terça-feira, 28 de setembro de 2010

Declarar Amor ..............................



Declarar Amor

Demonstrar o amor é uma forma de deixar a vida transbordar dentro do próprio coração.

A maioria das pessoas estabelece datas especiais para manifestar o seu amor pelo outro: é o dia do aniversário, o natal, o aniversário de casamento, o dia dos namorados.

Para elas, expressar amor é como usar talheres de prata: é bonito, sofisticado, mas somente em ocasiões muito especiais.

E alguns não dizem nunca o que sentem ao outro. Acreditam que o outro sabe que é amado e pronto. Não é preciso dizer.

Conta um médico que uma cliente sua, esposa de um homem avesso a externar os seus sentimentos, foi acometida de uma supuração de apêndice e foi levada às pressas para o hospital.

Operada de emergência, necessitou receber várias transfusões de sangue sem nenhum resultado satisfatório para o restabelecimento de sua saúde.

O médico, um tanto preocupado, a fim de sugestiona-la, lhe disse: pensei que a senhora quisesse ficar curada o mais rápido possível para voltar para o seu lar e o seu marido.

Ela respondeu, sem nenhum entusiasmo:

- O meu marido não precisa de mim. Aliás, ele não necessita de ninguém. Sempre diz isto.

Naquela noite, o médico falou para o esposo que a sua mulher não queria ficar curada. Que ela estava sofrendo de profunda carência afetiva que estava comprometendo a sua cura.

A resposta do marido foi curta, mas precisa:

- Ela tem de ficar boa.

Finalmente, como último recurso para a obtenção do restabelecimento da paciente, o médico optou por realizar uma transfusão de sangue direta. O doador foi o próprio marido, pois ele possuía o tipo de sangue adequado para ela.

Deitado ao lado dela, enquanto o sangue fluía dele para as veias da sua esposa, aconteceu algo imprevisível.

O marido, traduzindo na voz uma verdadeira afeição, disse para a esposa:

- Querida, eu vou fazer você ficar boa.

- Por que? Perguntou ela, sem nem mesmo abrir os olhos.

- Porque você representa muito para mim.

Houve uma pausa. O pulso dela bateu mais depressa. Seus olhos se abriram e ela voltou lentamente a cabeça para ele.

- Você nunca me disse isso.

- Estou dizendo agora.

Mais tarde, com surpresa, o marido ouviu a opinião do médico sobre a causa principal da cura da sua esposa.

Não foi a transfusão em si mesma, mas o que acompanhou a doação do sangue que fez com que ela se restabelecesse. As palavras de carinho fizeram a diferença entre a morte e a vida.

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É importante saber dizer: amo você! O gesto carinhoso, a palavra gentil autêntica, a demonstração afetiva num abraço, numa delicada carícia funcionam como estímulos para o estreitamento dos laços indestrutíveis do amor.

É urgente que, no relacionamento humano, se quebre a cortina do silêncio entre as criaturas e se fale a respeito dos sentimentos mútuos, sem vergonha e sem medo.

A pessoa cuja presença é uma declaração de amor consegue criar um ambiente especial para si e para os que privam da sua convivência.

Quem diz ao outro: eu amo você, expressa a sua própria capacidade de amar, mas também, afirmando que o outro é amado, se faz amar e cria amor ao seu redor.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

TRABALHO INFANTIL "


“ TRABALHO INFANTIL " VISÃO UTÓPICA x NOSSA REALIDADE

Estamos recebendo, nesta data, mais um folder de sua campanha contra o trabalho infantil. Parabenizamos esta reconhecida entidade internacional, UNICEF, pelo muito que tem feito em prol das crianças e jovens do mundo, durante toda a sua existência, com o objetivo de coibir as práticas infames de escravidão infantil, de fazer respeitar a criança e o jovem e construir um mundo melhor e mais digno para todos.

Quanto a campanha contra o 'trabalho infantil', em muitos aspectos louvável, entendemos que possui alguns contra-sensos, a iniciar pelo slogan: 'quero ajudar a (...vários nomes...), a trocarem a escola da vida pela vida escolar.' Segundo nossa visão, a 'Escola da Vida' é a melhor escola, em todos os aspectos e não pode ser substituída pela vida escolar, como pode ser bem ilustrado pelos textos do brilhante educador e psicoterapeuta Dr. Augusto Jorge Cury:

1. "(...) Pedro tinha um professor excelente, chamado Jeferson. Certo dia, ele fez uma pausa na aula de matemática e disse aos alunos: 'Vocês estão aqui na escola clássica para aprender matemática e outras matérias, mas há uma outra escola mais importante do que esta'. Os alunos, surpresos, perguntaram: 'Qual, professor ?'

Ele olhou para as janelas e disse: 'O mundo real, a Escola da Vida que pulsa lá fora'. E completou: 'Aqui, problemas de matemática são resolvidos com lógica e exatidão. Lá fora, os problemas da vida, como a inveja, as perdas, as frustrações, as ofensas, não podem ser resolvidos pela matemática lógica. Às vezes, temos de ser flexíveis, não exigir que as pessoas sejam perfeitas, não cobrar demais e nem esperar muito delas.'

Então, fitou os alunos e afirmou: 'Para resolvermos os problemas dessa escola devemos aprender a pensar antes de reagir: Quem reage sem pensar, ou seja, por impulso, pode ferir a si mesmo e às pessoas que mais ama' (... )"

2. "(...) Ele não freqüentou os bancos de uma escola, mas freqüentou a escola da vida. Nessa escola, ele aprendeu a enfrentar o preconceito, o medo e as fragilidades humanas. Foi um grande aluno, por isso tornou-se um grande mestre. Enquanto entalhava a madeira, analisava o coração das pessoas e percebia cada uma das suas dificuldades.

Com trinta anos de idade, resolveu revelar seus pensamentos. Era de se esperar que ele fosse uma pessoa agressiva, ansiosa e infeliz, pois atravessou muitas dificuldades, desde a infância, mas revelou-se gentil, tranqüilo e feliz.

Ele não usava lousa e giz, mas era tão inteligente que as pessoas paravam tudo o que faziam para ouvi-lo. O mestre da escola da vida falava com poesia. Suas palavras colocavam combustível no ânimo das pessoas, reacendiam sua esperança (...)"

Textos Extraídos da Obra Prima: 'Escola da Vida - Harry Potter na Vida Real'

Infelizmente, temos visto que campanhas como esta, nas mãos de burocratas, políticos, legisladores e juízes, inconseqüentes e sem visão social, que não sabem distinguir diferenças simples, como entre 'carregar pedras e NÃO freqüentar a escola' e 'atuar como APRENDIZ em um período e freqüentar a escola em outro', ou entre a realidade vivenciada por famílias ricas e famílias pobres, causarem um grande e irreparável estrago a este país, às famílias em situação de miséria e às instituições assistenciais idôneas que tentam, desesperadamente, através de projetos louváveis e bem conduzidos, ensinar uma profissão honesta a esse jovens, já a partir dos 11 e 12 anos, quando isso deve ser feito. Temos um conjunto de leis utópicas, que regulam a vida de cidadãos de primeiro mundo, em um país de terceiro ou quarto mundo..., onde a realidade mostra milhões de pessoas sem emprego e outras milhões não ganhando nem para se alimentar direito, verdadeiros ESCRAVOS dos tempos modernos, e isso sob a conivência de pseudo-governantes, só atentos a satisfazer sua própria sede de poder.

Impedir que essas crianças, cujas famílias muitas vezes não têm nem o que comer, tenham a oportunidade de aprender uma profissão honesta, em entidades sérias, como temos visto freqüentemente ser feito por juízes da infância e adolescência, conselhos, secretarias e seus burocratas, em várias instâncias, levando a LEI implacável e hipócrita debaixo do braço, é EMPURRÁ-LAS sem PIEDADE para o mundo do crime e da prostituição, isso porque os criminosos não se importam, nem com a lei nem com as 'autoridades', e não se importam também em utilizar as nossas crianças para os mais sujos trabalhos que se possa imaginar, pagando, em muitos casos, 'salários' mais altos que o recebido por chefes de família com 'carteira assinada', o que configura uma situação sem retorno e que explica o absurdo aumento na criminalidade infantil ocorrido neste país.

Vivemos em tal realidade perversa que muitas vezes presenciamos as mesmas 'autoridades', que poderosas e arrogantes, INTIMAM entidades assistenciais sérias a encerrarem maravilhosos trabalhos de ensino profissional, recuarem e até mesmo reverenciarem os criminosos aliciadores de jovens, devido ao PODER ou ao MEDO.

