Embora saibamos que somos os reflexos de nossas experiências, não estará muitas vezes na infância má orientada a causa de muitos ciúmes? (t)
Sem dúvida. Podemos ensinar a criança a se apegar e conseqüentemente ensinamos o medo de perder. Daí para os ciúmes é um pulo. (t)
<[moderador]> [16] - Podemos fazer uma relação entre amor e ciúme? Até quando o ciúme pode ser relacionado com o amor?
O ciúme é o efeito de um sentimento mal elaborado em relação ao amor. O ciumento deseja amar, mas não sabe amar sem ser da sua maneira. Se ele aprendeu na infância a amar egoisticamente, possessivamente, ele será um grande candidato a sentir ciúmes quando alguém despertar nele o desejo do amor. (t)
Considerações finais do palestrante:
É bom dizer "Eu te Amo", e ser livre, sem preconceito e sentir felicidade. Para isso, precisa-se de uma boa dose de autoconfiança e desejar se entregar ao relacionamento de aceitação do outro. Convido a todos a fazerem um pequeno exercício
introspectivo, depois se perguntarem quantas vezes eu disse "eu te amo", hoje, essa semana, esse mês. É preciso que nos esforcemos em viver o amor, a vida com mais desapego. Desejo a todos boas reflexões a respeito dos sentimentos humanos. Léon Denis, numa frase pequena receita uma boa fórmula de educação mental e controle das emoções. Ele diz: "A idéia é a mãe da ação". Que nossas ações sejam oriundas de idéias construtivas e altruístas, pois é disso que o mundo precisa. Muita paz a todos. (t)
Oração Final:
<_alves_> Senhor! Amado e querido Pai. Agradecemos a oportunidade de aqui estarmos amparados pelos teus mensageiros envoltos no espírito de aprendizado e crescimento. Que as orientações que recebemos neste ambiente virtual possam penetrar em nossos corações para podermos compreender melhor os nossos sentimentos e os de nossos irmãos. Seja sempre conosco, Pai, nos ajudando a crescer, sempre, rumo à tua casa. Que assim seja. (t)


