Astro de Modern Family desabafa após homofobia no Facebook
Publicado no TechTudo
Homossexual assumido, o ator Jesse Tyler Ferguson está sofrendo com a
perseguição de muitos internautas no Facebook. O astro do seriado Modern
Family recentemente afirmou que apoia o casamento entre pessoas do
mesmo sexo e, por isso, está recebendo muitas críticas de supostos fãs
na rede social.
Por meio de uma publicação em seu mural, o ator comentou a situação
chata pela qual vem passando. Segundo Ferguson, nem mesmo o fato de ter
se preparado para lidar com a pressão, por ser uma figura pública, foi o
bastante para impedir que ele se irritasse com as críticas por conta de
sua sexualidade.
“Como um ator, aprendi que tenho que desenvolver uma pele forte, mas
como um humano estou passando por um momento difícil. A quantidade de
críticas que venho recebendo nos últimos dias por apoiar o casamento
homossexual é cavalar”, criticou.
Jesse aproveitou ainda para destacar que não entende como há fãs que
pensam de uma maneira "tão retrógrada" a ponto de atacá-lo simplesmente
por sua orientação sexual, e por apoiar a união estável entre pessoas do
mesmo sexo.
“Estou em choque e envergonhado de muitos dos meus ‘fãs’ por acreditarem
que sou menos importante por causa de minha orientação sexual. Para
quem se sente dessa forma, mostro a porta de saída tranquilamente e
desejo boa sorte em suas jornadas”, escreveu o ator, em post que ganhou
mais de duas mil curtidas e cerca de 60 compartilhamentos em poucas
horas.
Pastor que realizava 'cura gay' é preso acusado de abusar sexualmente de dois homens
Publicado pelo UOL
Um pastor de Minnessota (EUA) foi preso e acusado de abusar sexualmente
de dois homens durante sessões de ‘aconselhamento para se libertar de
tendências homossexuais’.
O reverendo Ryan J. Muehlhauser, pastor de uma igreja em Cambrigde,
Minnesota, responde a oito acusações criminais por abuso sexual de
rapazes que passavam pela ‘terapia’ indicada pelo pastor. Ele pode pegar
até dez anos de prisão por cada um dos crimes e pagar milhares de
dólares em multas.
Muehlhauser foi preso em 4 de novembro, mas foi formalmente acusado dos
crimes de abuso sexual nesta terça-feira (6) no tribunal do condado de
Isanti, em Cambrigde, Minessota, segundo o jornal “Daily Mail” .
Nas sessões, o pastor da igreja cristã de Lakeside pedia para os rapazes
se despirem e se masturbarem na sua frente. Em alguns casos, o pastor
segurava o genital de seus clientes, dizendo que o contato era uma forma
de ‘benção’.
Os abusos teriam ocorrido em datas diferentes, em um deles entre outubro
de 2010 a outubro de 2012, e no outro cliente entre março e novembro
deste ano.
Uma das vítimas disse a polícia que continuou as sessões mesmo depois do
abuso porque acreditava se tratar de um aconselhamento espiritual.
Muehlhauser trabalhava como conselheiro em uma organização que há 30
anos ‘aconselha homens e mulheres a fazer decisões para romper com a
vida homossexual’. A igreja a qual era ligado, no entanto, divulgou nota
contraria à prática.
“Como uma igreja, nós estamos profundamente tristes pela notícia de que
comportamentos certamente inapropriados foram realizados durante
sessões de aconselhamento por um dos nossos pastores, Ryan Muehlhauser”.
Muehlhauser atuou como pastor na igreja de Minnesota por 22 anos. Ele é casado e tem dois filhos.
Governo da França apresenta proposta para permitir casamento gay
Visto na Revista Lado A
O casamento gay foi a primeira proposta polêmica de François
Hollande (foto), do Partido Socialista, eleito presidente francês em
maio. Segundo o pacote de medidas aprovado nesta quarta-feira, os gays
poderão se casar, adotar, mas não terão acesso aos métodos de reprodução
assistida ou inseminação artificial, ao menos não como parte do
incentivo do governo para que casais franceses tenham mais filhos.