Esperamos, sinceramente, que este artigo-desabafo de um cidadão farto de 'visões utópicas' sirva para um ABRIR DE OLHOS, que a UNICEF, tanto quanto persista no combate à escravidão infantil e na luta por um mundo melhor, se levante na defesa das entidades idôneas e dos projetos de MENOR APRENDIZ, remunerados ou não, porque o trabalho enobrece o homem, enquanto que o crime o degenera.

Quando este país der condições aos pais de ganharem o suficiente, não precisaremos de leis contra o trabalho infantil..., ele vai ser EXTINTO por si mesmo, assim como ocorreu na maioria dos países desenvolvidos; enquanto isso, devemos regulá-lo, coibir os abusos, mas nunca deixar de dar aos jovens que necessitem, desde cedo, a oportunidade de aprenderem profissões honestas, seja de marceneiro, de jardineiro, de gráfico, de costureiro, de cozinheiro, de lavrador ou qualquer outra, que podem ser simples, mas respeitáveis como toda ocupação útil deve ser !!!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

SOLUÇÃO: O LAR

SOLUÇÃO: O LAR: "O LAR É O CORAÇÃO DO ORGANISMO SOCIAL Em casa, começa nossa missão no mundo. Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para..."

O LAR

O LAR É O CORAÇÃO DO ORGANISMO SOCIAL
Em casa, começa nossa missão no mundo. Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos. Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos. Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo. Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre. Francisco Cândido Xavier. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Scheilla. FEB.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

NOSSOS FILHOS


"FOI MANIFESTADA AGORA PELA APARIÇÃO DE NOSSO SALVADOR, O CRISTO JESUS. ELE NÃO SÓ DESTRUIU A MORTE, MAS TANBÉM FEZ BRILHAR A VIDA E A IMORTALIDADE".(II TIMÓTEO,1:10.)

Nossos filhos não são "fitas virgens" ou "livros em branco", mas almas antigas em busca da evolução espiritual.
Em nome da missão que os pais têm em relação aos filhos, não determinemos sua vocação e decisões com gestos de autoritarismo e coercão.
Se os superprotegermos, eles viverão a nossa sombra sem a mínima atitude de decisão ou opção. Serão inseguros e dependentes e um dia se revoltarão contra o mundo, que não os mima, e contra nós, que os tratamos com excesso de carinho, satisfazendo a todos os seus caprichos e vontades.
Nem imposição sistemática, porque eles trazem do passado suas próprias verdades e experiências . Nem satisfação de todos os desejos, porque não saberão se comportar perante os outros.
Nunca tentemos instruí-los projetando neles nossos propósitos de vidas não realizados.
Nossas Carências não são as deles e nossos prazeres e alegrias são diferentes dos prazeres e alegrias deles.
Não os tratemos como bibelôs de porcelana, nem como objetos raros de propiedade nossa. Para educá-los é preciso respeito e amor por eles, além de muita copreensão.
Lembremo-nos, acima de tudo, de que o CRISTO DE DEUS"destruiu a morte, mas também fez brilhar a vida e a imortalidade"; portanto, os filhos não são nossos,são apenas almas imortais que passam momentaneamente pelo nosso lar, pelas nosas vidas. São ESPÍRITOS QUE BUSCAM PAZ E FELICIDADE PELOS SEUS PRÓPRIOS CAMINHOS.

UM MODO DE ENTENDER -UMA NOVA FORMA DE VIVER

FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO- DITADO POR HAMMED

sábado, 21 de novembro de 2009

A MÃE EDUCADOURA QUE JESUS ESPERA NO LAR


" Envolve teu filho na palavra de bênção, que vence o orgulho, e na luz do exemplo que dissipa as sombras da rebeldia. Fase que se lhe desenvolvam os sentimentos bons do coração que o musgo do século recobriu e ocultou."Analia Franco - Mãe, Chico Xavier
A mulher que abraça de coração alegre e devotado as tarefas de organização familiar é sempre abençoada e assistida com extremo carinho pela DIVINA PROVIDÊNCIA
A MULHER EVANGELIZADA.
O espírito eminentemente feminino, na sua maioria, já adquiriu na esteira das encarnações sucessivas enormes cabedais de afetividade, amor e ternura, carinho e delicadeza, devido muito especialmente `a doação incessante à maternidade e aos membros da família. O que não poderá realizar a mulher, quando esclarecida na Doutrina Espírita e se evangelizar nas lições de JESUS?. Sem dúvida,fará maravilhas de amor e educação na família, pois fará muito mais no campo do AMOR ESPIRITUAL, da EDUCAÇAO MORAL e da FORMAÇÃO DO BOM CARÁTER dos filhos que Deus, por missão especial, lhe confiou.
O aperfeiçoamento de todo espírito reencarnado passa inevitavelmente pelo trabalho amoroso e educativo de toda MÃE TERRESTRE, como confirma o espírito Agostinho.
" Merecei as divinas alegrias que Deus concedeuà maternidade, ensinando a essa criança que ela está na terra para se aperfeiçoar, amar e abençoar "

Allan Kardec- O Evangelho Segundo o Espiritísmo

EDUCAR O ESPÍRITO


A mãe espírita, não fixará sua preocupação em dar aos filhos exclusividade ao fortalecimento do seu corpo físico`manutenção da saúde orgânica, ao desenvolvimento das potências intelectivas, à boa alimentação, aos brinquedos instrutivos, às brincadeiras alegres e às diversões saudavéis, esquecendo-se de agir com responsabilidade, paciência e carinho no mundo psicológico, emocional e espiritual de cada filho.O LÚCIDO ESPÍRITO DE EMMANUEL adverte: "Não basta alimentar minúsculas bocas famintas ou agazalhar corpinhos enregelados. È imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário à própria sublimação. Muitos pais garantem o coforto material dos filhinhos, mas lhes renegam a alma a lamentável abandono." Nos dias difíceis da atualidade,para cumprir melhor sua missão,precisa a mãe espírita compreender os segredos da educação moral, penetrar os mistério da alma infantil,aplicar no momento exato os princípios evangélicos e viver os princípios cristãos com mente e coração no ambiente muitas vezes doloroso,compllexo e desafiante no relacionemento com os filhos. Eis o que Aurélio Agostinho tem a dizer: " A tarefa não é tão fácil como podereis pensar. Não exige o saber do mundo: o ignorante e o sábio podem cumprí-la, e o espiritísmo vem facilitá-la, ao revelar a causa das imperfeições do coração humano."
A mãe deve se preparar por dentro, a fim de realmente doar o melhor de sí na ajuda substancial de amor e verdade aos filhos que retornam de vidas passadas a trazerem graves problemas cnsciênciais e morais a serem trabalhados e resolvidos com cirurgia espiritual delicada ao longo do tempo a partir dos primeiros dias da infância. O sencível espírito MEIMEI roga pelo doce coração das mães:
" Ajuda-me a governar o coração, para que meu sentimento não mutile as asas dos anjos tenros que me deste; adoça-me o raciocínio, para que a minha devoção afetiva não se converta em severidade arrasadora".

A IMPORTÂNCIA DO
AMOR

O AMOR EVANGELIZADO é a base para a educação do espírito, o instrumento maior para orientação aos filhos, os melhores exemplos são os alicerçados no amor incondicional; as melhores palavras são as fecundadas de amor equilibrado; a mais bela convivência afetiva é aquela fertilizada pelo amor espiritualizado; a luta moral mais aproveitável é a que possui forte conteúdo de fé a Deus; e a caridade é a mais bela fonte de amor ao próximo. Os familiares são o próximo mais próximo a quem devemos amar com a melhor intenção e sinceridade no coração. A prática do amor evangelizado é fundamental à educação, harmonia e felicidade na vida familiar.
Certa mulher, enfrentando espinhoso sofrimento, apresenta-se abatida e desolada com as lutas na educação do filho, desprende-se pelo sono do corpo fìsíco e vê-se à frente de Jesus, a quem suplica:
-Senhor, compadece-te de mim! O mundo me atormenta e a vida fez-me escrava... Tenho um filho que incessantemente me fere o coração... Esperei-o com os melhores sonhos, embalei-o nos braços... Entretanto encontro nele o meu suplício. Por que isso, Amado Amigo?
Por que tanto sofrimento em troca de tamanha abnegação?"
O Amado Mestre, com imensa ternura e enorme carinho, após acariciar oscabelos da atormentada mulher ,explicou:
"- Filha, só o amor pode educar os filhos de Deus.
Que seria do tronco, se a Terra não o suportasse, ou do
ninho, sem que a ramada lhes resguardasse a
esperança?"
Após ouvir as doces palavras do Educador Celeste enaltecendo a força do amor na educação, tornou a indagar:
"- Mas, Senhor e comigo?! ... Quem teria colocado
em meus braços semelhante martírio? Quem talvez, por
engano, terá situado em meu peito esse filho difícil e
indifernete, acreditando que o meu amorde mulher
ignorante e frágil conseguisse educá-lo?".
Não entendia o porquê de tanto sofrimento. Na sua descrência e fraqueza moral, queria saber quem teria colocado tantas dificuldades em sua vida. O Excelso Intrutor falou com imensa paciência e grande compreensão, respondendo àquele coração torturado por dores, lágrimas e dificuldades nos cuidados com o filho rebelde:
"- Minha filha, fui eu!
Jesus espera nosso êxito na educação e felicidade no lar, e não há maior vitória que cumprirmos, da melhor maneira possível, os nossos deveres familiares, cientes de que, entre eles, a educação com amor é dos realmente essenciais!