CIÚMES NA VISÃO ESPÍRITA



O ciúme está envolvido com as nossas encarnações passadas e talvez seja uma perda muito grande que tivemos e por não querer perder de novo, vivemos inseguros achando que perderemos de novo assim como no passado. É como se fosse uma auto-defesa, uma tentativa de bloqueio a perdas futuras.
Talvez seja até alguma pessoa muito querida nossa que fugiu ou partiu com outro e por isso reencarnamos inseguros de tudo e de todos. Pode ser o caso de que estes ciumentos incontroláveis possam ter sidos suicidas que para não ficarem sozinhos e abandonados se suicidaram e agora tem que passar por tudo de novo para mostrar que estão recuperados.
O ciúme com certeza tem a ver com encarnações passadas e com grandes perdas e muita mágoa, porque hoje vemos que os ciumentos incontroláveis sofrem muito com uma simples "possibilidade" de perda, mesmo que seja coisa de sua mente, eles sofrem com essa situação, os ciumentos não agem assim por prazer por querer dominar, é uma coisa muito forte e pra eles é uma atitude muito correta e justa.
Lembrando que existe o ciumento movido pelo egoísmo, que não tem só ciúmes de pessoas, mas de objetos também e de tudo que outras pessoas possam vir a ter também. E tem os ciumentos que só sentem isso por determinada pessoa, como se fosse uma obsessão, onde pra esta pessoa só existe uma coisa importante neste mundo, a pessoa que eles tanto amam.
O tratamento a base de remédios pode ajudar, mas não de forma completa, já que é uma deficiência do espírito. Com isso a pessoa para tentar amenizar a situação, deve primeiro se reconhecer como uma pessoa ciumenta e a partir daí, buscar uma ajuda psicológica, onde algum
profissional desta área possa junto com o ciumento tentar achar um ponto de equilíbrio, ou até mesmo se for o caso da pessoa ser mais voltada ao lado espiritual,tentar fazer uma regressão por hipnose, pois é uma área que tem conseguido resultados fantásticos, feito está técnica por médicos espíritas e espiritualistas, onde a regressão deve ultrapassar o útero e alcançar encarnações passadas, para descobrir onde está o elo que ficou preso no tempo.
1) O ciúme é realmente o tempero do Amor? Por que?
R: Erradamente foi criada esta afirmação, ao meu modo de ver o ciúme não tem nada a ver com tempero nenhum, talvez seja o tempero da discórdia, das brigas, etc. Infelizmente as pessoas acham que quando demonstram ciúmes a pessoa amada fica feliz e se sente assim mais importante pro outro.
Acham erradamente que quem tem ciúmes do outro é porque ama, só que este ciúme que faz tão bem no início pode vir a ser um empecilho ao prosseguimento da felicidade.
2) O ciúme realmente acontece intensamente nos relacionamentos mal correspondidos, na visão de quem dá atenção somente para a beleza externa, desconhecendo o interior?
R: Não, isso é muito relativo e cada caso é um caso.
3) É verdade que "Quanto mais amor, muito menos ciúme. Quanto mais amor, é possível até não existir o ciúme."? Por que?
R: O amor em si, puro e verdadeiro, ou seja, diferente de muitos "amores" que existem por aí, é um sentimento que combate determinados erros nossos. Explicando melhor, o amor quando é verdadeiro não há espaço para coisas pequenas como o ciúme, porque ele como sentimento nobre, nos envolve de certa forma que fica quase impossível vivê-los ao mesmo tempo.
Podemos assim dizer que o ciúme é a falta ou o uso incorreto do amor.
4) É verdade que "Para haver ciúmes é preciso haver insegurança, falta de diálogo; no extremo, falta de tudo; especificamente, falta de uma decisão."? Por que?
R: Não, estes pontos descritos acima, são apenas conseqüências do ciúme, ou seja, desencadeados por ele. O ciúme vem acompanhado de diversas tendências que assumimos quando "aceitamos" o ciúme em nossas vidas (digo aceitar na forma de não lutar contra, pois isso pra mim é aceitar).
Portanto para mim, para haver o ciúmes é preciso que as pessoas propensas a este sentimento não lutem contra este mal, e assim a propensão aumenta ao ponto de começar-mos a tê-lo no nosso dia-a-dia.
5) O ciúme pode ser uma obsessão? Por que?
R: O ciúme na nossa visão de encarnados é uma obsessão, onde a falta de controle e certas atitudes exclusivas para com determinadas pessoas. Agora levando num outro sentido a palavra obsessão, no sentido espiritual, acho que a obsessão pode ser apenas um aliado para alimentar o ciúme, como um combustível, que só queima se a máquina o processar, ou seja, a obsessão pode sim estar por de trás de um ataque de ciúmes, mas na verdade é preciso muitas coisas acontecerem antes para que um obsessor venha a nos incomodar e nos incentivar no ciúme. Lutar contra o ciúme é o caminho para evitar este tipo de assédio.
6) O ciúme pode gerar uma depressão?
R: Certamente que sim, se não houver busca de tratamento por achar natural os atos de ciúme.
7) O ciúme refere-se simplesmente a casais? Ou pode ser estendido a relacionamentos outros, tipo: de amizade, profissional, de relacionamentos em geral?
R: O ciúme por ser proveniente do espírito, pode sim ser extensivo a demais pessoas, não tendo como base apenas casais, mas sim duas ou mais pessoas ligadas num mesmo passado próximo. Vemos isso muito bem num ciúme natural e muito forte entre certo pai ou mãe a determinado filho, onde apenas um filho é alvo deste ciúme além do comum. Ainda existem pais que tem mais ciúmes dos filhos do que de um para com o outro.

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