segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


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NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA E DEUS É A
CAUSA PRIMORDIAL DO UNIVERSO


Deus é uma coisa palpável não por Ele mesmo, mas através de Sua criação, do mesmo modo que átomos não são “coisas” em sua forma atômica, mas um grande número deles colocados juntos repentinamente se torna visível e objeto reconhecível. No século XIX Kardec indagou dos Espíritos, “Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?” A resposta chega de forma simples e objetiva, com a profundidade característica dos Espíritos superiores: “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”·[1] Portanto, o conhecimento dos pensadores não pode encontrar outra conclusão, senão a de que Deus existe e é a inteligência suprema do Universo.

A Doutrina Espírita rejeita a fé cega, defendendo, com argumentos, a fé raciocinada, conduzindo as pessoas a não acreditarem, simplesmente por acreditar, mas a saber porque acreditam em algo. E a principal delas é defender a prova da existência de Deus.

Tanto foi o cuidado de não personificá-lo que a primeira pergunta de Kardec endereçou aos Espíritos foi com a expressão "Que é Deus?” Em substituição à clássica e antropomórfica indagação: “Quem é Deus?”

Ante a majestática obra do Criador, o Espírito Emmanuel explica que o homem “observa as dimensões diminutas do Lar Cósmico [Terra] em que se desenvolve. Descobre que o Sol tem um volume de 1.300.000 vezes maior; a Lua dista mais de 380.000 quilômetros; Marte, distante de nós cerca de 56.000.000 de quilômetros na época de sua maior aproximação, Capela é 5.800 vezes maior, Canópus tem um brilho oitenta vezes superior ao Sol”.[2] O Sistema Solar possui apenas 9 planetas com 57 satélites no total de 68 corpos celestes. E para que tenhamos noção de sua insignificância diante do restante do Universo, nosso Sistema Solar compõe um minúsculo espaço da pequena da Via Láctea[3] ou seja, um aglomerado de cerca de 100 bilhões de estrelas, com pelo menos cem milhões de planetas e, segundo Carl Seagan, no mínimo cem mil deles com vida inteligente e mil com civilizações mais evoluídas que a nossa. [4]

Além do Big Bang - Cosmologia Quântica e Deus, é o livro publicado pelo cientista Willem B. Drees, Doutor em Física Teórica e Matemática pela Universidade Utrecht e em Teologia pela Universidade de Gröningen (Holanda), que procura demonstrar sobre a existência de um interesse crescente pela investigação científica baseada na certeza da existência de Deus. A teoria mais moderna do início do Universo nos remete não apenas para o Big Bang (a grande explosão) princípio de tudo, mas, para a idéia de vários big bangs, com Universos cíclicos através de quatrilhões de anos. Diante destes números pensaríamos haver chegado na idéia do que é o Universo; ledo engano, pois estas áreas, ou melhor, volumes, representariam apenas 3% do que seria a totalidade de tudo dentro do tridimensional e espaço/tempo como conhecemos. Os espaços interplanetários, interestrelares e intergalácticos, obviamente, formariam a maior parte daquilo que chamamos de Universo.”[5]

O grande desafio da astrofísica, atualmente é a chamada energia escura e as lentes do telescópio espacial Hubble flagraram o comportamento dessa energia um dos maiores enigmas cósmicos. “Ao observar supernovas, que são explosões de estrelas, o telescópio registrou o efeito da aceleração da luz. A descoberta deve ajudar a explicar o que é a energia escura que cobre quase todo o cosmos, uma força que pode ser responsável pela contínua e acelerada expansão do Universo, também chamada de partícula Deus”.[6]

A nossa compreensão de Deus muda na mesma proporção em que a nossa percepção sobre a vida se amplia. É uma tarefa difícil, quando o limitado tenta alcançar o Ilimitado, ou o finito entender o Infinito. Assim somos nós diante de Deus. As opiniões científicas ainda estão divididas quanto à origem do universo, mas há unanimidade num ponto, existe ordem no universo.

Todos fomos criados por Deus para a glória celeste, caminhando pelos proscênios terrestres, onde desenvolvemos potencialidades interiores que nos são herança divina esculpidas. “A dedução que se pode tirar da certeza inata que todos os homens trazem em si, da existência de Deus, é a de que Ele existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base?” [7] E “Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o podem perceber”. [8]

Assinalamos aqui uma pequena digressão: é interessante notar que geralmente, nós imaginamos Deus como alguma coisa absolutamente externa. Pensamos em Deus como um ser ou algo separado de nós, advindo muitos conflitos. Ora! Se o Todo-Poderoso também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade. Mas se acreditamos que o Pai celestial está exclusivamente do lado externo, então supomos que só Ele pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhumas das nossas ações lhe podem subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contato ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração.

Albert Einstein, físico alemão de origem judaica que dispensa apresentações “quando, em 1921, perguntado pelo rabino H. Goldstein, de New York, se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens[9]. Nesta mesma ocasião, muitos líderes religiosos diziam que a teoria da relatividade “encobre com um manto o horrível fantasma do ateísmo, e obscurece especulações, produzindo uma dúvida universal sobre Deus e sua criação”.[10] Tese que discordamos integralmente , pois Einstein confessou a um assistente que no fundo, seu único interesse era descobrir se no instante da criação Deus teve escolha de fazer um universo diferente e, caso tenha tido opção, por que é que decidiu criar esse universo singular que conhecemos e não outro qualquer? Dizia ainda, “Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéias que faço de Deus”.[11]

Da megaestrutura dos astros à infra-estrutura subatômica, tudo está mergulhado na substância viva da mente de Deus. O físico americano Paul Davies no seu livro intitulado Deus e a Nova Física afirma categoricamente que o universo foi desenhado por uma consciência cósmica.[12] O Universo, portanto, constituídos por esses milhões de sóis, regido por leis universais, imutáveis, completas, às quais acham-se sujeitas todas as criaturas, é a exteriorização do Pensamento Divino.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

RELIGIÕES


RELIGIÕES E O SUBLIME
PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA

Jesus foi o primeiro proponente do serviço social que a História tem notícia. Antecedendo as propostas da ciência psicológica moderna, defendidas por renomados pesquisadores, o Mestre de Nazaré, há dois mil anos, comprovava que a legítima felicidade não é individual, mas o somatório da felicidade das pessoas que se encontram em nossa dimensão de vida quotidiana. A solidariedade e a beneficência são fundamentos máximos de bem-viver. Falamos de religião e rotulamos nossa crença, porém, enquanto não descermos até nosso irmão necessitado não chegaremos à maturidade espiritual.