Diálogo entre mãe e Jesus, narrado pelo espírito Meimei, contido no livro Amizade - Chico Xavier



QUE DEVE FAZER A MÃE TERRESTRE PARA CUMPRIR EVANGELICAMENTE OS SEUS DEVERES CONDUZINDO OS FILHOS PARA O BEM E A VERDADE?

"O consolador",questão nº 189 - Emmanuel
1. O coração materno deverá oferecer de conformidade com suas forças morais os exemplos de compeensão espiritual e sacrifícios pela paz da família. A mulher detém em sua alma os mais belos valores de sentimentos - edificados nas lutas e experiências dolorosas das experiências transatas - indispensáveis para as abençoadas realizações no ambiente afetivo do lar.
2. A mulher cristã é a verdadeira fonte de luz espiritual para seus filhos, se ela compreender sua tarefa educativa alicerçada na renúncia pessoal.
3. Com suas inegáveis conquistas no campo dos sentimentos: amor e carinho, ternura e delicadeza - armazenados no coração espiritual - , tem tudo para dar sempre o amor de Deus à
familia.
4. Equilibre suas emoções e sentimentos, para não se deixar levar pelos excessos da ternura mal dirigida, o carinho excessivo, a superproteção afetiva aos filhos, que fragiliza e prejudica de modo lamentável o mundo piscológico e o cárater de cada filho, acarretando problemas morais graves na fase da juventude, mocidade e madureza.
5. Compreender, com as leis divinas que seus filhos, antes de tudo, são filhos de Deus...
6. A rensponsabilidade educativa precisa começar bem cedo, a partir do período alegre do berço... Introduzir nas suas mentes e corações a força moral do evangelho... " Auxiliar, assim,o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos centros espíritas novos ares de idealismo superior e que buscamos na Boa Nova do Divino Mestre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos."

SEGUNDO A APARÊNCIA







"NÃO JULGUEIS PELA APARÊNCIA,MAS JULGAI CONFORME AJUSTIÇA".

(JOÃO,7:24.)



Personalidade é a roupa que o espírito veste temporariamente. Corpos são passageiros,o importante é a essência divina que habita em todos nós.

No âmago reside a alma imortal,que atravessa vidas sucessivas, vivendo, ora acentuadamente masculina, ora acentuadamente feminina, em corpos físicos adaptados para cumprir seu aprendizado terreno.

Na romagem multimilenária do tempo,o Espírito em evolução se demorou no hermafroditísmo das plantas.

Segundo a Botânica, as plantas são andróginas, isto é, possuem "androceu" ou estame(orgão masculino composto pelo filete que sustenta a antera, na qual se encontram os grãos de polén) e"gineceu"(orgão feminino constituído por um ou mais pistilos, que compreendem o ovário,o estilete e o estígma).

Em virtude disso, as virtude disso, as diversas experiências físicas através dos milênios sedimentaram no orgânísmo humano determinada porcentagem de gens masculinos e femininos. Da mesma forma, essas mesmas esperiências contribuíram para que as individualidades em trânsito adquirissem traços psicológicos bissexuais.

"O homem, tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro(...)".

TRANSCORREU LONGO TEMPO A EVOLUCÃO DA ALMA HUMANA PARA QUE O INSTINTO SEXUAL SE APERFEIÇOASSE E APARECESSE DIFERENCIADO SOB A AÇÃO DAS LEIS DA GENÉTICA. Lembramo-nos, porém, que apenas as características morfológicas dos órgãos sexuais são determinads pelos gens , e não as disposições psíquicas da individualidade milenar, que possui características peculiares.

O Dr. CARL GUSTAV JUNG denomina "anima" ao conteúdo feminino inconsciente no psiquismo do homem, e "animus"á masculinidade inconsciente da mulher.'

Muito antes de ser aceita pela ciência acadêmica, a noção de bissexualidade do ser humano foi inspirada aos escritores greco-latinos através dos mitos dos andróginos, que eram seres ágeis e possantes, temidos pelos deuses do OLIMPO. Conforme a mitologia,zeus, para enfraquecê-los,os separou em metades. Desde então cada alma repartida procura anciosamente sua outra metade, sua alma gêmea.

A SEPARAÇÃO DE ADÃO em elemento masculino e feminino é um processo de aliennação do homem de seu estado original.

O MITO DO JARDIM DO ÉDEM-descrito no VELHO TESTAMENTO-igualmente nos dá a noção de bissexualidade. NA CRIAÇÃO DE EVA desmembrada de ADÃO, está subentendido que o homem original era, em princípio, hermafrodita, pois de outra forma não seria possível criar uma mulher a partir dele.

Pode ser que esse mito, através dos tempos, tenha sido descaracterizado pelas normas e costumes patriarcais dos hebreus, que disconsideravam o componente feminino na psique humana, relegando-o a uma simples costela de homem.Disse o apostolo JOÃO:"não julguei pela aparência, mas julgai conforme a justiça". A APARÊNCIA é a roupagem carnal e a JUSTIÇA é a visão nítida de quem vê a alma com olhos transcendentais.

JESUS CRISTO É O PROTÓTIPO DO HOMEM DO FUTURO; por saber que todos somos"sementes em germinação", ELE a utilizou como metáfora em muitos de seus ensinamentos.

Assim como a semente contém todos os elemento vitais para a formação de uma árvore, também nós possuímos em germe todos os componentes de que necessitamos para crescer e desenvolver espiritualmente.

AO LONGO DO TEMPO, "a semente imanente" que existe em nós se transmuta, desenvolvendo potencialidades inatas, e, futuramente,nos transforma num ser em plenitude.

Se porventura pudéssemos perguntar ao botão de rosa se ele tem consciência de que nele existe um potencial um perfume da roseira, provavelmente ele não acreditaria. Assim , analogamente pensam as criaturas que vivem na dualidade,distantes do estado de unidade conciencial.

Talvez não acreditemos que possuímos os dons masculinos e femininos.Isso é compreensível devido ao nosso grau evolutivo. Num futuro breve, no entanto, descobriremos os valores potencializados que existe dentro de nós. Os atributos do anjo nos pertencem

UM MODO DE ENTENDER-UMA NOVA FORMA DE VIVER

FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO-DITADO POR HAMMED.

RESSUREIÇÃO E REENCARNAÇÃO

Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus — que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: “Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.” Jesus lhe respondeu: “Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” Disse-lhe Nicodemos: “Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?” Retorquiu-lhe Jesus: “Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. — O que é nascido da carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. — Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. — O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito.” Respondeu-lhe Nicodemos: “Como pode isso fazer-se?” — Jesus lhe observou: “Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. — Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?” (S. JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.) A idéia de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na Terra se nos depara em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (n.º 1, n.º 2, n.º 3). Se fosse errônea essa crença, Jesus não houvera deixado de a combater, como combateu tantas outras. Longe disso, ele a sanciona com toda a sua autoridade e a põe por princípio e como condição necessária, quando diz: “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” E insiste, acrescentando: Não te admires de que eu te haja dito ser preciso nasças de novo. (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 5 e 6.)

VIDAS


VIDAS PASSADAS

Porque não lembramos de vidas passadas ? Não lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entreelatualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nosso filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos,que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação,por isso a reencarnação., existe.Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpretados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível. Se a provação te aflige, Deus te conceda paz. Se o cansaço te pesa, Deus te sustente em paz. Se te falta a esperança, Deus te acrescente a paz. Se alguém te ofende ou fere, Deus te renove em paz. Sobre as trevas da noite, O Céu fulgura em paz. Ama, serve e confia.