O Parlamento discute e vota o plano, retirado de um acordo entre
partidos, e que deve ser aprovado, segundo previsão, no início do
próximo ano. A inclusão dos métodos de reprodução assistida é uma das
pautas que serão levantadas pela esquerda, que deve propor sua inclusão,
já que a idéia da reforma é garantir igualdade aos cidadãos
homossexuais franceses. Na França, não é possível contratar barriga de
aluguel, pois é ilegal, e a lei não mudaria essa questão. "É um passo
importante para a igualdade de direitos", disse a ministra da Família,
Dominique Bertinotti, ao divulgar a proposta de reforma apresentado pelo
Governo.
A Igreja e conservadores são contra o pacote e fazem barulho. No
mundo, 11 países já garantem o casamento igualitário, sem distinção às
uniões convencionais. A França possui uma lei desde 1999 chamada Pacto
Civil de Solidariedade que permite a união civil de pessoas do mesmo
sexo para fins de herança e propriedade. Tal lei francesa foi copiada
por mais de uma dezena de países, que agora buscam o fim da
diferenciação jurídica das uniões gays e a promoção do chamado casamento
igualitário.
Bofe, ocó e amapô: conheça as gírias do mundo gay que estão na boca do povo
Visto no site do Mais Você
Expressões, muitas inspiradas no candomblé, já fazem parte do "Aurélia"
Não é nenhum equê dizer que os bafões aquendam qualquer um! Oi? Se você
se perdeu um pouco, não se preocupe que tudo será esclarecido! Na semana
passada, durante a exibição da quarta edição do Jogo de Panelas, uns babados fortes chamaram muito a atenção, além das comidas deliciosas de Minas Gerais, é claro! As frases do maquiador e cabeleireiro Ronan, dono de pérolas como “dar uma elza”, despertaram a curiosidade do Mais Você,
que foi às ruas descobrir outras gírias do dialeto gay que já estão na
boca do povo e ganharam até um dicionário específico, o "Aurélia".
Antes de saber o significado de cada expressão, você deve estar se
perguntando: de onde surgem essas gírias? Bom, as explicações são
variadas e, basicamente, qualquer assunto pode servir de inspiração: uma
situação em uma novela, algo que bombe nas redes sociais e até a língua
africana, mais presente no candomblé e responsável pela maioria das
palavras do dialeto.
Confira a lista abaixo e conheça as gírias e seus significados:
Irene = Velho
Gongar = Falar mal
Picumã = Peruca, cabelo
Jogar o picumã = Jogar o cabelo com a intenção de ignorar alguém
Bicha-bofe = Homossexual não efeminado
Dar a Elza = Roubar
Bofe = Homem heterossexual
Equê = Mentira
Aquendar = Chamar para prestar a atenção; fazer alguma função
Desaquenda = Vai para lá, desaparece
Ocó = Homem
Amapô = Mulher
Babado ou bafo = Podem ser várias coisas, entre elas: discussão, conversa e fofoca
Ojo = Olhar
Aqué = Dinheiro
Otim = Bebida
Ajeum = Comida
Veja os vídeos aqui
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Beleza e luta: casamentos gays no Brasil e no mundo
Por Vicente Carvalho para o Hypeness
No Brasil, recentemente foi dado um grande passo, com o reconhecimento
de união estável entre pessoas do mesmo sexo, resolvemos então reunir
alguns registros dessas uniões no nosso país:
Nas fotos abaixo, a Fabiana ainda ouviu um “Bem-vinda à família”,
dito pela matriarca da família, que fez questão de ir ao casamento da
neta:
E que tal entrar na cerimônia do seu casamento acompanhado pelo seus pais?
Priscila e Juliana vivem uma vida mais normal e tranquila do que em
muitos casamentos héteros, sua família
acompanhou-as no casamento delas
também:
Fica a nós a lição de fazer um exercício interno, entender que esses
homens e mulheres só querem reivindicar o que lhes é de direito. E que,
mais do que nunca, amor é amor, independente com quem seja.