Na Terra, surgiram várias denominações filosófico-religiosas para apontarem a trilha da beneficência. Algumas delas bifurcaram-se, enquanto outras, anatematizaram-se e a mensagem, que apontava o caminho da caridade, ficou truncada por ausência do amor entre nós.

Temos muitas religiões, mas pouca religiosidade. O Cristianismo, atualmente, é a religião mais difundida no mundo, com cerca de 2 bilhões de fiéis. Divide-se em três ramos principais: Catolicismo, Igreja Ortodoxa e Protestantismo. O movimento cristão organiza-se, primeiro, em Jerusalém e é, a princípio, um movimento dentro do Judaísmo. Posteriormente, os cristãos são perseguidos pelo Império Romano . A situação muda em 313, quando o imperador Constantino lhes concede liberdade de culto. Em 392, o Cristianismo passa a ser a religião oficial do Império, e missionários são enviados a várias partes da Europa para fundar igrejas, ocupando todo o continente. No fim da Idade Média, a expansão européia leva o Cristianismo à América e à Ásia. A partir do Século XIX missionários chegam, também, à África e ao leste da Ásia, espalhando o Evangelho por todo o mundo.

Neste ponto do texto, pedimos licença para consignar algumas definições breves sobre religião[1] e iniciemos com o Catolicismo. O termo deriva do grego katholikos (universal). A adoção desse nome vem da idéia de uma igreja que pode ser aceita e levar a mensagem a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Está associada à expansão do Império Romano e ao surgimento dos novos reinos em que este se divide. Sua difusão se vincula ao desenvolvimento da civilização ocidental e ao processo de colonização e aculturação de outros povos. Hoje, o Catolicismo possui mais de 1 bilhão de adeptos, aproximadamente 18,7% da população mundial. A maioria, (cerca de 39%), encontra-se na América Latina. O Brasil é o país que reúne o maior número de católicos no mundo. Segundo o IBGE, 120 milhões de brasileiros declaravam-se católicos em 1991 (cerca de 83% da população do país).[2]

Da Igreja de Roma, surge a Renovação Carismática Católica nos Estados Unidos, em meados da década de 60, divergindo de alguns conceitos do Vaticano. Nessa trilha, nasce, na mesma década, a Teologia da Libertação , principalmente na América Latina, em que se destaca o teólogo brasileiro e ex-frade franciscano, Leonardo Boff , um dos formuladores do movimento. No livro “Jesus Cristo Libertador”(1972), Boff admite o emprego das teorias marxistas na análise do atraso das sociedades do terceiro mundo.

Sobre o Protestantismo[3], sabemos ter surgido como movimento cristão com a chamada Reforma Protestante, iniciado pelo teólogo alemão Martinho Lutero, no Século XVI, que rompe com a Igreja Católica. As críticas de Lutero ao Catolicismo começam em 1517. O alemão defende ser a fé o elemento fundamental para a salvação do indivíduo e condena a venda de indulgências pela Igreja e o relaxamento dos costumes do clero da época. O Protestantismo divide-se em Protestantismo histórico, criado a partir da Reforma, e Protestantismo pentecostal, surgido no começo do Século XX. Calcula-se que o Protestantismo tenha cerca de 500 milhões de adeptos em todo o mundo. O Brasil reúne o maior número de protestantes da América do Sul, cerca de 13 milhões de pessoas, segundo pesquisa realizada pelo instituto DataFolha em 1994.[4]

O Judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta da humanidade. Cronologicamente, é a primeira das três religiões originárias de Abraão (as outras são o Cristianismo e o Islamismo). Existem, atualmente, cerca de 13,5 milhões de judeus no mundo, dos quais 4 milhões em Israel. No Brasil, segundo o IBGE, havia cerca de 86 mil em 1991. A Federação Israelita do Estado de São Paulo estima que, hoje, esse número chegue a 110 mil.[5]

O Islamismo é uma religião monoteísta fundamentada nos ensinamentos de Maomé , contidos no livro islâmico, o “Alcorão” (do árabe al-qur'ãn, leitura)[6]. A palavra islã significa submeter-se e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Estima-se que reúna mais de 1 bilhão de fiéis (18% da população mundial), em especial, no norte da África, no Oriente Médio e na Ásia. Há duas facções do Islamismo – os sunitas e os xiitas. Calcula-se que 83% dos muçulmanos sejam sunitas. Para eles, a autoridade espiritual pertence à comunidade como um todo. Os xiitas (16% dos muçulmanos) são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. Seus descendentes teriam a chave para interpretar os ensinamentos do Islã. São líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé. A rivalidade com os sunitas é tragicamente exacerbada, sobretudo após a revolução iraniana liderada por Ruhollah Khomeini.[7]

Existem os princípios dos Hinduísmos, a rigor um conjunto de conceitos, doutrinas e práticas religiosas que surgem na Índia a partir de 2000 a.C. Estão embasados no Vedas[8]. Suas características principais são o politeísmo e a crença na reencarnação. Estima-se que, hoje, exista mais de um bilhão de adeptos no mundo .

O Budismo é um sistema ético, religioso e filosófico, fundado pelo príncipe hindu Sidarta Gautama (563 a.C.?-483 a.C.?), o Buda, por volta do Século VI a.C. Ensina como superar o sofrimento e atingir o nirvana[9] por meio de disciplina mental e de uma forma correta de vida. O Confucionismo é outro ramo religioso do mundo oriental, e, também, é uma filosofia, uma ideologia política. É um legado da tradição literária, baseado nas idéias do filósofo chinês, Confúcio (551 a.C.-479 a.C.). Permaneceu como doutrina oficial na China, durante quase 2 mil anos, do Século II até o início do Século XX. Atualmente, 25% da população chinesa afirmam viver segundo a ética confucionista. Fora da China, o Confucionismo possui cerca de 6,3 milhões de seguidores, principalmente no Japão, na Coréia do Sul e em Cingapura.[10] No Confucionismo, não existem sacerdotes ou igrejas. As cinco virtudes essenciais são: o amor ao próximo, a justiça, o cumprimento das regras adequadas de conduta, a autoconsciência da vontade do Céu e a sabedoria e sinceridade desinteressadas. Somente aquele que respeita o próximo é capaz de desempenhar seus deveres sociais.