A Vida e o Aborto na Visão Espírita
O ser humano é um Espírito imortal, por Deus criado simples e ignorante, sujeito a reencarnações sucessivas, submetido às Leis Naturais do Progresso Moral e Intelectual. • Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem? “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal.” 1 • Em que momento a alma se une ao corpo? “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz . Existindo como indivíduo desde o instante da concepção, o ser humano tem direito à vida que o Criador lhe deu, de manter e preservar a sua existência, dentro ou fora do útero materno. • Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.” 3 O atentado à vida do ser humano, em qualquer fase de sua existência, é contrário às Leis de Deus que regem a nossa vida e preconizam: “Não matarás” e “Não façamos aos outros o que não queremos que os outros nos façam”. • “ Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. ” 4 Ao instalar-se no organismo materno um novo ser, em início de nova existência, ele passa a ter o mesmo direito à vida que todo ser humano possui, acrescido, neste caso, do direito ao afeto, ao amparo e à proteção maternal e paternal decorrente do seu estado de dependência. Diante dos desafios da maternidade e da paternidade assumidos, que muitos enfrentam desprovidos de esclarecimento e necessitados de orientação e amparo, os espíritas somos convidados para a tarefa de esclarecer sobre o significado da vida e as dolorosas conseqüências do aborto. E a ampliar, quanto possível, a maternidade assistida, durante e depois da gravidez, proporcionando ao recém-nascido o afeto que lhe é devido, base de uma existência sadia e útil, objetivo da sua reencarnação. 1 O Livro dos Espíritos, questão 880. Ed. FEB. 2 Idem, questão 344. 3 Idem, questão 358. 4 O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXII, item 3. Ed. FEB.

CRIANÇAS

CRIANÇAS COLADAS SEARA DE ÓDIO






Não, aborto não!. Não te quero em meus braços!-dizia a jovem Mãe,a quem a lei do senhor conferia a doce missão da maternidade,para o filho que desabrochava do seio-não me furtarás a beleza! Significas trabalho,renunciação,do sofrimento..._mãe,deixa-me viver!...-suplicava-lhe a criancinha no santuário da consciência-estamos juntos! Dá-me a bênção do corpo! Devo lutar e regenerar-me,sorverei contigo a taça de suor e lagrima, procurando redimir-me... Completar-nos-emos,Dá-me arrimo,dar-te-ei alegria.serás para mim a árvore de luz, em cujos ramos tecerei o meu ninho de paz e de esperança...-ao,não... -Não me abandones!-Expulsar-te-ei,piedade,Mãe! Não vês que procedemos de longe, alma com alma,coração a coração? Que importa o passado?vejo em ti Esqueceste mãe,de que Deus nos reúne?Não me reder a porta!... Sou mulher e sou livre, sufocar-te-ei antes do berço... Compadece-te de!...-Não posso,sou mo e prazer, és pertubação obstáculo. Ajuda-me! Auxiliar-te seria corar em minha própria carne,Disputo a minha felicidade e a minha leveza feminil... Mãe,ama-me!procuro o serviço de minha restauração..dia a dia,renovava-se o diálogo sem palavras,ate que, quando a criança tentava vir à luz,disse-lhe a mãezinha cega e infortunada, constrange-o-a a beber o fel da frustração; toma à sombra de onde vens!morre!morre! mãe, mãe protege-me! Deia-me viver...Nunca! ocorre-me! não posso, Duramente replicou o pobre filho nas trevas da reavalia no anseio desesperado de preservar o corpo no,agarrou-se ao coração dela,que destrambelhou,à maneira de um relógio desconsertado..Ambos,então,ao invés continuarem na graça da vida,precipitaram-se no despenhadeiro da morte,Desprovidos do invólucro carnal. projetaram-se no Espaço,gritando acusações reciproco, Acham-se porém,imanados um ao outro,pelas cadeias agenéticas de pesados compromissos, arrastando-se por muito tempo,detestando-se e recriminação mutuamente...A semente de crueldade atraíra a seara de ódio,E a seara de ódio lhes impunha efrato desequilíbrio e inquietantes,para os dois,até que um dia ,caridoso espirito de mulher recordou-se deles em preces de carinho e piedade, como a oferta-lhes o próprio seio deram a famintos de consolo e renovação, aceitando o generoso abrigo...Envolvidos pela caricia maternal .repousaram fim,Brando sono pacificou-a mente dolorida, Todavia,quado desapertaram de novo na Terra, traziam ótima do clamoroso débito em que se viam reunido,reaparecendo,entre os homens,como duas almas apaixonadas a carne,disputando o mesmo vaso, em forma de um corpo único, sustentando duas cabeças.

VIDA FUTURA VIDA

CÓDIGO PENAL DA VIDA FUTURA

CLIQUE NO LIVRO ABAIXO PARA DOWNLOAD DE " O CÉU E O INFERNO"


1º. A alma ou Espírito sofre, na vida espiritual, as conseqüências de todas as imperfeições das quais não se despojou, durante a vida corporal. Seu estado, feliz ou infeliz, é inerente ao grau de sua depuração ou de suas imperfeições.


2°. A felicidade perfeita está ligada à perfeição, quer dizer, à depuração completa do Espírito. Toda imperfeição é, ao mesmo tempo, uma causa de sofrimento e de privação de prazer, do mesmo modo que, toda qualidade adquirida, é uma causa de prazer e de atenuação dos sofrimentos.


3°. Não há uma única imperfeição da alma que não carregue consigo as suas conseqüências deploráveis, inevitáveis, e uma única boa qualidade que não seja a fonte de um prazer. A soma das penas é assim proporcional à soma das imperfeições, do mesmo modo que a dos gozos está em razão da soma das qualidades. A alma que tem dez imperfeições, por exemplo, sofre mais do que aquela que não as tem senão três ou quatro; quando, dessas dez imperfeições, não lhe restar senão a quarta parte ou a metade, sofrerá menos, e, quando não lhe restar nenhuma delas, não sofrerá mais de qualquer coisa e será perfeitamente feliz. Tal, sobre a Terra, aquele que tem várias enfermidades sofre mais do que aquele que não tem senão uma, ou que não tem nenhuma. Pela mesma razão, a alma que possui dez qualidades goza mais do que aquela que as tem menos.


4°. Em virtude da lei do progresso, tendo, toda alma a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta, e de se desfazer do que ela tem de mau, segundo os seus esforços e a sua vontade, disso resulta que o futuro não está fechado para nenhuma criatura. Deus não repudia nenhum dos seus filhos; recebe-os, em seu seio, à medida que atingem a perfeição, deixando, assim, a cada um, o mérito das suas obras.


5°. Estando o sofrimento ligado à imperfeição, do mesmo modo que o prazer está à perfeição, a alma carrega, consigo mesma, o seu próprio castigo, por toda parte onde se encontre; para isso, não tem necessidade de um lugar circunscrito. O inferno, pois, está por toda parte onde haja almas sofredoras, do mesmo modo que o céu está por toda parte onde haja almas felizes.


6º. O bem e o mal que se faz são o produto das boas e das más qualidades que se possui. Não fazer o bem que se poderia fazer é, pois, o resultado de uma imperfeição. Se toda imperfeição é uma fonte de sofrimento, o Espírito deve sofrer não apenas por todo o mal que fez, mas por todo o bem que poderia fazer, e não fez, durante a sua vida terrestre.


7°. O Espírito sofre pelo próprio mal que ele fez, de maneira que, estando a sua atenção incessantemente centrada sobre as conseqüências desse mal, compreende melhor os seus inconvenientes e está estimulado a dele se corrigir.


8°. Sendo a justiça de Deus infinita, tem uma conta rigorosa do bem e do mal; se não há uma única ação má, um único mau pensamento que não tenha as suas conseqüências fatais, não há uma única boa ação, um único bom movimento da alma, o mais leve mérito, em uma palavra, que seja perdido, mesmo entre os mais perversos, pois é um começo de progresso.


9°. Toda falta cometida, todo mal realizado, é uma dívida contraída que deve ser paga; se não for numa existência, será na seguinte ou nas seguintes, porque todas as existências são solidárias, umas com as outras. Aquilo que se paga na existência presente não deverá ser pago por segunda vez.


10°. O Espírito sofre a pena das suas imperfeições, seja no mundo espiritual, seja no mundo corporal. Todas as misérias, todas as vicissitudes que suportamos na vida corporal, são conseqüências de nossas imperfeições, de expiações de faltas cometidas, seja na existência presente, seja nas precedentes. Pela natureza dos sofrimentos e das vicissitudes que se experimentam na vida corporal, pode-se julgar da natureza das faltas cometidas, em uma precedente existência, e das imperfeições que lhes são causa.


11°. A expiação varia segundo a natureza e a gravidade das faltas; a mesma falta pode, assim, dar lugar a expiações diferentes, segundo as circunstâncias, atenuantes ou agravantes, nas quais foram cometidas.


12°. Não há, sob o aspecto da natureza e da duração do castigo, nenhuma regra absoluta e uniforme; a única lei geral é que toda falta recebe a sua punição, e toda boa ação a sua recompensa, segundo o seu valor.