Mais Razões para Acreditar aqui.
Gay vence Big Brother australiano e beija namorado ao vivo na tevê
Por Welton Trindade para o Parou Tudo
Austrália tem o Jean Wyllys deles agora! Benjamin Norris é o primeiro
gay a vencer o programa Big Brother de lá. A atração está na nona
edição. Logo depois de saber que foi o grande vencedor, Norris, de 32
anos, gritou: “Sou o primeiro gay a vencer o Big Brother! Viva os
gays!”.
E o engajamento não acabou aí. Ao sair do confinamento, Norris pediu o
namorado em “casamento”. Tirou uma aliança do bolso (que estava com ele
dentro da casa), apoiou-se em um dos joelhos e mandou o pedido. O
namorado aceitou e a público aplaudiu muito! Para coroar, um beijo entre
eles! Tudo mostrado ao vivo! E 250 mil dólares australianos para a lua
de mel e outras coisinhas!
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Wisconsin elege primeira lésbica assumida ao Senado americano
Visto em O Globo
A representante democrata de Wisconsin, Tammy Baldwin, fez história ao
se tornar a primeira lésbica assumida a ser eleita como senadora nos
Estados Unidos, ao derrotar o ex-governador Tommy Thompson.
O resultado é
mais um revés para os republicanos. Tammy, de 50 anos, torna-se também a
primeira senadora mulher do estado. Ela entrou para o Congresso em
1998.
Segundo projeções, o Senado deve
permanecer
democrata, com 48 cadeiras para os democratas e 42 para os republicanos.
Os dois candidatos republicanos que causaram polêmica nos EUA com sua
declarações controversas sobre o aborto vão perdendo cadeiras no Senado
americano. Em Indiana, o republicano Richard Mourdock, que declarou mês
passado que a gravidez pós-estupro ocorre por vontade de Deus,
deve perder a disputa para o democrata Joe Donnelly. Já no Missouri,
depois de dizer em agosto que “se ocorrer uma violação legítima, o corpo
da mulher tem mecanismos para se fechar”, Todd Akin perdeu para a
democrata Claire McCaskill. Com 20% das urnas apuradas, ela tem 55% dos
votos contra 38% para Akin.
Maryland, Maine e Washington aprovam casamento gay, dizem TVs
Visto no G1
Consulta continuava sendo feita em Minesotta. Casamento entre homossexuais não é reconhecido em nível federal.
Os estados americanos de Maryland, Maine e Washington aprovaram nesta
terça-feira (7) o casamento homossexual, segundo projeções das redes de
TV dos Estados Unidos.
Após a apuração de 93% das urnas, o casamento gay vencia em Maryland
por 52% dos votos, informaram as redes de televisão CNN e NBC.
A CNN revelou ainda que no Maine, o casamento entre pessoas do mesmo
sexo foi aprovado por 54% dos eleitores; em Washington, foram 52%.
O casamento gay, que não é reconhecido em nível federal, já era
autorizado nos Estados de Connecticut, Iowa, Massachusetts, New
Hampshire, Nova York, Vermont e no distrito de Columbia.
Uma consulta continuava sendo apurada em Minesotta.
Obama é reeleito e população LGBT ganha relevância nas eleições americanas
Visto no Gay1
Por Hernanny Queiroz, com Agências Internacionais
'O melhor está por vir e não
importa se você é gay ou hetero', disse em discurso.Democrata foi o
primeiro presidente a apoiar os direitos de LGBTs.
O presidente dos EUA, Barack Obama, reeleito após vencer o republicano
Mitt Romney na eleição da véspera, disse nesta quarta-feira (7) que,
para os Estados Unidos, "o melhor ainda está por vir e não importa se
você é gay ou hetero" e que ele volta à Casa Branca "mais determinado e
inspirado" para o segundo mandato.
Obama, que ganhou mais quatro anos para continuar implantando seu
programa de mudanças, teve dificuldades para iniciar seu discurso. A
plateia gritava para o presidente: "Mais quatro anos! Mais quatro anos".