Para o Almanaque Abril/98, o Espiritismo é doutrina religiosa baseada na crença da existência do espírito (alma), independente do corpo, e em seu retorno à Terra em sucessivas encarnações, até atingir a perfeição. Sua principal corrente é o Kardecismo, formulado em 1857, no “Livro dos Espíritos”, pelo professor francês, Allan Kardec (1804-1869), pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail. O Espiritismo afirma que as reencarnações permitem a evolução gradativa do espírito para se redimir de erros passados. Todas as faltas podem ser reparadas. Não há estatística mundial sobre o número de seguidores do Espiritismo. No Brasil, segundo o IBGE, cerca de 1,6 milhões de pessoas declaravam-se espíritas em 1991. De acordo com uma pesquisa realizada em 1994, pelo instituto DataFolha, esse número chega a 5,5 milhões.[11] Atualmente, mais de 30 milhões de brasileiros têm alguma simpatia pelos princípios kardecianos.

As religiões ensinam sobre a importância da beneficência . O Espiritismo afirma que “Fora da Caridade não há Salvação”. Os Benfeitores do além nos advertem que sem caridade toda fé religiosa se resume a uma adoração sem proveito; a esperança não passa de uma flor incapaz de frutescência e a própria filantropia se circunscreve a um jogo de palavras brilhantes, em torno do qual os nus e os famintos, os necessitados e enfermos costumam parecer pronunciando maldições.

O Espírito Néio Lúcio cita, no último capítulo do livro “JESUS NO LAR”, o seguinte trecho: "(...) após o último culto doméstico na casa de Simão Pedro, nas vésperas de embarcar para a cidade de Sidon, o Mestre abriu o livro de Isaías e comentou-o com sabedoria, após o que, proferindo a prece de encerramento, advertiu: - Pai, ajude os que não se envergonham de ostentar felicidade ao lado da miséria, do infortúnio e da dor.(...)Ergue aqueles que caíram sob o excesso do conforto material".[12] (destacamos).

“Num belo apólogo , conta Rabindranath Tagore que um lavrador, a caminho de casa, com a colheita do dia, notou que, em sentido contrário, vinha suntuosa carruagem, revestida de estrelas. Contemplando-a, fascinado, viu-a estacar, junto dele, e, semi-estarrecido, reconheceu a presença do Senhor do Mundo, que saiu dela e estendeu-lhe a mão a pedir-lhe esmolas...

O quê? - refletiu, espantado - o Senhor da Vida a rogar-me auxílio, a mim, que nunca passei de mísero escravo, na aspereza do solo? Conquanto excitado e mudo, mergulhou a mão no alforje de trigo que trazia e entregou ao Divino Pedinte apenas um grão da preciosa carga. O Senhor agradeceu e partiu. Quando, porém, o pobre homem do campo tornou a si do próprio assombro, observou que doce claridade vinha do alforje poeirento... O grânulo de trigo, do qual fizera sua dádiva, tornara à sacola, transformado em pepita de ouro luminescente... Deslumbrado, gritou:

-Louco que fui!... Por que não dei tudo o que tenho ao Soberano da Vida? [13]..

Na atualidade da Terra, quando o materialismo compromete edificações veneráveis da fé, no caminho dos homens, sabemos que o Cristo pede cooperação para a sementeira do Evangelho Redivivo que a Doutrina Espírita veicula. E, propondo este artigo humilde à um punhado de gravetos para o lume da Nova Revelação, e, reenfatizo, humildemente, ante a bondade do Cristo:

“-Ah! Senhor!... Compreendo a significação de teus apelos e a grandeza de tua munificência, mas perdoa ao pequenino servo que sou, se nada mais tenho de mim para te dar!” [14]

A lição é clara e expressiva o suficiente. Por isso, reflitamos sobre ela, para que não permaneçamos na sombra do comodismo, na forma de prática religiosa, só por conta da etiqueta social.



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

LEGÍTIMA VISÃO ESPÍRITA DE JESUS DE NAZARÉ



LEGÍTIMA VISÃO ESPÍRITA DE JESUS DE NAZARÉ

Em meio à crescente proliferação de idéias exóticas no seio do nosso movimento, sobremodo nos preocupam aquelas cujo resultado é a deturpação da legítima visão espírita de Jesus de Nazaré

Existem alguns confrades inquietos e invigilantes que desejam proscrever Jesus do Espiritismo. São pessoas dotadas de maiúscula insensatez que regurgitam suas santas ignorâncias e as torturantes cantilenas de que Jesus não é o único modelo de amor absoluto (?). Alegam que seria injusto que 2/3 da população da Terra que “nunca” ouviram falar do Messias, ficassem “órfãos” de suas lições. Segundo a revista alemã Der Spiegel o panorama estatístico de religiosos atuais do Orbe é o seguinte: Cristãos não católicos (17,0%), Cristãos católicos (16,9%), Muçulmanos (23,1%), Hindus (13,0%), Budistas (6,1%), Judeus (0,2%) e Outros (23,7%). Observa-se que 1/3 da humanidade procura seguir os ensinamentos de Jesus, e para a crença dos outros 2/3 que não “conhecem” o Cristo, apesar do mundo globalizado atual, existiram e existem outros seres luminares, porém todos foram, são e serão discípulos de Jesus.[1]

Em verdade Jesus, durante milênios, enviou seus emissários para instruir povos, raças e civilizações com conhecimentos e princípios da lei natural. Além disso, há dois mil anos, veio pessoalmente ratificar os conhecimentos já existentes, deixando a Boa Nova como patrimônio para toda Humanidade. Examinando o trajeto histórico das civilizações identificamos que em todos os tempos houve missionários, fundadores de Religião, filósofos, Espíritos Superiores que aqui encarnaram, trazendo novos conhecimentos sobre as Leis Divinas ou Naturais com a finalidade de fazer progredir os habitantes da Terra. Entretanto, por mais admiráveis que tenham sido suas missões, nenhum se iguala ao Adorável Nazareno. Até mesmo porque todos eles estiveram a serviço do Mestre Incomparável, o Guia e Governador Espiritual deste mundo de expiação e provas.