13°. A duração do castigo está subordinada à melhoria do Espírito culpado. Nenhuma condenação, por tempo determinado, é pronunciada contra ele. O que Deus exige para pôr termo aos seus sofrimentos, é uma melhora séria, efetiva, e um retorno sincero ao bem. O Espírito é, assim, sempre, o árbitro da sua própria sorte; pode prolongar os seus sofrimentos pelo endurecimento no mal, abranda-los ou abrevia-los por seus esforços para fazer o bem.
Uma condenação, por um tempo determinado qualquer, teria o duplo inconveniente ou de continuar a ferir o Espírito que teria se melhorado, ou de cessar quando este ainda estaria no mal. Deus, que é justo, pune o mal quando ele existe; e cessa de punir quando o mal não existe mais; ou, si se quer, sendo o mal moral, por si mesmo, uma causa de sofrimento, o sofrimento dura tão longo tempo quanto o mal subsista; a sua intensidade diminui à medida que o mal se enfraquece.


14°. Estando a duração do castigo subordinada ao melhoramento, disso resulta que o Espírito culpado que não se melhora nunca, sofrerá sempre, e que, para ele, a pena seria eterna.


15°. Uma condição inerente à inferioridade dos Espíritos é a de não ver o termo de sua situação, e de crer que sofrerão sempre. É, para eles, um castigo que lhes parece que será eterno.


16°. O arrependimento é o primeiro passo para a melhoria; mas só ele não basta, é preciso, ainda, a expiação, a reparação.
Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências. O arrependimento abranda as dores da expiação, no que traz a esperança e prepara os caminhos da reabilitação; mas unicamente a reparação pode anular o efeito, em destruindo a causa; o perdão seria uma graça e não uma anulação.


17°. O arrependimento pode ocorrer em qualquer parte e em qualquer tempo; se é tardio, o culpado sofre por maior tempo. A expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais, que são a conseqüência da falta cometida, seja desde a vida presente, seja, depois da morte, na vida espiritual, seja em nova existência corporal, até que os traços da falta tenham se apagado.
A reparação consiste em fazer o bem àquele a quem se fez o mal. Aquele que não reparar os seus erros nesta vida, por impossibilidade ou má vontade, se reencontrará numa existência ulterior, em contato com as mesmas pessoas que tiveram do que se lastimar dele, e em condições escolhidas por ele mesmo, de maneira a poder provar-lhes o seu devotamento, e fazer-lhes tanto bem quanto lhes haja feito de mal.
Nem todas as faltas acarretam um prejuízo direto e efetivo; nesse caso, a reparação se cumpre: fazendo o que se devia fazer e não se fez, cumprindo os deveres que foram negligenciados ou desconhecidos, as missões em que se faliu; praticando o bem em sentido contrário àquilo que se fez de mal; quer dizer, sendo humilde onde se foi orgulhoso, brando onde se foi duro, caridoso onde se foi egoísta, benevolente se foi malévolo, trabalhador se foi preguiçoso, útil se foi inútil, moderado se foi dissoluto, de bom exemplo se deu maus exemplos, etc. É assim que o Espírito progride, aproveitando o seu passado.


18°. Os Espíritos imperfeitos estão excluídos dos mundos felizes, onde perturbariam a harmonia; permanecem nos mundos inferiores onde expiam as suas faltas pelas tribulações da vida, e se purificam das suas imperfeições, até que mereçam se encarnar nos mundos mais avançados, moral e fisicamente. Si se pode conceber um lugar de castigo circunscrito, é nesses mundos de expiação, porque é ao redor desses mundos que pululam os Espíritos imperfeitos desencarnados, à espera de uma nova existência que, lhes permitindo reparar o mal que fizeram, ajudará o seu adiantamento.


19°. Tendo o Espírito o seu livre arbítrio, seu progresso é, algumas vezes, lento, e sua obstinação no mal muito tenaz. Pode nisso persistir anos e séculos; mas, chega sempre um momento no qual a sua teimosia, em afrontar a justiça de Deus, se dobra diante do sofrimento, e no qual, malgrado a sua fanfarrice, reconhece a força superior que o domina. Desde que se manifestam nele os primeiros clarões do arrependimento, Deus lhe faz entrever a esperança.
Nenhum Espírito está nas condições de não se melhorar nunca; de outro modo, estaria fatalmente destinado a uma eterna inferioridade, e escaparia da lei do progresso que rege, providencialmente, todas as criaturas.


20°. Quaisquer que sejam a inferioridade e a perversidade dos Espíritos, Deus jamais os abandona. Todos têm o seu anjo guardião, que vela sobre eles, espreita os movimentos da sua alma, e se esforça em suscitar, neles, bons pensamentos, o desejo de progredir e de reparar, numa nova existência, o mal que fizeram. Entretanto, o guia protetor age, o mais freqüentemente, de maneira oculta, sem exercer nenhuma pressão. O Espírito deve se melhorar em razão da sua própria vontade, e não em conseqüência de um constrangimento qualquer. Age bem ou mal em virtude do seu livre arbítrio, mas sem estar fatalmente impulsionado num sentido ou no outro. Se fez mal, sofre-lhe as conseqüências por tão longo tempo quanto tenha permanecido no mau caminho; desde que dê um passo em direção do bem, sente-lhe imediatamente os efeitos.


21°. Ninguém é responsável senão pelas suas faltas pessoais; ninguém sofrerá as penas das faltas dos outros, a menos que lhes haja dado lugar, seja em provocando-as com o seu exemplo, seja em não as impedindo quando tinha esse poder.
Assim é que, por exemplo, o suicida é sempre punido; mas aquele que, pela sua dureza, leva um indivíduo ao desespero, e daí a se destruir, sofre uma pena ainda maior.


22°. Embora a diversidade das penas seja infinita, há as que são inerentes à inferioridade dos Espíritos, e cujas conseqüências, salvo algumas nuanças, são quase idênticas. A punição mais imediata, sobretudo entre aqueles que são apegados a vida material, negligenciando o progresso espiritual, consiste na lentidão da separação da alma e do corpo, nas angústias que acompanham a morte e o despertar na outra vida, na duração da perturbação, que pode persistir por meses e anos. Entre aqueles, ao contrário, cuja consciência é pura, que, em sua vida, se identificaram com a vida espiritual e se desligaram das coisas materiais, a separação é rápida, sem abalos, o despertar pacífico e a perturbação quase nenhuma.


23°. Um fenômeno, muito freqüente entre os Espíritos de uma certa inferioridade moral, consiste em se crerem ainda vivos, e essa ilusão pode se prolongar durante anos, durante os quais sofrem todas as necessidades, todos os tormentos e todas as perplexidades da vida.


24°. Para o criminoso, a visão incessante das suas vítimas e das circunstâncias do crime é um cruel suplício.


25°. Certos Espíritos são mergulhados em espessas trevas; outros estão num isolamento absoluto, no meio do espaço, atormentados pela ignorância da sua posição e da sua sorte. Os mais culpados sofrem torturas tanto mais pungentes quanto não lhes vêm o fim. Muitos estão privados de verem os seres que lhes são caros. Todos, geralmente, suportam, com relativa intensidade, os males, as dores e as necessidades que fizeram os outros experimentarem, até que o arrependimento e o desejo de reparação, vêm e trazem um abrandamento, fazendo-os entreverem a possibilidade de colocarem, por si mesmos, um fim a essa situação.


26°. É um suplício para o orgulhoso ver, acima dele, na glória, cercado de festas, aqueles que havia desprezado na Terra, ao passo que está relegado às últimas posições; para o hipócrita, se ver traspassado pela luz que põe a nu os seus mais secretos pensamentos, que todo o mundo pode ler: nenhum meio há, para ele, de se esconder e se dissimular; para o sensual, ter todas as tentações sem poder satisfaze-las; para o avaro, ver o seu ouro dilapidado e não poder retê-lo; para o egoísta, ser abandonado por todos e sofrer tudo o que os outros sofreram por ele: terá sede, e ninguém lhe dará de beber; terá fome, e ninguém lhe dará de comer; nenhuma só mão amiga vem apertar a sua, nenhuma voz complacente vem consola-lo; não pensou senão em si, durante a sua vida, e ninguém pensa nele e o lamenta depois da sua morte.


27°. O meio de evitar ou atenuar as conseqüências dos defeitos na vida futura é deles se desfazer, o mais possível, na vida presente; é reparar o mal para não ter que repara-lo, mais tarde, de maneira mais terrível. Quanto mais se tarda, em se desfazer dos defeitos, mais as suas conseqüências são penosas, e mais rigorosa deve ser a reparação que se deve cumprir.