Obama - que se opôs ao 'Don't Ask, Don't Tell', que proibia lésbicas,
gays ou bissexuais servindo nas Forças Armadas de anunciar publicamente
sua orientação sexual, - foi o primeiro presidente americano a apoiar
os direitos de LGBTs ao casamento. Ele disse que isso é uma crença
pessoal, "para mim, pessoalmente, é importante seguir e afirmar que
casais do mesmo sexo devem poder se casar".
Confira a parte do discurso do presidente Barack Obama:
América, eu acredito que nós podemos construir sobre o progresso que
fizemos e continuamos a lutar por novos empregos e novas oportunidades e
de segurança para a nova classe média. Acredito que podemos manter a
promessa de nossos fundadores, a idéia de que se você está disposto a
trabalhar duro, não importa quem você é ou de onde você vem ou o que
você olha como ou onde você amar. Não importa se você é negro ou branco
ou hispânica ou asiática ou indígena ou jovem ou velho ou rico ou pobre,
capaz, deficientes, gay ou hetero, você pode fazê-lo aqui na América,
se você estiver disposto a tentar.
Relevância nas eleições
Marqueteiros americanos fatiaram o país, de fato, em vários grupos de
eleitores especiais: latinos, judeus, mulheres. Um deles é o eleitorado
LGBT. Oito milhões de americanos se definiram como gays, lésbicas,
bissexuais, travestis ou transexuais, segundo pesquisa do instituto
Gallup.
O papel deles é considerado importante não tanto pelo número, mas,
sobretudo, pelo ativismo e engajamento políticos. Desde que o casamento
entre pessoas do mesmo sexo foi autorizado pela primeira vez em um
estado americano, há oito anos, 75 mil cerimônias foram realizadas, de
acordo com a Marriage Equality USA.
Apesar de serem uma parcela pequena da população, LGBTs são considerados
mais engajados, porque dedicam mais tempo, energia e dinheiro para as
campanhas políticas. Esse espírito de mobilização começou com a busca
pela igualdade de direitos. Em 1969, em um bar de Nova York, eles
decidiram enfrentar a polícia e se unir para combater a homofobia.
Tomaram as ruas e deram início ao movimento do 'Orgulho LGBT'.
Posição influi na opinião pública
A declaração de apoio de Barack Obama ao casamento entre pessoas do
mesmo sexo pode ter levado alguns norte-americanos, especialmente negros
e hispânicos, a reconsiderar sua oposição a isso, como revela uma
pesquisa Reuters/Ipsos.
Em 9 de maio, Obama se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a
se posicionar favoravelmente ao casamento igualitário. Democratas,
ativistas e outros viram nisso um marco nos direitos civis do país.
A pesquisa pergunta aos entrevistados se eles são 'contra o casamento
homossexual', se 'apoiam uniões civis homossexuais', se 'apoiam o
casamento homossexual' ou se 'não têm opinião formada'.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
"É preciso subverter o cinema gay" por Bruno Carmelo
Por Bruno Carmelo, editor do blog Discurso-Imagem.
Visto no Site Outras Palavras
Super dica do querido amigo Cleuber Nunes
Por que o cinema gay comercial está tão contaminado pelo amor romântico, com homens belos em tramas açucaradas?
A situação anda complicada para o cinema gay nos cinemas
recentemente. Por “cinema gay”, termo vago e contestável, entenda filmes
que têm como foco central personagens homossexuais e/ou questões
específicas aos indivíduos homossexuais. Em muitos casos, são filmes
reservados ao gueto, que passam em cinemas específicos de grandes
capitais.
Nestes últimos anos, Verão em L.A., Shelter e Weekend passaram em circuito comercial, enquanto produções como The Love Patient, Deixe a Luz Acesa e eCupid
passaram em festivais gays, ou sessões gays de festivais de cinema. Em
comum, os filmes acima têm uma abordagem plenamente idealizada do amor e
do próprio indivíduo homossexual: estas seis histórias tratam de amores
românticos entre jovens gays, todos belos, musculosos, brancos,
sedutores, de classe média alta.