Kardec, na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo escolhe dentre as cinco partes o Ensino Moral, o único que não está afeito a controvérsias, podendo inclusive unir todas as crenças em torno da sua mensagem universalista.[2] Na Terra, onde se multiplicam as conquistas da inteligência (algumas resvalam e se enterram nas valas profundas das retóricas vazias) e fazem-se mais complexos os quadros do sentimento amarfanhado no materialismo, saibamos que Ele “no campo da Humanidade [foi o único] orientador completo, irrepreensível e inquestionável, que renunciou à companhia dos anjos para viver e conviver com os homens”.[3]

Nos tempos áureos do Evangelho o apóstolo Pedro, mediunizado, definiu a transcendência de Jesus, revelando que Ele era “o Cristo, o Filho de Deus vivo” .[4] No século XIX o Espírito de Verdade atesta ser Ele “o Condutor e Modelo do Homem”[5]. Para o célebre pedagogo e gênio de Lyon, o Cristo foi “Espírito superior da ordem mais elevada, Messias, Espírito Puro, Enviado de Deus e, finalmente, Médium de Deus.”[6] Não há dúvidas que Jesus foi o Doutrinador Divino [7] e por excelência o “Médico Divino”, segundo André Luiz.[8] Por sua vez, Emmanuel o denomina de “Diretor angélico do orbe e Síntese do amor divino”.[9]

Quando Allan Kardec questionou os Espíritos sobre quem teria sido o ser mais evoluído da Terra, recebeu uma resposta tão curta quanto profunda: “Jesus!”. Sua lição é não só a pedra angular do Consolador Prometido, da Doutrina dos Espíritos, mas a régua de medida, o referencial universal com que aferiremos o nosso proceder, o nosso avanço ou o nosso recuo no processo de espiritualização que nos propusermos: a visão real do que somos no íntimo de nossa consciência e quão perto ou distante estejamos do amado Mestre Jesus que nos exorta a amarmos uns aos outros como Ele nos amou.[10]

Amado por uns, odiado por outros, indiferente para muitos, Jesus deixou ensinamentos muito singelos mas profundos, ele aplicou a filosofia que difundia, desconcertando os inimigos gratuitos, granjeando apoios no povo e confundindo os restantes. Aos Espíritas sinceros cumpre não perder de vista essa realidade de suma importância - a total vinculação do Espiritismo com os ensinos de Jesus, o Cristianismo primitivo, pela base moral comum a ambos, sem desvios impostos pelo interesse dos homens.

Ele vela pela nau terrestre e Se compadece de cada um de nós, facultando-nos recomeço e paz. Cada palavra que o Mestre plasmou na atmosfera terrena dirige-se a todos nós, ontem , hoje e sempre independente de onde possamos estar ou do que fazemos. O Meigo Galileu transcende as dimensões da análise convencional e do grau de desenvolvimento científico, moral ou espiritual do maior dos nossos intelectuais, porquanto Ele já era o construtor de todo o nosso Sistema Solar, quando sequer a vida neste planeta se apresentara.

Crianças Índigo e Cristal




Crianças Índigo e Cristal


Visão Espírita sobre as Crianças Índigo e Cristal

Por Divaldo Pereira Franco


Espiritismo Responde - Um de seus mais recentes livros publicados tem por título “A Nova Geração: A visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”. Quem são as crianças índigo e cristal?

Divaldo – Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar.

Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração. Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração.

As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, aquela tonalidade índigo dos blue jeans (Dra. Nancy Ann Tape). O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje nas roupas em geral. Essas crianças índigo sempre apresentam um comportamento sui generis.

Desde cedo demonstram estar conscientes de que pertencem a uma geração especial. São crianças portadoras de alto nível de inteligência, e que, posteriormente, foram classificadas em quatro grupos: artistas, humanistas, conceituais e interdimensionais ou transdimensionais. As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira.

A partir dos anos 80, ei-las reencarnando-se em massa, o que tem exigido uma necessária mudança de padrões metodológicos na pedagogia, uma nova psicoterapia a fim de serem atendidas, desde que serão as continuadoras do desenvolvimento intelecto-moral da Humanidade.

ER – Essas crianças não poderiam ser confundidas com as portadoras de transtornos da personalidade, de comportamento, distúrbios da atenção? Como identificá-las com segurança?

Divaldo - Essa é uma grande dificuldade que os psicólogos têm experimentado, porque normalmente existem as crianças que são portadoras de transtornos da personalidade (DDA) e aquelas que, além dos transtornos da aprendizagem, são também hiperativas (DTAH), mas os estudiosos classificaram em 10 itens as características de uma criança índigo, assim como de uma criança cristal.

A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças... Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las.

Para tanto, os especialistas elegem como métodos educacionais algumas das propostas da doutora Maria Montessori, que criou, em Roma, no ano de 1907, a sua célebre Casa dei Bambini, assim como as notáveis contribuições pedagógicas do Dr. Rudolf Steiner. Steiner é o criador da antroposofia. Ele apresentou, em Stuttgart, na Alemanha, os seus métodos pedagógicos, a partir de 1919, que foram chamados Waldorf.

A partir daquela época, os métodos Waldorf começaram a ser aplicados em diversos países. Em que consistem? Amor à criança. A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem pieguismo, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual.

Então, essas crianças esperam encontrar uma visão diferenciada, porque, ao serem matriculadas em escolas convencionais, tornam-se quase insuportáveis. São tidas como DDA ou DTAH. São as crianças com déficit de atenção e hiperativas. Nesse caso, os médicos vêm recomendando, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a Ritalina, uma droga profundamente perturbadora. É chamada a droga da obediência.

A criança fica acessível, sim, mas ela perde a espontaneidade. O seu cérebro carregado da substância química, quando essa criança atinge a adolescência, certamente irá ter necessidade de outro tipo de droga, derrapando na drogadição. Daí é necessário muito cuidado.

Os pais, em casa (como normalmente os pais quase nunca estão em casa e suas crianças são cuidadas por pessoas remuneradas que lhes dão informações, nem sempre corretas) deverão observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as rebeldes, o que pode levar algumas a se tornar criminosos seriais.

Os estudos generalizados demonstram que algumas delas têm pendores artísticos especiais, enquanto outras são portadoras de grandes sentimentos humanistas, outras mais são emocionais e outras ainda são portadoras de natureza transcendental.

