segunda-feira, 22 de março de 2010

CARIDADE: A VIRTUDE MAIOR

CARIDADE: A VIRTUDE MAIOR


"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.E ainda que tivesse o dom de profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para o sustento dos pobres e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não trata com leviandade, não se ensoberbece;Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca, jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência....Agora pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes, porém a maior delas é a caridade" – (I Coríntios, Capítulo 13, versículos, 1-7 e 18)


Este é um dos mais conhecidos, admirados e até cantados trechos das cartas de Paulo, dada a beleza contida em suas palavras. A mensagem é tão forte que não há quem não se comova ao lê-la. Nela, o Apóstolo aborda o verdadeiro sentido da caridade. Trata a questão de forma profunda, ampla e inquestionável. Fala de uma caridade diferente da que normalmente se conhece. Fala do amor em sua mais sublime expressão.
Quando Allan Kardec perguntou aos Espíritos superiores qual o verdadeiro sentido da caridade, conforme ensinou Jesus, eles responderam: benevolência para com todos, indulgência para com as faltas alheias e perdão das ofensas! Em outras palavras, amai-vos uns aos outros, ensinamento onde está assentada toda a base de Sua doutrina. Trataram a questão de forma a deixar claro qual tem que ser nosso objetivo maior, em se tratando de entender a caridade.
Paulo, compreendendo toda a plenitude da mensagem de seu Mestre, pois que também era mestre entre os seus, escreveu com sabedoria sobre a caridade, entendendo que essa é a virtude maior, uma vez que traz em sua essência, todas as outras embutidas nela. Colocou a caridade como condição essencial para se alcançar a perfeição, quando enfatiza que ela está acima até mesmo da fé.Sobre isto Jesus também nos falou na parábola do samaritano. O sacerdote e o levita, que teoricamente tinham o conhecimento e a fé, não se condoeram com a dor do irmão jogado à margem da estrada. O samaritano, entretanto, moveu-se de compaixão para com ele e tratou-lhe como irmão verdadeiro. Deu uma lição de amor para com o próximo.
A caridade segundo São Paulo tem uma abrangência infinitamente maior do que podemos compreender com nossa estreiteza de entendimento. Não somente beneficência, já que demonstra que de nada adiantam grandes atos de altruísmo se a intenção não for o sincero amor ao próximo. Isto merece uma séria reflexão de nossa parte em relação aos trabalhos de assistência social a que nos propomos em nossas casas espíritas. O fazer por fazer para nada serve. Se o que nos move é a simples obrigação de servir, ainda não compreendemos o verdadeiro sentido da caridade.
O homem, quando atingir patamares evolutivos maiores, compreenderá toda a grandeza do ensinamento de Paulo no texto acima, pois já terá condições de emanar de si o sentimento de amor que nivela as criaturas como filhos do mesmo Pai. Fará o bem pelo bem. Estará apenas exteriorizando o que tem dentro de si, sem grandes esforços e sacrifícios como ainda se costuma fazer.
A caridade, portanto, é um conjunto de virtudes, tão bem descrita pelo apóstolo Paulo e que devemos nos esforçar para ter dentro de nós. O caminho é a verdadeira compreensão dos ensinamentos de Jesus. Lá encontraremos o que necessitamos para bem nos conduzir.Quando Jesus coloca a caridade como condição única de salvação é porque ela é a negação do egoísmo e do orgulho, as duas maiores chagas do Espírito. Tratar de extirpá-las de dentro de nós é a grande tarefa de mudanças a que devemos nos propor.

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