Seus conflitos são ligados apenas ao amor, figura fantasmática (“ele
me ama, mas não podemos ficar juntos porque somos diferentes”, ou “eu o
amo, mas ele não quer compromisso sério”, ou ainda “eu o amo, mas ele
não me quer”). O relacionamento torna-se uma finalidade em si, neste
mundo-bolha de pessoas bonitas e disponíveis, onde as mulheres servem
apenas como mães, irmãs ou amigas dos protagonistas – já que a grande
maioria dos “filmes gays” retrata a homossexualidade masculina.
No final, todos estes produtos parecem o mesmo, que seja em qualidade
cinematográfica ou em discurso. É interessante que o espectador gay
possa se identificar com estes amores utópicos, que parecem extraídos de
propagandas de margarina ou páginas de revista de moda. Um exemplo foi
particularmente surpreendente: Deixe a Luz Acesa,
premiado em vários festivais e recebido com críticas muito favoráveis. A
fórmula é a mesma dos demais, mas com elementos dramáticos: um dos
amantes é viciado em drogas (nunca se vê este homem usando o que quer
que seja), o outro teme estar infectado com o HIV (mas é só um susto).
Se estes atores fossem trocados por Reese Whitherspoon e Gerard
Butler, ou Hugh Grant e Julia Roberts, teríamos uma comédia romântica
heterossexual qualquer, dessas que os críticos adoram detestar. Mas por
serem dois homens, ou ocasionalmente duas mulheres, a proposta parece
“subversiva”, “alternativa”. Como as garotinhas que sonham com o astro
da revista teen, os diretores e produtores (muitas vezes gays) do cinema
gay acham que os homens comuns precisam é sonhar com os galãs das fotos
acima.
O público acaba sendo infantilizado, reduzido ao desejo sexual
primário – supõe-se que uma produção com um amor realista, vivido por
pessoas comuns, não seja vendável no mercado. Não é questão aqui de
solucionar a dúvida da oferta e da procura (são os gays que querem ver
estes filmes, ou são estes os únicos filmes oferecidos aos gays?), mas
simplesmente de dizer que este sistema se retro-alimenta. Ele não indica
nenhuma tendência de se transformar, até porque são estes filmes
idealizados que acabam sendo selecionados nos maiores festivais e
recompensados pelos prêmios gays, como o Teddy.
Logicamente, nem todos os filmes seguem a estética publicitária do amor perfeito. Kaboom retratava de maneira despojada a plurissexualidade adolescente, Fucking Different XXX ousou mostrar o sexo sem pudores, e sem padrões, Tomboy
explorou a identidade de gênero na infância, com grande naturalidade.
Mas a razão pela qual falamos destas produções é justamente por
constituírem exceções.
Ora, chegou o momento de um verdadeiro debate ser feito nos
festivais, e de os gays se manifestarem quanto ao conteúdo que consomem.
Não basta o festival selecionar um filme pela simples temática,
independentemente da qualidade que ela propõe. Em outras palavras, não
basta um filme ser gay para ele ser interessante, ele precisa propor uma
maneira diferente de retratar o amor, as pessoas. A comunidade
homossexual não pode se limitar a copiar os códigos do amor idealizado
heterossexual, ele precisa achar sua estética e sua cultura próprias.
Em novembro chega a São Paulo e ao Rio de Janeiro o Festival Mix Brasil,
com mais de cem filmes sobre o gênero. Vamos torcer para os curadores
terem selecionado, e que o público prestigie, apenas as produções que
propõem um olhar diferente, questionador, provocador e reflexivo sobre a
cultura gay. Vamos torcer para que os filmes parem de ser histórias
conformistas e apolíticas, para um público alienado, querendo sonhar com
o homem ideal e o relacionamento perfeito.
"Quatro Estados americanos decidem sobre casamento igualitário" Por Hernanny Queiroz
Por Hernanny Queiroz para o Gay1
Da legalização da maconha e do casamento entre pessoas do mesmo sexo à
retirada de leis de segregação desatualizadas na constituição do estado
do Alabama, os eleitores norte-americanos têm muito mais decisões a
tomar nesta semana do que simplesmente escolher o próximo presidente do
país.