Aquelas transcendentais, provavelmente serão os grandes e nobres governantes da Humanidade no futuro. As artísticas vêm trazer uma visão diferenciada a respeito do Mundo, da arte, da beleza. Qualquer tipo de punição provoca-lhes ressentimento, amargura que podem levar à violência, à perversidade.

ER – Você se referiu às características mentais, emocionais dessas crianças. Elas têm alguma característica física própria? Você tem informação se o DNA delas é diferente?

Divaldo - Ainda não se tem, que eu saiba, uma especificação sobre ela, no que diz respeito ao DNA, mas acredita-se que, através de gerações sucessivas, haverá uma mudança profunda nos genes, a fim de poderem ampliar o neocórtex, oferecendo-lhe mais amplas e mais complexas faculdades.

Tratando-se de Espíritos de uma outra dimensão, é como se ficassem enjauladas na nossa aparelhagem cerebral, não encontrando correspondentes próprios para expressar-se. Através das gerações sucessivas, o perispírito irá modelar-lhes o cérebro, tornando-o ainda mais privilegiado.

Como o nosso cérebro de hoje é um edifício de três andares, desde a parte réptil, à mamífera e ao neocórtex que é a área superior, as emoções dessas crianças irão criar uma parte mais nobre, acredito, para propiciar-lhes a capacidade de comunicar-se psiquicamente, vivenciando a intuição.

Características físicas existem, sim, algumas. Os estudiosos especializados na área, dizem que as crianças cristal têm os olhos maiores, possuem a capacidade para observar o mundo com profundidade, dirigindo-se às pessoas com certa altivez e até com certo atrevimento...

Têm dificuldade em falar com rapidez, demorando-se para consegui-lo a partir dos 3 ou dos 4 anos. Entendemos a ocorrência, considerando-se que, vindo de uma dimensão em que a verbalização é diferente, primeiro têm que ouvir muito para criar o vocabulário e poderem comunicar-se conosco. Então, são essas observações iniciais que estão sendo debatidas pelos pedagogos.

ER – Com que objetivo estão reencarnando na Terra?

Divaldo - Allan Kardec, com a sabedoria que lhe era peculiar, no último capítulo do livro A Gênese, refere-se à nova geração que viria de uma outra dimensão. Da mesma forma que no tempo do Pithecanthropus erectus vieram os denominados Exilados de Capela ou de onde quer que seja, porque há muita resistência de alguns estudiosos a respeito dessa tese, a verdade é que vieram muitos Espíritos de uma outra dimensão.

Foram eles que produziram a grande transição, denominada por Darwin como o Elo Perdido, porque aqueles Espíritos que vieram de uma dimensão superior traziam o perispírito já formado e plasmaram, nas gerações imediatas, o nosso biótipo, o corpo, conforme o conhecemos.

Logo depois, cumprida a tarefa na Terra, retornaram aos seus lares, como diz a Bíblia, ao referir-se ao anjo que se rebelara contra Deus – Lúcifer. Na atualidade, esses lucíferes voltaram. Somente que, neste outro grande momento, estão vindo de Alcione, uma estrela de 3ª. grandeza do grupo das plêiades, constituídas por sete estrelas, conhecidas pelos gregos, pelos chineses antigos e que fazem parte da Constelação de Touro.

Esses Espíritos vêm agora em uma missão muito diferente dos capelinos. É claro que nem todos serão bons. Todos os índigos apresentarão altos níveis intelectuais, mas os cristais serão, ao mesmo tempo, intelectualizados e moralmente elevados.

ER – Já que eles estão chegando há cerca de 20, 30 anos, nós temos aí uma juventude que já está fazendo diferença no Mundo?

Divaldo – Acredito que sim. Podemos observar, por exemplo, e a imprensa está mostrando, nesse momento, gênios precoces, como o jovem americano Jay Greenberg considerado como o novo Mozart. Ele começou a compor aos quatro anos de idade. Aos seis anos, compôs a sua sinfonia. Já compôs cinco. Recentemente, foi acompanhar a gravação de uma das suas sinfonias pela Orquestra Sinfônica de Londres para observar se não adulteravam qualquer coisa.

O que é fascinante neste jovem, é que ele não compõe apenas a partitura central, mas todos os instrumentos, e quando lhe perguntam como é possível, ele responde: “Eu não faço nenhum esforço, está tudo na minha mente”.

Durante as aulas de matemática, ele compõe música. A matemática não lhe interessa e nem uma outra doutrina qualquer. É mais curioso ainda, quando afirma que o seu cérebro possui três canais de músicas diferentes. Ele ouve simultaneamente todas, sem nenhuma perturbação. Concluo que não é da nossa geração, mas que veio de outra dimensão.

Não somente ele, mas muitos outros, que têm chamado a atenção dos estudiosos. No México, um menino de seis anos dá aulas a professores de Medicina e assim por diante... Fora aqueles que estão perdidos no anonimato.

ER – O que você diria aos pais que se encontram diante de filhos que apresentam essas características?

Divaldo - Os técnicos dizem que é uma grande honra tê-los e um grande desafio, porque são crianças difíceis no tratamento diário. São afetuosas, mas tecnicamente rebeldes. Serão conquistadas pela ternura. São crianças um pouco destrutivas, mas não por perversidade, e sim por curiosidade.

Como vêm de uma dimensão onde os objetos não são familiares, quando vêem alguma coisa diferente, algum objeto, arrebentam-no para poder olhar-lhes a estrutura. São crianças que devemos educar apelando para a lógica, o bom tom. A criança deve ser orientada, esclarecida, repetidas vezes.