28°. A situação do Espírito, desde a sua entrada na vida espiritual, é aquela que ele se preparou, pela vida corporal. Mais tarde, uma nova encarnação lhe é dada para a expiação e a reparação, por meio de novas provas; mas a aproveita mais ou menos, em virtude do seu livre arbítrio; se não a aproveita, é uma tarefa a recomeçar, cada vez em condições mais penosas; de sorte que aquele que sofre muito na Terra, pode-se dizer que tinha muito a expiar; os que gozam de uma felicidade aparente, malgrado os seus vícios e a sua inutilidade, estejam certos de pagá-la caro numa existência ulterior. Foi nesse sentido que Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”.


29°. A misericórdia de Deus, sem dúvida, é infinita, mas não é cega. O culpado ao qual perdoa, não está exonerado, e, enquanto não tenha satisfeito à justiça, sofre as conseqüências das suas faltas. Por misericórdia infinita, é preciso entender que Deus não é inexorável, e que deixa sempre aberta a porta de retorno ao bem.


30°. Sendo as penas temporárias, e subordinadas ao arrependimento e à reparação, que dependem da livre vontade do homem, são, ao mesmo tempo, os castigos e os remédios que devem curar as feridas do mal. Os Espíritos em punição estão, pois, não como forçados condenados a determinado tempo, mas, iguais a doentes no hospital, que sofrem da doença que, freqüentemente, decorre das suas faltas, e os meios dolorosos de que necessita, mas, que têm a esperança de sarar, e que saram tanto mais depressa quanto sigam exatamente as prescrições do médico, que vela sobre eles com solicitude. Se prolongam os seus sofrimentos, por suas faltas, o médico nada tem com isso.


31°. Às penas que o Espírito sofre na vida espiritual, vêm se juntar as da vida corporal, que são a conseqüência das imperfeições do homem, de suas paixões, do mau uso das suas faculdades, e a expiação das faltas presentes e passadas. É na vida corporal que o Espírito repara o mal das suas existências anteriores, que põe em prática as resoluções tomadas na vida espiritual. Assim se explicam essas misérias e essas vicissitudes que, à primeira vista, parecem não ter razão de ser, e são de toda justiça desde que são a quitação do passado e servem para o nosso adiantamento.


32°. Deus, diz-se, não provaria maior amor pelas suas criaturas, se as tivesse criado infalíveis e, conseqüentemente, isentas das vicissitudes relativas à imperfeição? Seria necessário, para isso, que criasse seres perfeitos, nada tendo a adquirir, nem em conhecimentos e nem em moralidade. Sem nenhuma dúvida, poderia faze-lo; se não o fez, foi porque na Sua sabedoria, quis que o progresso fosse a lei geral.
Os homens são imperfeitos, e, como tais, sujeitos às vicissitudes mais ou menos penosas; é um fato que é preciso aceitar, uma vez que existe. Disso inferir que Deus não é bom e nem justo, seria uma revolta contra ele. Haveria injustiça se tivesse criado seres privilegiados, uns mais favorecidos do que os outros, gozando, sem trabalho, a felicidade que os outros alcançam com dificuldade, ou não podem jamais alcança-la. Mas onde a sua justiça brilha é na igualdade absoluta, que preside à criação de todos os Espíritos; todos têm um mesmo ponto de partida; nenhum que seja, na sua formação, é melhor dotado do que os outros; nenhum cuja marcha ascensional seja facilitada por exceção; os que chegaram ao objetivo passaram, como quaisquer outros, pela fileira das provas e da inferioridade.
Isto admitido, o que de mais justo do que a liberdade de ação deixada a cada um? O caminho da felicidade está aberto a todos; o objetivo é o mesmo para todos; as condições, para alcança-lo, são as mesmas para todos; a lei, gravada em todas as consciências, é ensinada a todos. Deus fez da felicidade o prêmio do trabalho e não do favor, a fim de que cada um dela tivesse o mérito; ninguém está livre de trabalhar ou de nada fazer para o seu adiantamento; aquele que trabalha muito, e depressa, disso é mais cedo recompensado; aquele que se extravia do caminho ou perde o seu tempo, retarda a sua chegada, e isso não pode atribuir senão a si mesmo. O bem e o mal são voluntários e facultativos; sendo o homem livre, não é impelido nem para um e nem para o outro.


33°. Malgrado a diversidade dos gêneros e dos graus de sofrimento dos Espíritos imperfeitos, o código penal da vida futura pode se resumir nestes três princípios:
O sofrimento está ligado à imperfeição.
Toda imperfeição e toda falta que lhe é conseqüente carrega consigo o seu próprio castigo, por suas conseqüências naturais e inevitáveis, como a doença é a conseqüência dos excessos, o tédio e da ociosidade, sem que haja uma condenação especial para cada falta e cada indivíduo.
Todo homem, podendo se desfazer das suas imperfeições, por efeito da sua vontade, pode se poupar dos males que são as suas conseqüências, e assegurar a sua felicidade futura.Tal é a lei da justiça divina; a cada um segundo as suas obras, no Céu como na Terra.

VISÃO ESPÍRITA SOBRE AS CRIANÇAS

VISÃO ESPÍRITA SOBRE AS CRIANÇAS ÍNDIGO E CRISTAL ( "A NOVA GERAÇÃO" )



Por Divaldo Pereira Franco Espiritismo Responde - Um de seus mais recentes livros publicados tem por título “A Nova Geração: A visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”. Quem são as crianças índigo e cristal? Divaldo – Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar. Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração. As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape). O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis. Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais. As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira. A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade. ER – Essas crianças não poderiam ser confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança? Divaldo - Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal. A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças... Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las. Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf. A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual. Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência. A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição. Daí é necessário muito cuidado. Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais. Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental. Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro. As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à violência, à perversidade. ER – Você se referiu às características mentais, emocionais dessas crianças. Elas têm alguma característica física própria? Você tem informação se o DNA delas é diferente? Divaldo - Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades. Tratando-se de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado. Como o nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição. Características físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo atrevimento... Têm dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3 ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que estão sendo debatidas pelos pedagogos. ER – Com que objetivo estão reencarnando na Terra? Divaldo - Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro A Gênese, refere-se à nova geração que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do Pithecanthropus erectus vieram os denominados Exilados de Capela ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão. Foram eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o Elo Perdido, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos. Logo depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a Bíblia, ao referir-se ao anjo que se rebelara contra Deus – Lúcifer. Na atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte da Constelação de Touro. Esses Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos capelinos. É claro que nem todos serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados. ER – Já que eles estão chegando há cerca de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no Mundo? Divaldo – Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa. O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”. Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão. Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que estão perdidos no anonimato. ER – O que você diria aos pais que se encontram diante de filhos que apresentam essas características? Divaldo - Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade. Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura. São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom. A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes. Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SOLUÇÃO: A FAMÍLIA

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A FAMÍLIA



A FAMÍLIA NA VISÃO ESPÍRITA

“Aquele que me segue não anda em trevas”- Jesus - (João - 8:12)

INTRODUÇÃO:

Em se tratando de família, a primeira noção que nos vem à mente é de “grupamento”, “reunião”, “associação”.

O estudo da família pertence ao âmbito da Sociologia e estudiosos dessa ciência consideram a fase atual como um processo de transformação por que passa esse agrupamento humano, para adequar-se a um novo contexto social. Enquanto, no passado, a família era vista como agrupamento de pessoas ligadas pelos laços da consangüinidade , o conceito hoje se ampliou, considerando os sociólogos que se podem aceitar como família um casal e seus filhos, um casal sem filhos, ou mesmo pessoas que se unem por afinidade (Samuel Koening - “Elementos da Sociologia” cap. XI, A Família.). O conceito atual aproxima-se bastante da idéia espírita, já que em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, aprendemos que os verdadeiros laços de família não são os da consangüinidade, mas os da afinidade espiritual (Cap.14. item 8).

Devemos tranqüilizar, pois, os nossos corações, porque a família não está em extinção, o processo é de transformação. A vulnerabilidade do bebê humano e sua dependência dos cuidados do adulto são indícios muito fortes de que a família é uma necessidade psicofísica do homem e, portanto, será difícil imaginar um sistema social sem essa instituição. (Dalva Silva Souza – “Os Caminhos do Amor”- pgs.188-189).

FAMÍLIA – DEFINIÇÕES.

Do livro “Estudos Espíritas” - Divaldo Franco, psicografia de Joana de Ângelis - pgs .175-176, destacamos:

A) Grupamento de raça, de caracteres e gêneros semelhantes, resultado de agregações afins, a família, genericamente, representa o clã social ou de sintonia por identidade que reúne espécimes dentro da mesma classificação. Juridicamente, porem, a família se deriva da união de dois seres que se elegem para uma vida em comum, através de um contrato, dando origem à genitura da mesma espécie. Pequena república fundamental para o equilíbrio da grande república humana representada pela nação

(...) A família (...) é o grupo de espíritos normalmente necessitados, desajustados, em compromisso inadiável para a reparação, graças à contingência reencarnatória (...).

