quarta-feira, 6 de março de 2013
PARA VIVER FELIZ
As palavras SIM e NÃO têm profunda
significação no que diz respeito à nossa
felicidade, porque
a utilização de uma delas pode significar
uma diretriz, uma tomada
de posição, uma atitude
certa ou
errada. Por isso
a importância delas em
nossas vidas.
Muitas vezes
somos infelizes, criamos embaraços mil em nossa vida relacional, principalmente,
quando dizemos SIM
e deveríamos dizer NÃO,
o mesmo acontecendo quando
dizemos NÃO na hora
de dizer SIM.
Um Sim
ou um
Não poderá conduzir
a pessoa para caminhos opostos: alegria
ou tristeza,
o bem e o mal,
a felicidade ou
o sofrimento.
Quando a mente
estiver a ponto de tomar
uma atitude, ainda
mais para decidir algo importante, sério
em nossas vidas,
observemos como estão as nossas emoções antes
de dizer SIM ou NÃO.
Equilibradas? Ótimo, digamos SIM
ou NÃO.
Desequilibradas? Aguardemos o dia seguinte ou outra hora.
SIM devemos sempre
dizer para ações de bondade,
de tolerância, de controle
dos desejos, de trabalho
no bem e para tudo quanto
seja um estimulo para
que andemos em
paz com
a consciência.
Digamos
NÃO quando
baterem à nossa porta
os ressentimentos, a preguiça, as preocupações sem
motivo, o pessimismo,
a maledicência, a discórdia,
a violência de qualquer
ordem e a tudo
quanto se mostrar
contrário às lições
do Incomparável Mestre.
Da escolha acertada no emprego
do SIM e do NÃO
resultará a nossa paz
espiritual e a certeza
de que não
ferimos a lei de Deus.
Foi o uso incorreto
dessas duas expressões que infelicitaram o homem
em toda
a sua existência
terrena.
Estamos, invariavelmente, diante de uma bifurcação
decisória: faço ou deixo de fazer? Caso ou não com ele ou com ela? Ela é a mulher ou ele é o homem
de minha vida?
Quantas encruzilhadas vão surgindo em
nossa trajetória
exigindo a tomada de uma decisão? Respondo com
um desaforo
ou silencio? Analisemos: na maioria
das vezes não
dizemos Sim à acomodação, ao ócio, à mágoa,
ao ciúme, às fofocas,
à maldade, aos vícios,
às irritabilidades e encontramos o sofrimento? E em
outras vezes não
dizemos NÃO ao perdão,
à compaixão, à caridade,
ao trabalho, ao compromisso
e colhemos as conseqüências infelizes de nossa
opção? Acertar
no emprego correto
desses dois vocábulos
resultará na nossa paz
espiritual e na conquista
da alegria de viver.
Os Espíritos Superiores
são felizes
por que
acertam na escolha do SIM e do NÃO.
Sejamos,
portanto, firmes
em nossas posições,
para que o futuro nos alcance, espalhando as sementes
que nasceram de nossos
acertos na hora
de usar o SIM
e o NÃO.
Somos
Espíritos, os seres
inteligentes da Criação,
e esta condição impostergável
nos impulsiona ao uso
do discernimento em
todos os instantes
em que
temos de tomar uma postura.
É nesses momentos que
nos chega
a necessidade de sabermos dizer
SIM ou
NÃO.
Estamos
reencarnados aprendendo as lições da vida e todo aprendizado requer discernimento.
Paulo deixou a máxima: “Tudo me
é lícito, mas
nem tudo
me convém”, ou
seja, sugere que nos
indaguemos sobre o que
poderá advir caso
digamos SIM ou
NÃO a um
estímulo qualquer
da vida. Isso
nos é prazeroso?
É. Mas convém à nossa
vida eterna?
NÃO. Então,
não façamos. Isto
não é o melhor
para o homem,
ou a mulher,
mas serve à nossa
condição de Espírito
imortal? Então
façamos.
A
Procura e o
Conhecimento
O facto é apresentado pela grande Imprensa como novidade de ordem sociológica. Mas a verdade é que desde sempre o «homo sapiens» se preocupou em aprofundar as questões da sua origem, do seu papel no mundo. A sensibilidade mediúnica integra a natureza humana. Mas é inegável que uma boa integração no âmbito da cultura espírita lhe favorece muito os resultados.
A ilação era originária do jornal francês «Le Monde» (17 de Fevereiro). Reportava-se a um inquérito presente no decurso de um colóquio intitulado «O Pensamento Científico, os Cidadãos e as Paraciências». A partir de um grupo de 1500 pessoas, constituído por adultos. O questionário fora elaborado por Daniel Boy e Guy Michelat, sociólogos do Centro de Estudos sobre a Vida Política Francesa (CNRS).