Voltarmos aos dias da educação doméstica, quando nossas mães nos colocavam no colo, falavam conosco, ensinavam-nos a orar, orientavam-nos nas boas maneiras, nas técnicas de uma vida saudável, nos falavam de ternura e nos tornavam o coração muito doce, são os métodos para tratar as modernas crianças, todas elas, índigo, cristal ou não.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ESTRUGIDOS DA NATUREZA



ESTRUGIDOS DA NATUREZA

O famoso físico Stephen Hawking, em seu mais novo livro intitulado “O Universo numa Casca de Noz”, expõe de forma instigante que: “Uma borboleta batendo as asas em Tóquio pode causar chuva no Central Park de Nova Iorque”.([i]) Como ele mesmo explica, “não é o bater das asas, pura e simplesmente, que gerará a chuva, mas a influência deste pequeno movimento sobre outros eventos em outros lugares é que pode levar, por fim, a influenciar o clima.”([ii])

Chama-nos atenção a seqüência de catástrofes naturais que têm ocorrido nos últimos tempos. “Estimativas não-oficiais apontam para o desencarne em massa de mais de 30 mil pessoas, sendo que mais de 100 mil pessoas perderam suas casas, importando num dos maiores cataclismos que atingiram o Irã, similar ao ocorrido em setembro de 1978.”([iii]) Seja com o tsunami na Indonésia, que arrasou tantas cidades e provocou tanta destruição. São os “furacões que se reúnem num conselho de deuses feito de ventos e raios no golfo do México e se conjugam no Katrina, que sai cheio de ira e de energia, invade países e termina destruindo Nova Orleans [seria influência das “borboletas” humanas destroçadas no Iraque?] ou ainda o Rita, com a mesma fúria, e, agora, o terremoto da Caxemira, no Paquistão, região de confronto com a Índia, onde forças estão em permanente vigília para guerrear e, de repente, unidas pela desgraça, deixam as armas, ocupam as ambulâncias e se unem pela solidariedade”. ([iv])

Devido a esses estrugidos da natureza, surgem em várias partes do mundo grupos de pessoas fanáticas que criam seitas e cultos estranhos, abandonam emprego, família, à espera do ‘juízo final”. “Só na França, conforme a Revista ISTOÉ, de 4 de agosto de 1999, há cerca de 200 delas, com 300 mil adeptos. No Japão, vários “gurus” prevêem o “final do mundo”. Nos Estados Unidos, 55 milhões de americanos acham que falta pouco para o mundo acabar. Para esses, os furacões que têm destruído a região central do país são anjos enviados para punir os homens, anunciando o “grande final”.([v])

Não é nada confortador o surgimento de pessoas com essas estranhas crenças que se multiplicam mundo afora, obscurecidas na razão pela expectativa de uma “nova era”. Até mesmo nas hostes espíritas, têm surgido alguns livros com idéias que induzem a muitos incautos ao pânico ou à hipnose catastrofista do quanto pior melhor...!

Nos dias atuais, ante a Lei de Causa e Efeito não precisamos possuir o talento de premonição para vaticinarmos sobre o panorama terrestre para muito breve. Os terremotos, os furações, as inundações, as erupções vulcânicas e outras catástrofes naturais são uma parte inevitável do pulsar da natureza. Isto não quer dizer que não possamos fazer alguma coisa para nos tornarmos menos vulneráveis. “Aprender com as catástrofes de hoje para fazer frente às ameaças futuras”.([vi]) – recorda-nos Kofi Annan, secretário Geral da ONU, ressaltando que cabe a todos nós retirar lições de cada tragédia. Em muitas situações o nexo causal entre a catástrofe e a ação humana acha-se presente. Os homens alteram a composição geológica, com escavações, desmatamentos, aterros e outros mais, e sua imprevidência acaba gerando as ocorrências das mencionadas catástrofes “naturais”.

E nessa conjuntura de medo se pressagia alguma situação sobre um próximo cenário terreno em total marasmo. Sabe-se nas universidades européias que poluição de veículos automotores no Velho Continente mata mais do que acidentes de trânsito. Percebe-se o vigor da expansão do consumo das drogas, a banalização do comportamento sexual veiculado por revistas, jornais, televisão, cinema, teatro, videocassete, tv a cabo, computador etc...Há hipóteses de que o islamismo (patrocinado pelo dinheiro do petróleo) se confrontará com as nações cristãs, vindas assumir aos poucos o lugar que fora do comunismo de outrora nas suas bases ideológicas.

Discute-se a legalização das drogas, cita-se o desemprego estrutural (resultante do fenômeno globalizante) comenta-se a ruptura da ordem etc...Especula-se sobre a sombria previsão da drástica redução do manancial de água potável para daqui a quatro décadas. Acerca disso alguns estudiosos prevêem conflitos mundiais tendo como elo de causa a corrida pelo controle do líquido vital. “Nós nos acostumamos sempre a ouvir que o Brasil não tem terremotos nem tufões. Mas não esqueçamos a seca, tão cruel quanto aqueles e que, agora, na terra das águas, chega ao Amazonas. Os rios estão secando ali, onde existe 12% da água doce da Terra”. ([vii])

Sabemos com o Gênio de Lyon que os grandes fenômenos da Natureza, aqueles que são considerados como uma perturbação dos elementos, não são de causas imprevistas, pois “tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus. ([viii]) E os cataclismos “algumas vezes têm uma razão de ser direta para o homem. Entretanto, na maioria dos casos, têm por objetivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das forças físicas da natureza.”([ix])

Enquanto as penosas transições do século XX se anunciam ao tilintar sinistro das moedas ecoando nas bolsas de valores, as forças espirituais reúnem-se para a grande reconstrução do porvir. Aproxima-se o momento em que se efetuará a aferição de todos os valores morais terrestre para o ressurgimento das energias criadoras de um mundo novo. Nessa jornada a lição de Jesus não passou e não passará jamais. Na luta dolorosa das civilizações Ele é a luz do princípio e nas Suas mãos repousam os destinos da Terra.

Nesse mundo só tereis aflições, mas tende bom ânimo, [disse o Mestre] Eu venci o mundo".([x]) Nesse aviso constatamos que realmente assim é a vida nesse mundo, em que para uma hora de alegria ou felicidade temos dias e dias de tristeza e dor. Assim mesmo continuamos vivendo dia após dia, confiante de que somos espírito eterno, criado para a excelsitude espiritual.

Os pessimistas insistem sempre em considerar que a maneira negativa e sombria de perceber as coisas do mundo é uma maneira realista de viver. Na verdade, se olharmos a vida com muita emoção (distantes do raciocínio) vamos encontrar motivos que nos abatem os ânimos em qualquer lugar e em qualquer situação; crianças carentes, fome universal, guerras, violência urbana, seqüestros, carestia, insegurança social, corrupção, acidentes catastróficos e por aí à fora. Entretanto, é um dever para com nosso bem-estar estarmos adaptados à vida, com tudo que ela tem de bom e de ruim, sem necessariamente contemporizarmos com tudo. Estar preocupado significa estarmos sempre procurando melhorar as condições atuais, fazer alguma coisa para mudar a situação para melhor. Essa preocupação é uma atitude sadia e desejável.