A família é mais do que o resultante genético. São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas e árduas tarefas, os sofrimentos, e as aspirações, as tradições morais elevadas que se cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupo doméstico onde medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.

B) Há, pois, duas espécies de família: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos através das várias migrações da alma; as segundas frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente, já na existência atual. Do item 8, cap.XIV, de “O Evangelho segundo o Espiritismo “.

A dissolução moral de muitas famílias ainda na atual existência decorre de mortes prematuras, desuniões, vícios, desvios de conduta e causas diversas provenientes do uso incorreto do livre arbítrio.

De todas as associações na Terra excetuando naturalmente a Humanidade - nenhuma talvez mais importante em sua função educadora e regenerativa: a constituição da família. De semelhante agremiação , na qual dois seres se conjugam, atendendo aos vínculos do afeto, surge o lar, garantindo os alicerces da civilização. Através do casal, aí estabelecido, funciona o princípio da reencarnação, consoante as Leis Divinas, possibilitando o trabalho executivo dos mais elevados programas de ação do Mundo Espiritual. Por intermédio da paternidade e da maternidade, o homem e a mulher adquirem os mais amplos créditos da Vida Superior.

Daí, as fontes de alegria que se lhes rebentam do ser com as tarefas de procriação. Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do Mundo Maior, de vez que todos nós integramos grupos afins. Na arena terrestre, é justo que determinada criatura se faça assistida por outras que lhe respiram a mesma faixa de interesse afetivo. De modo idêntico, é natural que as inteligências domiciliadas nas Esferas Superiores se consagrem a resguardar e guiar aqueles companheiros de experiência, volvidos à reencarnação para fins de progresso e burilamento. A parentela no Planeta faz-se filtro da família espiritual sediada além da existência física, mantendo os laços preexistentes entre aqueles que lhe comungam o clima. Arraigada nas vidas passadas de todos aqueles que a compõem, a família terrestre é formada, assim, de agentes diversos, porquanto nela se reencontram, comumente, afetos e desafetos ,amigos e inimigos, para os ajustes e reajustes indispensáveis , ante as leis do destino.

Apesar disso, importa reconhecer que o clã familiar evolve incessantemente para mais amplos conceitos de vivencia coletiva, sob os ditames do aperfeiçoamento geral, conquanto se erija sempre em educandário valioso da alma, temos dessa forma, no instituto doméstico uma organização de origem divina, em cujo seio encontramos os instrumentos necessários ao nosso próprio aprimoramento para a edificação do Mundo Melhor. - (do livro “Vida e Sexo” de Francisco C. Xavier – pelo Espírito Emmanuel - item 2 – Família).

TÓPICOS

A ) - LAR –

É preciso se reconheça que o lar não é um estabelecimento destinado a reproduzir seres humanos em série, mas sim um santuário-escola onde os pais devem pontificar como plasmadores de nobres caracteres, incutindo nos filhos, a par do amor a Deus, uma vivencia sadia, pautada nos princípios da Moral e da Justiça, de modo que se tornem elementos úteis a si mesmos, à família e à sociedade – Rodolfo Calligaris, (As Leis Morais segundo a Filosofia Espírita, pg.71).

É na família que se estrutura o caráter do homem de amanhã: o que se fala se ouve e se faz no lar são elementos de base para o que será falado e feito na sociedade. Sabedores disto devemos cultivar o hábito do culto do Evangelho no lar; momento de oração e reflexão nobre sobre o cotidiano.

A função reeducadora da família nos remete a uma via de mão dupla, se com os pais podemos adquirir valores que nos nortearão a caminhada, onde poderemos avançar no processo evolutivo, com os filhos temos lições de afeto, tolerância e amor. Juntos aprendemos a rir, com vontade, a relaxar, a gostar das coisas simples da vida; para o filho, tudo é novo e os pais ao ensinar aprendem a viver e a conviver.

O lar deve ser o porto seguro para todo espírito em viagem evolutiva. (Editorial do Jornal do C. E. Seara Fraterna em comemoração ao dia dos pais).

Necessário se faz que respeitemos o lar como o local sagrado em que vivemos juntamente com nossos familiares não permitindo que ele se transforme em local de vibrações negativas assim como também devemos respeitar os lares dos nossos semelhantes.

Deve-se evitar no ambiente doméstico toda sorte de ações e posturas inadequadas, pois a persistirem, tais atitudes poderão provocar a instabilidade conjugal além de gerarem conflitos com conseqüências danosas a todos .

B) – NAMORO.

Com referência a este item, há no livro “Sexo e Vida” – psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel, a seguinte pergunta: Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições particulares?

Resposta – Do mesmo modo que os homens, sendo, porem, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros , quando carentes de corpo material,porque então esse laço não se acha exposto às vicissitudes das paixões. Item 291 de “O Livro dos Espíritos”. A integração de duas criaturas para a comunhão sexual começa habitualmente pelo período do namoro que se traduz por suave encantamento. Dois seres descobrem um no outro, de maneira imprevista, motivos e apelos para a entrega recíproca e daí se desenvolve o processo de atração. O assunto consubstanciaria o que seria lícito nomear como sendo um “doce mistério” se não faceássemos nele as realidades da reencarnação e da afinidade.

Inteligências que traçaram entre si a realização de empresas afetivas ainda no Mundo Espiritual, criaturas que já partilharam experiências no campo sexual em estâncias passadas, corações que se acumpliciaram em delinqüência passional, noutras eras, ou almas inesperadamente harmonizadas na complementação magnética, diariamente compartilham as emoções de semelhantes encontros, em todos os lugares da Terra.

Atualmente está esquecido o aspecto lúdico do pré-namoro, que é a paquera, que inclusive já foi mencionada durante as conversações no Estudo, como sendo o momento importante para o início do namoro.

Era o momento romântico onde os casais iniciavam o namoro e de uma maneira geral estreitavam os laços de carinho e amizade para a concretização de um futuro casamento.

Modernamente nem se usa mais tal palavra, que foi substituída pelo termo “ficar”.

O “ficar” praticamente desestimula a união estável e deixando-se ficar para ver como é que fica, inúmeros casais, jovens na sua maioria, consumam o ato sexual meramente pelo prazer físico, gerando seres que certamente não terão uma vida afetiva adequada, tornando-se órfãos de pais vivos.

O aspecto mais cruel é que o “ficar” não tem limite, ou seja, “fica-se” tantas vezes quantas forem as oportunidades que se apresentarem.

Esses momentos de descontrole dos seres humanos, nos quais o instinto animal fala mais alto e cujas conseqüências afetam a outrem, fazem com que os seus praticantes assumam a responsabilidade perante a espiritualidade segundo o princípio que diz: A semeadura é livre porem a colheita é obrigatória.

C) CASAMENTO.

No capítulo IV do “Livro dos Espíritos” ( Lei de Reprodução) temos a pergunta 695: “ Será contrário à Lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?

Resposta: “É um progresso na marcha da Humanidade”.

E a pergunta 696: “Que efeito teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento”?

Resposta: “Seria uma regressão à vida dos animais”

Comentário de Kardec – O estado de natureza é o da união livre e fortuita dos sexos. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas. A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes.

Temos ainda a pergunta 697: “Está na lei da Natureza ou somente na lei humana, a indissolubilidade absoluta do casamento”?

Resposta: É uma lei humana muito contrária à da Natureza

Mas os homens podem modificar suas leis, só as da Natureza são imutáveis.

Pertinente ao assunto em tela, reproduzimos abaixo o texto denominado “O Cultivo do Amor” de Irmão Saulo, constante do livro “Na Era do Espírito”, psicografia de Chico Xavier e Herculano Pires – Espíritos diversos.

A lei civil do casamento, segundo lemos no item 4 do capítulo XXII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “tem por fim regular as relações sociais e os interesses familiares, segundo as exigências da civilização”. E a seguir vem esta observação: “Mas nada, absolutamente, impede que ela seja um corolário da lei de Deus”.. E a lei de Deus, no caso, é a lei do amor. Quer dizer que o casamento civil deve efetuar-se por amor e não por conveniência de qualquer espécie. A falta de conjugação dessas duas leis, a humana e a divina, é a causa principal dos fracassos no casamento.