A
sondagem destacava: 55% dos franceses crêem na
transmissão
do pensamento (telepatia); 35% acreditam na possibilidade de prever
pelos sonhos; 55% apontam as curas por imposição
das
mãos como sendo relativas aos passes magnéticos
do
curador; 46% vão pelos signos
astrológicos.
Os
jovens rondam idades entre os 18 e os 35 anos. E os aficcionados das
«ciências marginais» situam-se, muitas
vezes, na
«geração
ecológica» (os Verdes).
Inevitável salientar que 54% dos inquiridos se interessam
pela
ciência e declararam que, sem dúvida, no futuro
dar-se-á a consagração das
«ciências
marginais», que trarão dados
importantes.
Na
página referida ainda se colocavam questões
destas:
«Como conciliar dois sistemas de pensamento tão
diversos?
Estamos ou não entre dois mundos que se
auto-excluem?».
A
Inquisição, se bem que já moribunda,
ainda se
fazia sentir, no peso da sua treva, mais ou menos manifestada. Desde o
século XIX que existiram movimentos de intelectuais, de
cientistas que se confrontaram a epistemologia dominante. Entre eles,
destaca-se Allan Kardec, o eminente pedagogo, homem profundamente
actualizado e na vanguarda também dos conhecimentos
científicos do seu tempo. Só assim se compreende
a
coerência do seu valoroso trabalho de
codificação
do espiritismo, em meados do século passado, porque os
espíritos por si só não faziam tudo o
que foi
conseguido, essa doutrina que ainda hoje como seria de
esperar se mantém adiante do momento evolutivo da
Humanidade. E mesmo dos próprios espíritas, na
opinião de respeitável autor: Herculano
Pires.
Verificando-se, com o espiritismo, a naturalidade dos fenómenos mediúnicos, passam a ser explicados à luz da razão e do bom senso. Mas isso era simples demais para um certo escol.
Verificando-se, com o espiritismo, a naturalidade dos fenómenos mediúnicos, passam a ser explicados à luz da razão e do bom senso. Mas isso era simples demais para um certo escol.
E, no
final desse mesmo século, um prémio Nobel da
fisiologia,
o francês Charles Richet, assessorado por outros cientistas,
funda a metapsíquica. Aqui pouco mais se fez do que mudar a
nomenclatura dos fenómenos medianímicos,
constatá-los em experiências de controlo
científico
rigoroso, sugerindo hipóteses explicativas que, na verdade,
nada
avançaram em relação às
pesquisas
espíritas.
Mas
houve uma nova e imensa onda de verificação, de
confirmação da existência do grande
leque de
fenómenos segredados, ocultados (e não ocultos),
mas
inquestionavelmente quotidianos. Por exemplo, de efeitos
físicos
(ectoplasmias, materializações parciais e totais,
apport,
poltergheist, etc.), de efeitos intelectuais (xenoglossia,
transmissão do pensamento,
premonições,
etc.).
Integrados
nesta vaga, de memória ligeira lembramo-nos, esquecendo
imensos,
de alguns: na Inglaterra, Conan Doyle (o criador de Sherlock Holmes),
William Crookes (eminente físico). Na Itália, por
exemplo, César Lombroso, Gustav Geley, Ernesto Bozzano,
Alexandre Aksakof, russo (na imagem). Na Alemanha, Friedrich
Zolner.
E o mais curioso é que quase todos se meteram a investigar os fenómenos mediúnicos no intuito de provar que eles eram uma fraude. Porém, ao reconhecerem-nos, tiveram a coragem de declarar publicamente a sua autenticidade. Homens de brilhante carreira na docência universitária, e não só, perderam aparentemente (consideração académica excepto a imensa que já tinham), a partir daí, graças às perseguições das forças dominantes. Mas revelaram-se gigantes, continuando a pesquisá-los até ao fim da sua existência terrena. Com o mesmo cuidado de rigor científico. Homens que estiveram muito à frente do seu tempo, e por isso foram postos à margem. A verdade é que, ainda hoje, vários dos seus livros continuam a ser editados em várias línguas, como é o caso de Bozzano.
E o mais curioso é que quase todos se meteram a investigar os fenómenos mediúnicos no intuito de provar que eles eram uma fraude. Porém, ao reconhecerem-nos, tiveram a coragem de declarar publicamente a sua autenticidade. Homens de brilhante carreira na docência universitária, e não só, perderam aparentemente (consideração académica excepto a imensa que já tinham), a partir daí, graças às perseguições das forças dominantes. Mas revelaram-se gigantes, continuando a pesquisá-los até ao fim da sua existência terrena. Com o mesmo cuidado de rigor científico. Homens que estiveram muito à frente do seu tempo, e por isso foram postos à margem. A verdade é que, ainda hoje, vários dos seus livros continuam a ser editados em várias línguas, como é o caso de Bozzano.