Lembremos que ainda há tempo para a prática dos códigos evangélicos, condição única que determinará a grande transformação Global do futuro. Será o final do mundo velho, deste mundo regido pelo preconceito, pelo orgulho, pelo egoísmo, pela incredulidade.Há uma lição a tirar de tudo isso. É que todos nós estamos condenados a viver juntos, a abandonar os tempos de guerra e a buscar, na unidade, nos prepararmos para sobreviver no planeta que abriga nossas vidas”.([xi])

A Terra não terá de transformar-se por meio de uma hecatombe que destrua de vez uma geração inteira. Até porque os preceitos espíritas indicam que a atual geração desaparecerá gradativamente e uma nova lhe sucederá naturalmente, ou seja, uma parte dos espíritos que encarnavam na Terra não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um espírito inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um espírito mais adiantado e propenso ao bem. Por mais difícil que seja o inevitável processo da seleção final dos valores éticos da sociedade, não podemos esquecer que Jesus é o Caminho que nos induz aos iluminados conceitos da Verdade, onde recebemos as gloriosas sementes da sabedoria, que dominarão os séculos vindouros, preparando nossa vida social para as culminâncias do amor universal no respeito pleno da vida do Planeta.

[i] Hawking, Stephen. OUniverso Numa Casca de Noz, São Paulo: Ed.Mandarim, 2a Edição, (2002).

[ii] Idem

[iii] Marcelo Henrique Catástrofes e Desencarnes em Massa A visão espírita disponível em>acessado em 15/10/2005

[iv] Sarney José. A reação da natureza Artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo em 14.10.05

[v] Revista ISTOÉ de 4 de agosto de 1999

[vi] Mensagem do secretário-geral, Kofi Annan, por ocasião do Dia Internacional para a redução das catástrofes naturais (13 de outubro de 2004) disponível em <http://www.runic-europe.org/portuguese/calendar/disasterday2004sg.html>acessado em 12/10/2005

[vii] Cf. _. A reação da natureza Artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo em 14.10.05 (Sarney)

[viii] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2004 perg 536

[ix] Idem perg 563-a

[x] (João 16:33)

[xi] Cf. _. A reação da natureza Artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo em 14.10.05 (Sarney)

PARADIGMAS E PRECONCEITOS


PARADIGMAS E PRECONCEITOS

Posturas resistentes só embaçam o progresso

Uma frase atribuída a Albert Einstein agiganta um dos maiores desafios da evolução humana: o preconceito. A frase é: "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". O preconceito, segundo o dicionário (1), é conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados; opinião desfavorável, concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. A própria definição já indica o equívoco de sua existência e danosas conseqüências.

O preconceito é responsável pela manutenção de paradigmas que têm atravancado o progresso humano. A palavra paradigma não tem uma conceituação que indique dificuldades ou males, mas como ela significa (1) modelo, padrão, protótipo, está sujeita, em ações concretas e nos relacionamentos humanos, à ação do nefasto preconceito e suas manifestações.

Estas reflexões surgiram em virtude da leitura de pequeno texto, que abaixo reproduzimos, de autoria desconhecida:

COMO NASCE UM PARADIGMA

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro colocaram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.

Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os
outros enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.

A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais
subia a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro
substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.

Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Você não deve perder a oportunidade de passar esta história para seus amigos, para que, vez por outra, questionem-se por que estão batendo...

Neste ponto podemos notar como a frase atribuída a Albert Einstein ganha força. Quantas e quantas situações, da vida real, não estão enquadradas nesses preconceitos impostos, dificultando, pois, a mudança de paradigmas impregnados de vícios e resistências que atravancam o progresso.

Lucidez de Kardec

E melhor ainda é defrontar-se com a lucidez de Allan Kardec em texto publicado na Revista Espírita, de julho de 1862 (2), quando, em matéria que intitulou O Ponto de Vista, a abordagem abre caminho sobre a questão do foco de visão em que se coloca qualquer observador, sofrendo aí, neste caso, as influências de si mesmo e das circunstâncias em que se coloca. Aspectos, importância, detalhes, gravidade, foco, opções ou decisões mudam completamente de direção se alterado o ponto de vista em que se situam possíveis contendores ou diante de desafios individuais.

Apresentando o novo ponto de vista que o Espiritismo apresenta para a vida e sua finalidade, Kardec apresenta essa preciosidade:

(...) mostra-nos a vida da alma, o ser essencial, porque é o ser pensante (...) Entretanto o homem, colocando no centro da vida, com esta se preocupa como se fosse durar sempre. Para ele tudo assume proporções colossais: a menor pedra que o fere afigura-se-lhe um rochedo; uma decepção o desespera; um revés o abate; uma palavra o enfurece. (...) Triunfar é o fim de seus esforços, o objetivo de todas as suas combinações; mas, quanto à maioria delas, que é o triunfo? Será, se não possuem os meios de vida, criar por meios honestos uma existência tranqüila? Será a nobre emulação de adquirir talento e desenvolver a inteligência? Será o desejo de deixar, depois de si, um nome justamente honrado e realizar trabalhos úteis para a humanidade? Não, triunfar é suplantar o vizinho, eclipsá-lo, afastá-lo, mesmo derrubá-lo, para lhe tomar o lugar. (...)

E, referindo-se ao desejo de mudança de paradigmas pessoais e coletivos, à luz do pensamento espírita, pondera Kardec:

(...) Como tudo isto muda de aspecto quando, pelo pensamento, sai o homem do vale estreito da vida terrena e se eleva na radiosa, esplêndida e incomensurável vida de além-túmulo! Como então tem piedade dos tormentos que se criou à vontade! Como então lhe parecem mesquinhas e pueris as ambições, a inveja, as suscetibilidades, as vãs satisfações do orgulho! É como se na idade madura considerasse os brincos infantis; (...)

E, convenhamos, essas últimas linhas bem indicam as manifestações e os prejuízos de tolos preconceitos, originários de paradigmas que se estabelecem pela força, pelo orgulho. Infelizmente. Nada mais a acrescentar, apesar da exuberância do texto integral de Kardec. Aliás, diga-se de passagem, todo ele, convidativo à mudança de posturas, de abertura a novos pontos de vista, para paradigmas que estimulem o progresso e a disseminação de idéias que tragam o bem geral

O AMOR, INQUESTIONÁVEL LEI NATURAL


O AMOR, INQUESTIONÁVEL LEI NATURAL

Estamos nessa roda da vida subordinados as Leis Naturais, Leis imutáveis e eternas, instituídas pelo criador para que no universo reine a harmonia.