Casamento igualitário faz parte da lista de algumas das 172 medidas
eleitorais que os eleitores em certos estados serão convidados a votar
no dia 6 de novembro.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo tem sido um assunto quente nos
Estados Unidos. Mas este ano é a primeira vez que alguns eleitores serão
perguntados se querem aprovar, em vez de proibir, o reconhecimento
legal do casamento igualitário.
Eleitores do Maine devem aprovar um referendo buscando legalizar o casamento homoafetivo.
As pesquisas também mostram que simpatizantes podem prevalecer sobre os
contrários ao casamento entre pessoas do mesmo sexo em Maryland e no
estado de Washington, enquanto não está claro se os esforços para tornar
Minnesota o 31º estado a alterar sua constituição que bane o casamento
igualitário serão bem-sucedidos.
Lady Gaga divulgou, no último fim de semana, um vídeo em que orienta os eleitores a optar pela união homoafetiva, e divulga o site The Four 2012, que reúne informações a respeito da questão.
O Google também lançou uma campanha para incentivar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o mundo. Funcionários LGBT foram convidados a prestarem depoimentos sobre suas experiências.
Brad Pitt doa US$ 100 mil a favor do casamento igualitário
nos EUA, segundo o jornal 'The Los Angeles Times', os organizadores da
campanha esperam que o apoio do ator vá estimular mais doações para a
votação.
Posições de Obama e Romney sobre direitos LGBT:
Romney se opõe ao casamento e à união civil entre pessoas do mesmo sexo,
e apoia uma emenda constitucional que define o casamento como uma união
entre um homem e uma mulher. Ele se opôs à revogação do 'Don't Ask,
Don't Tell', que proibia lésbicas, gays ou bissexuais servindo nas
Forças Armadas de anunciar publicamente sua orientação sexual, mas
anunciou que não vai tentar retomar esta política.
Obama - que se opôs ao 'Don't Ask, Don't Tell' - foi o primeiro
presidente americano a apoiar os direitos de LGBTs ao casamento. Ele
disse que isso é uma crença pessoal, mas afirmou que a decisão de
legalizar o casamento igualitário seria uma decisão deixada para cada
estado separadamente.
"O meu direito é o seu direito, e vice-versa" Por Allan Johan
Por Allan Johan para a Revista Lado A
Há uma dificuldade de se entender os direitos gays. Para algumas
pessoas, é inconcebível que gays possam andar de mãos dadas nas ruas,
manifestar carinho, se casar, serem felizes, da mesma forma que é
permitido aos heterossexuais. O direito do outro não diminui o meu
direito, ele precisa sim se igualar ao meu.
Há diversas concepções de Deus. Da mesma forma que eu tenho o
direito de ter e manifestar a minha fé, o outro deve ter. Isso inclui o
respeito e direitos de quem não acredita em nenhum Deus, ou que cultue
deuses antagônicos aos meus, ou demônios, espíritos ou até mesmo
unicórnios e duendes. O meu direito à fé não pode interferir no direito
do outro. Nenhuma fé pode ser colocada como superior, por mais que isso
faça parte dos ensinamentos de tal religião. O Deus único e supremo não
pode sair das portas dos templos e das consciências das pessoas. Não
pode interferir no Estado ou ser usado para julgar o outro, ou o Deus do
outro, ou a ausência de fé alheia.
O mesmo vale para a orientação sexual. Eu posso crer que ser
heterossexual é melhor, mas jamais posso subjulgar qualquer outra
orientação sexual. Posso desejar que meu filho seja heterossexual, mas
não posso dizer que homossexuais não são dignos ou não são cidadãos
merecedores de direitos iguais aos meus. O mesmo vale para o fato de
vantajoso ser homem em nossa sociedade, mesmo assim, as mulheres não
podem ser discriminadas ou prejudicadas por serem mulheres. Mesmo que
haja um livro afirmando isso e que você foi ensinado a segui-lo.
