sexta-feira, 17 de setembro de 2010

TRABALHO INFANTIL "


“ TRABALHO INFANTIL " VISÃO UTÓPICA x NOSSA REALIDADE

Estamos recebendo, nesta data, mais um folder de sua campanha contra o trabalho infantil. Parabenizamos esta reconhecida entidade internacional, UNICEF, pelo muito que tem feito em prol das crianças e jovens do mundo, durante toda a sua existência, com o objetivo de coibir as práticas infames de escravidão infantil, de fazer respeitar a criança e o jovem e construir um mundo melhor e mais digno para todos.

Quanto a campanha contra o 'trabalho infantil', em muitos aspectos louvável, entendemos que possui alguns contra-sensos, a iniciar pelo slogan: 'quero ajudar a (...vários nomes...), a trocarem a escola da vida pela vida escolar.' Segundo nossa visão, a 'Escola da Vida' é a melhor escola, em todos os aspectos e não pode ser substituída pela vida escolar, como pode ser bem ilustrado pelos textos do brilhante educador e psicoterapeuta Dr. Augusto Jorge Cury:

1. "(...) Pedro tinha um professor excelente, chamado Jeferson. Certo dia, ele fez uma pausa na aula de matemática e disse aos alunos: 'Vocês estão aqui na escola clássica para aprender matemática e outras matérias, mas há uma outra escola mais importante do que esta'. Os alunos, surpresos, perguntaram: 'Qual, professor ?'

Ele olhou para as janelas e disse: 'O mundo real, a Escola da Vida que pulsa lá fora'. E completou: 'Aqui, problemas de matemática são resolvidos com lógica e exatidão. Lá fora, os problemas da vida, como a inveja, as perdas, as frustrações, as ofensas, não podem ser resolvidos pela matemática lógica. Às vezes, temos de ser flexíveis, não exigir que as pessoas sejam perfeitas, não cobrar demais e nem esperar muito delas.'

Então, fitou os alunos e afirmou: 'Para resolvermos os problemas dessa escola devemos aprender a pensar antes de reagir: Quem reage sem pensar, ou seja, por impulso, pode ferir a si mesmo e às pessoas que mais ama' (... )"

2. "(...) Ele não freqüentou os bancos de uma escola, mas freqüentou a escola da vida. Nessa escola, ele aprendeu a enfrentar o preconceito, o medo e as fragilidades humanas. Foi um grande aluno, por isso tornou-se um grande mestre. Enquanto entalhava a madeira, analisava o coração das pessoas e percebia cada uma das suas dificuldades.

Com trinta anos de idade, resolveu revelar seus pensamentos. Era de se esperar que ele fosse uma pessoa agressiva, ansiosa e infeliz, pois atravessou muitas dificuldades, desde a infância, mas revelou-se gentil, tranqüilo e feliz.

Ele não usava lousa e giz, mas era tão inteligente que as pessoas paravam tudo o que faziam para ouvi-lo. O mestre da escola da vida falava com poesia. Suas palavras colocavam combustível no ânimo das pessoas, reacendiam sua esperança (...)"

Textos Extraídos da Obra Prima: 'Escola da Vida - Harry Potter na Vida Real'

Infelizmente, temos visto que campanhas como esta, nas mãos de burocratas, políticos, legisladores e juízes, inconseqüentes e sem visão social, que não sabem distinguir diferenças simples, como entre 'carregar pedras e NÃO freqüentar a escola' e 'atuar como APRENDIZ em um período e freqüentar a escola em outro', ou entre a realidade vivenciada por famílias ricas e famílias pobres, causarem um grande e irreparável estrago a este país, às famílias em situação de miséria e às instituições assistenciais idôneas que tentam, desesperadamente, através de projetos louváveis e bem conduzidos, ensinar uma profissão honesta a esse jovens, já a partir dos 11 e 12 anos, quando isso deve ser feito. Temos um conjunto de leis utópicas, que regulam a vida de cidadãos de primeiro mundo, em um país de terceiro ou quarto mundo..., onde a realidade mostra milhões de pessoas sem emprego e outras milhões não ganhando nem para se alimentar direito, verdadeiros ESCRAVOS dos tempos modernos, e isso sob a conivência de pseudo-governantes, só atentos a satisfazer sua própria sede de poder.

Impedir que essas crianças, cujas famílias muitas vezes não têm nem o que comer, tenham a oportunidade de aprender uma profissão honesta, em entidades sérias, como temos visto freqüentemente ser feito por juízes da infância e adolescência, conselhos, secretarias e seus burocratas, em várias instâncias, levando a LEI implacável e hipócrita debaixo do braço, é EMPURRÁ-LAS sem PIEDADE para o mundo do crime e da prostituição, isso porque os criminosos não se importam, nem com a lei nem com as 'autoridades', e não se importam também em utilizar as nossas crianças para os mais sujos trabalhos que se possa imaginar, pagando, em muitos casos, 'salários' mais altos que o recebido por chefes de família com 'carteira assinada', o que configura uma situação sem retorno e que explica o absurdo aumento na criminalidade infantil ocorrido neste país.

Vivemos em tal realidade perversa que muitas vezes presenciamos as mesmas 'autoridades', que poderosas e arrogantes, INTIMAM entidades assistenciais sérias a encerrarem maravilhosos trabalhos de ensino profissional, recuarem e até mesmo reverenciarem os criminosos aliciadores de jovens, devido ao PODER ou ao MEDO.

Esperamos, sinceramente, que este artigo-desabafo de um cidadão farto de 'visões utópicas' sirva para um ABRIR DE OLHOS, que a UNICEF, tanto quanto persista no combate à escravidão infantil e na luta por um mundo melhor, se levante na defesa das entidades idôneas e dos projetos de MENOR APRENDIZ, remunerados ou não, porque o trabalho enobrece o homem, enquanto que o crime o degenera.

Quando este país der condições aos pais de ganharem o suficiente, não precisaremos de leis contra o trabalho infantil..., ele vai ser EXTINTO por si mesmo, assim como ocorreu na maioria dos países desenvolvidos; enquanto isso, devemos regulá-lo, coibir os abusos, mas nunca deixar de dar aos jovens que necessitem, desde cedo, a oportunidade de aprenderem profissões honestas, seja de marceneiro, de jardineiro, de gráfico, de costureiro, de cozinheiro, de lavrador ou qualquer outra, que podem ser simples, mas respeitáveis como toda ocupação útil deve ser !!!

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