Nos
idos da década de 50, no nosso século, surge nos
EUA
Joseph Banks Rhine com a Parapsicologia. Aquilo a que Kardec chamara
simplesmente transmissão do pensamento. Foi provada a sua
existência, por novos métodos experimentais, como
telepatia.
E os
fenómenos de dupla vista estudados pelo codificador do
Espiritismo passaram a ser aceites como
clarividência.
Entretanto
entrou num impasse. Cedeu lugar à psicobiofísica,
à psicotrónica e a outras
disciplinas.
Repetir o que já foi feito, pela terceira vez, sem acrescentar novidade que se preze, dá cansaço.
Ou não?
Repetir o que já foi feito, pela terceira vez, sem acrescentar novidade que se preze, dá cansaço.
Ou não?
Primeiro,
há que falar com clareza.
Os cientistas não são a ciência. Os primeiros são homens, incluídos uns e outros enclausurados, num tempo histórico específico. Os homens, mesmo os mais cépticos, têm as suas crenças nos seus sistemas, uns nas suas verdades em progressão, outros nas suas verdadinhas. Eles passam, mas a ciência fica e evolui, numa busca incessante da verdade o mais depurada possível.
Os cientistas não são a ciência. Os primeiros são homens, incluídos uns e outros enclausurados, num tempo histórico específico. Os homens, mesmo os mais cépticos, têm as suas crenças nos seus sistemas, uns nas suas verdades em progressão, outros nas suas verdadinhas. Eles passam, mas a ciência fica e evolui, numa busca incessante da verdade o mais depurada possível.
O
grande dilema surge quando os cientistas-homens se julgam a
própria ciência, e aí lançam
sentenças, como sacerdotes alucinados em pleno gozo de uma
pré-concepção superior da verdade -
mesmo sem
saberem do que estão a falar. Fazem-lhes perguntas e eles -
não fica bem dizer que não sabem, se calhar -
têm
de responder, pensando que é isso o que o sistema lhes
exige.
É
esta a política, com frequência, nos debates da
televisão. Não se busca saber, aglomerar dados
para
investigar, busca-se ficar por cima, dar espectáculo. O
comodismo do sistema onde dominam a hierarquia, julgando que isso
durará sempre. E que o progresso lhes pedirá
licença para prosseguir...
O
óbice manifesto surge quando os métodos
científicos tradicionais caem num impasse perante tipologias
fenoménicas que deveriam ser mais
estudadas.
Os
fenómenos de ordem mediúnica, falemos claramente,
não acontecem sempre que se quer que eles ocorram.
Já foi
dito que são como um telefone que só toca de
cá
para lá. Não sucedem a esmo, pois carecem de
condições - como quaisquer outros -, por parte do
médium e por parte do espírito comunicante,
há
problemas de filtragem mediúnica também. Para os
espíritos desencarnados, os cientistas são apenas
pessoas, limitadas como quaisquer outras, e têm mais que
fazer do
que perder tempo com quem porventura não demonstrar
capacidades
para realizar um bom trabalho de pesquisa.
Contudo,
isso não obsta a que tenham tido paciência de
Jó,
dando provas da sua existência e
intervenção
insuspeita em várias épocas da
história da
Humanidade. Desde a Antiguidade aos nossos dias.
Na
óptica espírita, o sobrenatural não
existe. Essa
tem sido apenas uma palavra inventada por quem não consegue
compreender a ocorrência racional de certos
fenómenos e,
por isso, apela - em pleno uso da sua imaginação
- para
algo onde pode meter tudo o que lhe convenha: o pobre do
sobrenatural.
Já
no capítulo da Lógica, em filosofia, a minha
professora
ensinava indelevelmente, falando de Leibnitz e outros que tais, que,
segundo o princípio da razão suficiente, todo o
fenómeno com que deparemos é passível
de ser
explicado pela razão, possuindo um mecanismo seu produtor
susceptível de ser percebido, após
investigação.
Outra
coisa não fez e disse Allan Kardec, muito antes. Elaborou
pesquisa, comparou, submeteu as comunicações
mediúnicas ao controlo universal das
manifestações
dos espíritos, aplicou a razão e o bom senso. E
aí
está a codificação
espírita, sólida,
acessível para quem a quiser abordar.
Um
manancial de conhecimentos organizados, fruto de um trabalho
metódico gigantesco, aí temos o espiritismo, essa
doutrina que sem peias transpôs a mera
constatação
fenoménica, crescendo nos horizontes
ético-filosóficos da
Humanidade.
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