No Brasil, perdemos um pouco a noção do que é o direito do outro
pois somos acostumados com uma sociedade de vantagens maiores a
determinados grupos, seja econômicos, raciais, famílias tradicionais ou
mesmo cargo ou relacionamento interpessoal. Somos acostumados a ceder, a
não exigir nossos direitos, e acabamos perdendo esse referencial de
espelho. O outro, sou eu.
Ficamos calados ao ver uma injustiça e nos conformamos com o “azar”
alheio ou nosso, alegando que somos brasileiros e não desistimos nunca
ou apelando para o tal jeitinho depois. Por isso, algumas lutas não são
de grupos individuais, são de todos. Pois a construção da igualdade de
direitos é um exercício cívico e traz benefícios a toda sociedade. Ao
conhecermos o caminho da promoção da igualdade teremos oportunidades
para todos, lutaremos pelas nossas semelhanças e deficiências comuns,
mesmo hoje estando separados pelas diferenças.
É um jogo de ceder, de ganhar e perder, com um objetivo maior. É
fazer política de forma correta. Mas não é possível negociar direitos,
esses não se negociam e a igualdade é o único resultado aceitável.
Vivemos em uma sociedade na qual direitos e deveres não são iguais a
todos, mas caminhamos a conquistas em que uma leva a outra. Começou com o
fim da escravidão, o voto feminino, o divórcio e temos ainda alguns
direitos a virem, como o respeito a comunidade LGBT e o aborto. São
temas polêmicos, mas são direitos terrenos, que impactam sobre a
felicidade diretamente dos envolvidos e não afetam a vida em sociedade.
Devemos olhar o outro sob a ótica de que se eu posso, ele também
deve poder. E não nos gabarmos do que podemos mais por poder econômico
ou qualquer outro que seja. Ou pior, não me ver no outro pois a situação
dele não me é familiar, ou seja, renegar aceitar a mudança por
acreditar que a pessoa é culpada pela própria situação em que se
encontra. Esse olhar “socialista” deve permear as relações entre as
pessoas e daremos então mais valor a conquistas reais e coletivas, ao
invés de objetivos pessoais ou privilégio de pequenos grupos.
domingo, 4 de novembro de 2012
Lésbica sofre tentativa de estupro corretivo em Alagoas
Publicado no blog do GazetaWeb
Por Nildo Correia
A Lésbica Fernanda Albuquerque passou por momentos de terror na noite do
último sábado em Maceió. A mesma foi abordada por um motoqueiro, que
invadiu sua residência e tentou estuprar a mesma, após várias mordidas,
arranhões e agressões físicas, além de afirmar que “mostraria a ela como
seria bom ser mulher”! Fernanda reagiu e conseguiu sair da casa pedindo
socorro aos vizinhos, o criminoso fugiu com medo de ser linchado. A
polícia foi chamada por dos vizinhos pelo 190, mas não apareceu no
local.
Estupro corretivo é uma prática criminosa, segundo a qual um ou mais
homens estupram mulheres lésbicas ou que parecem ser, supostamente como
forma de “curar” a mulher de sua orientação sexual.
Este é o 4º caso de violência gratuita praticada contra LGBT em Alagoas,
no mês de outubro. O primeiro foi em Delmiro Gouveia, que resultou em
assassinato, o casal Allysson e Eduardo, em Maceió sofreram tentativa de
assassinato, com 10 disparos, autoria de um suposto Policial Militar do
BPtran e por ultimo o caso de Fernanda.
O Movimento Basta de Homofobia está solicitando a Secretaria de
Segurança Publica de Alagoas, maior agilidade para identificar punir os
suspeitos de todos os crimes, além de solicitar a Secretaria da Mulher,
Cidadania e Direitos Humanos de Alagoas que acompanhe os casos através
do Centro de Referência em Cidadania e Direitos Humanos.
Para Dino Alves – Diretor Geral da Ong Pró-Vida, o “estupro corretivo” é
baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas
para “se tornarem heterossexuais”, está é uma batalha da pobreza, do
machismo e da homofobia. Acabar com a cultura do estupro requer uma
ação, para assim trazer mudanças que contribua no combata essa prática
criminosa.