Porém, a intransigência de algumas épocas tentou impedir que a humanidade se beneficiasse desses conhecimentos. Muitos missionários, foram execrados publicamente por ousarem a comprovar a existência dessas leis que administram nosso Planeta.

Galileu Galilei, nasceu em Pisa na Itália, no ano de 1564, foi astrônomo, físico e matemático de grande talento.

Seu pai, o compositor toscano Vicenzo Galilei, queria que ele fosse médico, porém, Galilei não tinha aptidão para a medicina, preferia fazer experiências científicas que não fossem ligadas aos ensinos de Hipócrates.

Foi assim que em 1609, em Veneza, construiu a primeira luneta astronômica, com isso, vislumbrou o universo e sua imensidão, os satélites de Júpiter, as fases de Vênus, as manchas do Sol...

Galileu, insaciável pelas descobertas, ia descortinando novos conceitos.

Comprovou a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico de que a Terra gira em torno do Sol. Ora, não é a Terra o centro do universo, é ela apenas mais um planeta que gira em torno do Sol, planeta pequenino, sujeito as Leis Naturais como todos os outros.

Sim, Galileu comprovou, a Terra definitivamente não era o centro do universo!

Por conta de sua ousadia, em 1611 foi chamado ao tribunal da inquisição para defender-se da acusação de heresia. Em 1616, foi condenado e convidado a assinar um documento no qual declarava que a teoria heliocêntrica era improvável. Os movimentos dos astros já estavam escritos nos Salmos, Galileu teria que deixar esse assunto para a igreja.

Porém, em 1623, a entrada do Papa Urbano VIII, mais progressivo de que seu antecessor, fez com que Galileu se encoraja-se para seguir adiante com suas pesquisas.

Foi ai que publicou a Sagiattore (experimentador), onde combatia a física aristotélica e estabelecia a matemática como ciências exatas. Foi pródigo em suas realizações, inventou o compasso geométrico e militar, a balança hidrostática, a luneta astronômica, além de descobrir que a massa não influi na velocidade da queda dos corpos.

A vida desse missionário nos leva a refletir:

Leis dos Homens e Leis Naturais...

A Lei dos Homens são regras feitas para que se estabeleça a organização da vida em sociedade.

Essas leis são mutáveis e transitórias, algumas se findam quando não há mais necessidade delas, outras se criam para o resguardo de direitos, fato é que se transformam de conformidade com os apelos da sociedade, quanto mais avança o ser humano, mais essas leis se aproximam da justiça e selam a igualdade entre as pessoas.

Por exemplo, o amigo leitor certamente conhece o CDC (Código de Defesa do Consumidor).

Lei nº 8078, criada em 11 de Setembro de 1990, visa estabelecer proteção e defesa ao consumidor, resguardando seus direitos. A partir de então, as empresas tiveram que se adequar a essas normas se não quisessem sofrer as sanções da Lei ou mesmo da sociedade, que trata de discriminar a empresa que não trata com respeito seu consumidor.

O novo código civil que entrou em vigor no dia 11 de janeiro de 2003, revogou a lei de que a virgindade da mulher era atributo essencial para o casamento, ou seja, o marido poderia devolver a esposa se constatasse que ela havia mantido relação sexual com outro homem antes do matrimonio.

Lamentável preconceito, fico a imaginar a cena:

- Sr. Paulo, vim devolver sua filha, ela está estragada, não é mais virgem!

O ser humano evolui, e as idéias vem também nesse embalo progressivo, logo, as leis são transformadas atendendo aos novos apelos da sociedade.

Contudo, há as Leis Naturais e para as estudarmos, recorremos à “O Livro dos Espíritos”

Em O Livro dos Espíritos, Leis Naturais - questão de nº 616, Kardec questiona os mentores que o assistem:

P - 616 Deus ordenou aos homens, numa época, o que lhes proibiu em outra?

R – Deus não pode se enganar; são os homens que são obrigados a mudar suas leis, porque são imperfeitos; mas as leis de Deus são perfeitas. A harmonia que rege o universo material e o universo moral é fundada sobre as leis que Deus estabeleceu para toda a eternidade.

As Leis Naturais foram instituídas pelo Criador para que reine o equilíbrio no universo.

Muitos missionários, ministros de Deus, vem a nosso planeta para descortinar essas Leis Naturais e acelerar nosso progresso, porém, não raro, são incompreendidos. Suas idéias revolucionárias que revelam verdades ocultas na natureza, raramente são bem entendidas de inicio, é preciso tempo para podermos digerir essas verdades que estão além de nosso alcance e requerem maturidade espiritual para serem aceitas, contudo, são verdades e cedo ou tarde frutificam.

Foi o que aconteceu com Galilei, mesmo provando a teoria heliocêntrica de que os planetas giram em torno do Sol, foi convidado a negá-la.

Negou, mas não deixou de ter certeza da existência dessa Lei, porquanto, trazia consigo o imorredouro conhecimento, filho de suas experiências anteriores.

Galileu não foi o único a pagar pelo conhecimento, inúmeros passaram por delicados momentos por se atreverem a descortinar verdades.

Sócrates, o famoso sábio grego, foi convidado a beber cicuta pelo motivo de fazer as pessoas pensarem.

Giordano Bruno, foi condenado a fogueira da inquisição por pregar que o universo é infinito, povoado por sistemas solares e habitado por vida inteligente fora da Terra.

Jesus, o ícone da sabedoria, também padeceu nas mãos da ignorância, o doce Rabi, desceu das culminâncias da espiritualidade para trazer uma Lei Natural e inquestionável, a Lei do Amor que rege a tudo e a todos.

Porém, incompreendido pela belicosidade de outrora, que por vezes permanece nos dias de hoje, foi julgado e crucificado pelo crime de Amar.

Ficaram suas lições, Jesus, deixou a semente do amor plantada em nosso planeta, tão logo formos amadurecendo, iremos compreender com propriedade todos os ensinamentos pródigos em sabedoria que nos legou o sublime amigo, é questão de tempo, porque o amor, inquestionável Lei Natural, será aceito, como o foi a teoria heliocêntrica de Copérnico e Galilei.

Quem viver verá!