terça-feira, 14 de setembro de 2010

LIGAÇÕES FAMILIARES


LIGAÇÕES FAMILIARES

Quanto possível, esforça-te - mas esforça-te de verdade
- para viver em harmonia com os parentes que te pareçam
menos afinados com os teus pontos de vista.

No Plano Físico, não nos achamos vinculados com alguém,
nos laços da consangüinidade, sem justa razão de ser.

Aqueles que alimentam ódio e aversão, quando desejosos
de melhoria, são induzidos por Benfeitores da Vida
Sublimada, a se reencarnarem juntos, a fim de apagarem
as labaredas de discórdia que lhes atormentam a vida
íntima, através de provações atravessáveis em comum.

Se os propósitos desse ou daquele familiar te parecem
claramente opostos aos ideais superiores que abraças,
abençoa-o com os teus melhores pensamentos e não lhe
barres os passos no caminho das experiências que se lhe
fazem precisas.

Não desprezes teus pais ou teus filhos por serem
desorientados ou doentes, porque talvez tenhas sido, em
existências já transcorridas, a causa direta ou indireta
dos desequilíbrios ou enfermidades que patenteiam.

Em muitas ocasiões, terás renascido em consangüinidade
com parentes rudes e, às vezes, cruéis, unicamente por
amor a eles, de modo a auxiliá-los na transformação
necessária, com as tuas demonstrações de tolerância e
paciência, devotamento e humildade.

Se depois de sacrifícios inumeráveis em favor de parentes
determinados - e isso acontece freqüentemente entre pais
e filhos - notas, no íntimo, que a tua consciência se
reconhece plenamente quitada para com eles, sem que esses
mesmos familiares, após longo tempo de convivência,
demonstrem o mínimo sinal de renovação para o bem, deixa
que sigam a estrada que melhor se lhes adapte ao modo de
ser, porque as Leis da Vida não te obrigam a morrer, pouco
a pouco, a pretexto de auxiliar aos que te recusam o amor.

Uma criança terna e inesquecível que retorna ao Mais Além,
nos primeiros tempos da infância, quase sempre é um coração
profundamente dedicado ao teu progresso espiritual que
apenas regressou ao teu convívio doméstico, a fim de
acordar-te para as realidades da alma, através da saudade
e da afeição.

Se não tens a devida força para carregar os compromissos
que assumiste diante de uma pessoa, com quem partilhaste
as alegrias do sentimento, nunca abandones a criança ou
as crianças que houverem nascido de semelhante união.

Educa ou reeduca os pequeninos, sob a tua responsabilidade,
em quanto na infância tenra, facilmente amoldável aos teus
princípios de natureza superior, mas diante dos familiares
erguidos à condição de adultos, respeita-lhes a liberdade de
caminhar no mundo, conforme as suas próprias escolhas,
porque nem todos conseguem trilhar o mesmo caminho para a
união com Deus.

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