Entre os interesses que podem influir na deteriorização do casamento também figuram a vaidade e a atração sexual, ambos os elementos estranhos ao amor e por isso mesmo de natureza efêmera. Em casos dessa natureza, como em vários outros, a separação se torna inevitável e o divórcio aparece então como a lei civil que serve de remédio à separação dos casais, permitindo aos pares frustrados a reconstrução do lar em bases legítimas com outros cônjuges. “Um dia se perguntará, - diz ainda o trecho citado – se uma cadeia indissolúvel não aumentará o número de uniões irregulares.”

Mas quando o lar se formou com base no amor, as decepções que podem surgir têm o remédio no próprio amor.

Quem ama sabe tolerar e perdoar. As dificuldades serão superadas dia a dia pelo cultivo do amor. Basta que cada cônjuge se lembre de que as frustrações são recíprocas. O mesmo ocorre com o artista na realização de sua obra. O ideal está sempre acima do real. Mas o verdadeiro artista sabe disso e procura superar a sua frustração pelo esforço constante de aperfeiçoamento. O cultivo do amor é como o cultivo da arte. E quem romper um casamento de amor, por simples intolerância, não encontrará mais remédio para a sua solidão.

D) - DIVÓRCIO

O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já de fato está separado. Não é contrário à Lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei Divina. Do item 5, do cap.XXII de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Partindo do princípio de que não existem uniões conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre as criaturas. È aí, nos laços matrimoniais definidos nas leis do mundo, que se operam burilamentos e reconciliações endereçadas a precisa sublimação da alma.

O casamento será sempre um instituto benemérito, no limiar, em flores de alegria e esperança aqueles que a vida aguarda para o trabalho do seu próprio aperfeiçoamento e perpetuação. Com ele o progresso ganha novos horizontes e a lei do renascimento atinge os fins para os quais se encaminha.. Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina jamais instituiu princípios de violência, e o Espírito, conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitòriamente , o desempenho dos compromissos que abraça.Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade , na vida do Espírito, antes da reencarnação que assinala a si mesma o casamento difícil que faceará na estância física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em outras épocas.Reconduzida, porem,à ribalta terrestre e assumida a união esponsalícia que atraiu a si mesma, ei-la desencorajada à face dos empeços que se lhe desdobram à frente. Por vezes, o companheiro ou a companheira voltam ao exercício da crueldade de outro tempo, seja através do menosprezo, desrespeito, violência ou deslealdade, e o cônjuge prejudicado nem sempre encontra recursos em si para se sobrepor aos processos de dilapidação moral de que é vítima.

Nessas condições, aquele que está passando por tais situações deve procurar apoio psicológico e ajuda espiritual através do atendimento fraterno que o ajudarão a sobrepor esses momentos com calma e equilíbrio, evitando situações que acarretarão doenças emocionais complexas e de difícil tratamento.

E) – PARENTESCO E AFINIDADES

A questão 203 do “Livro dos Espíritos” coloca em termos espirituais o problema das linhagens familiares.

Pensamos geralmente que a herança biológica é a determinante pelos temperamentos e caracteres. O Espiritismo nos mostra que a natureza humana é espiritual e não material. Assim, o que determina a condição do homem é a sua essência e não a forma, o seu espírito e não o seu instrumento de manifestação corpórea. As famílias são aglomerados de espíritos afins que estabelecem, nas encarnações sucessivas, a linha da hereditariedade biológica.

Cada espírito que se encarna traz em si mesmo a sua personalidade já formada em encarnações anteriores. As semelhanças de características psíquicas e morais entre pais, filhos e outros descendentes não provem da carne, mas sim do espírito. Cada ser humano é o que ele é por si mesmo. Há, portanto, um paralelismo cartesiano entre hereditariedade e afinidade. Admitindo-se isso, que hoje é considerado com atenção em grandes centros de pesquisas científicas, é fácil compreendermos a necessidade de independência não apenas social, mas também afetiva, para os filhos que se emancipavam e especialmente para os que constituíram a sua própria família.

Pergunta 203 do Livro dos Espíritos: “Transmitem os pais aos filhos uma parcela de suas almas, ou se limitam a lhes dar a vida animal a que, mais tarde, outra alma vem adicionar a vida moral”?

Resposta: Dão-lhe apenas a vida animal, pois que a alma é indivisível. “Um pai obtuso pode ter filhos inteligentes e vice-versa”.

Pergunta 204 do Livro dos Espíritos: Uma vez que temos tido muitas existências, a nossa parentela vai além da que a existência atual nos criou?

Resposta: Não pode ser de outra maneira. A sucessão das existências corpóreas estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às vossas existências anteriores. Daí, muitas vezes, a simpatia que vem a existir entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.

Nessa questão de afinidades e parentesco é necessário que se tenha em mente que os Espíritos se sentem felizes quando lembrados por nós, só que estas lembranças devem ser as do âmbito moral, que são os ensinamentos nobres por eles deixados e conforme preceitua a resposta à pergunta 206 do Livro dos Espíritos: “Mas ficais certos de que os vossos antepassados não se honram com o culto que lhes tributais por orgulho. Em vós não se refletem os méritos de que eles gozem, senão na medida dos esforços que empregais por seguir os bons exemplos que vos deram. Somente nestas condições lhes é grata e até mesmo útil a lembrança que deles guardais”.

F) REFLEXÃO

VIDA AFETIVA – Todos os problemas da vida afetiva serão devidamente aclarados quando o conhecimento da reencarnação for concebido na base da regra áurea.

Faremos a outrem, nos domínios afetivos, aquilo que desejamos se nos faça. Isso porque de tudo o que doarmos ao coração alheio recolheremos de volta.

O amor em sua luminosa liberdade é independente em suas escolhas e manifestações; no entanto, obedece igualmente ao princípio:

“Livre na sementeira e escravo na colheita.”

Ligeira análise de observações nos fará pensar nisso

Em muitas ocasiões, o rival que abatemos, de um modo ou de outro, induzindo-o à desencarnação, é o filho que a vida e o tempo nos colocam nos braços, a cobrar-nos em abnegação e renúncia, a assistência e a proteção que lhe devemos;

O jovem ou a jovem que furtamos dos braços de nossos filhos, considerando-os indignos de nossa equipe doméstica, impondo-lhes, direta ou indiretamente, a morte do corpo físico, voltam na condição de netos, em muitas circunstâncias, compartilhando-nos o leito e a vida;

A criança nascitura que arrojamos à vala do aborto desnecessário e que deveria nascer e crescer para o desenvolvimento da afetividade pacífica, entre os nossos descendentes, costuma encontrar novo berço em nosso clima social, reaparecendo na condição do homem ou mulher que, mais tarde, nos aborda a organização familiar exigindo-nos pesados tributos de aflição;

As criaturas que enganamos, no terreno do afeto, em outras estâncias, habitualmente retornam até nós por filhos-problemas, reclamando-nos atenção e carinho constantes para o reajuste emocional que demandam.

Frustrações, conflitos, vinculações e aversões congênitas de hoje são frutos dos desequilíbrios afetivos de ontem a nos pedirem trabalho e restauração.

È possível haja longa demora na aceitação geral da verdade por parte dos agrupamentos humanos, em nos reportando ao mundo genésico.

Dia virá, porem, no qual todas as criaturas compreenderão que o espírito, onde estiver, conforme aquilo que plante, em matéria de afetividade, isso também colherá - do livro “Na Era do Espírito” – Emmanuel – psicografia de Chico Xavier.

CONCLUSÃO

A família na Visão Espírita descerra a cortina que une os dois mundos em que vivemos, o mundo físico quando encarnados e o mundo espiritual quando desencarnados.

O assunto é complexo e difícil na sua extensão a partir do momento que envolve questões vinculadas ao campo afetivo, mas através das noções expostas pela Doutrina devemos procurar evoluir pelo aprendizado decorrente das oportunidades reencarnatórias.

A família e o Lar são os centros de força, onde os espíritos têm a chance de se burilarem pelo relacionamento com outros espíritos. Tarefa nada fácil, visto que é o local onde se encontram na maioria das vezes, espíritos desafetos e inimigos em vidas pretéritas.

Os pais recebem a bênção divina de serem os geradores e responsáveis por estes espíritos, cabendo-lhes a tarefa bendita de criá-los e ajudá-los a caminhar na senda terrestre até o ponto em que eles possam prosseguir sozinhos, mas isto não implica em abandoná-los. A Visão Espírita fornece as coordenadas para que possamos entender que os seres humanos mantêm a sua individualidade, na condição de espíritos que somos, portanto, mesmo sendo responsáveis pela criação e educação dos filhos, eles não pertencem aos pais, assim como os pais também não pertencem aos filhos.

Somos todos integrantes de uma só família, que é a família universal, onde cada um a seu turno busca a evolução e aprimoramento para que todos alcancem o MUNDO MAIOR cujo alicerce é a lei do amor.

Que Deus abençoe a todos nós.