Transexual que mudou de sexo aos 16 anos estrela documentário inglês
Publicado pelo G1
Um filme de uma hora que documenta a tentativa da transexual inglesa
Jackie Green, 19 anos, de se tornar Miss Inglaterra, será exibido no
Reino Unido. A transmissão do documentário "Transsexual teen, beauty
queen" (em português, "adolescente transexual, rainha da beleza"), foi
anunciada pelo canal de TV inglês BBC Three para o 19 de novembro. O
documentário de observação também mostra as dificuldades que ela passou
desde criança até se tornar, aos 16 anos, "a mais jovem transexual do
mundo", de acordo com o site oficial do canal.
"A garota de 18 anos [hoje aos 19], nascida um garoto chamado Jack, quer
se tornar um modelo de comportamento para a comunidade trans, e espera
que competir no concurso de beleza vai inspirar outros jovens a lidar
com problemas de identidade de gênero. Mas como ela vai se sair ao lado
de algumas das garotas mais bonitas do país?", descreve o site oficial
do canal.
"O filme se aprofunda no passado difícil de Jackie: de ouvir em primeira
mão como ela se deu conta que estava presa em um corpo de garota e o
efeito disso em sua família unida, e como ela fez a transição social de
garoto a garota, com apenas oito anos, até como o bullying no colégio a
levou perto do suicídio e como sua vida foi mudada por um médico
americano que interrompeu sua puberdade masculina", completa o site.
Jackie Green chegou às semi-finais do concurso, mas não o venceu,
segundo reportagem neste domingo (4) do tablóide inglês "Daily Mail".
Ela disse ao jornal que, aos quatro anos, falou para sua mãe, Susan:
"Deus cometeu um erro, eu deveria ser uma garota". Descontente com seu
corpo, Jack forçou uma overdose aos 11 anos e cometeu outras seis
tentativas de suicído aos 15, além de tentar mutilar sua genitália.
Os pais apoiaram a sua mudança de sexo aos 16 anos."No Reino Unido, a
mudança de sexo não pode ser feita até que o paciente faça 18 anos, mas
Susan descobriu um cirurgião na Tailândia que aceitou fazer a cirurgia
em Jackie aos 16 (desde então, a Tailândia adotou o padrão internacional
de 18)", diz o "Daily Mail".
Jackie contou ao jornal que namora há dois anos um garoto da mesma idade
que a sua e trabalha de hostess em uma loja de roupas e acessório em
Londres.
EUA: Para homossexual republicano, casamento gay não deve ser legalizado.
Publicado pelo Terra
Por Carla Ruas
Uma das principais diferenças entre os candidatos presidenciais nos
Estados Unidos são suas posições com relação ao casamento entre pessoas
do mesmo sexo. O republicano Mitt Romney acredita que casamento deve
existir somente entre homens e mulheres, e quer instituir uma lei
federal para proibir a união gay em todo o país. Enquanto isso, o
democrata Barack Obama se tornou, em maio, o primeiro presidente
americano a assumir publicamente que apoia casamento entre homossexuais.
No meio dessa polêmica, estão eleitores que concordam com a plataforma
dos republicanos - como menos impostos e livre mercado -, mas ao mesmo
tempo apoiam a comunidade LGBT. Entre eles, estão grupos dentro do
partido republicano, como o "Homocon" e o "Liberdade é Fabulosa". E
também indivíduos como o trabalhador de construção civil Shawn Laura, 39
anos, que é gay, mas mora em Provo, Utah, o condado mais republicano
dos Estados Unidos.
Shawn explica que escolheu ser republicano porque o partido luta por
menos restrições para armas de fogo, uma das suas paixões. Além disso,
ele não gosta da assistência social oferecida pelo governo de Barack
Obama porque acredita que a Igreja deve se responsabilizar pela ajuda ao
próximo. Mas quando o assunto é casamento gay, ele fica dividido entre
os dois partidos. "Estou lidando com essa questão pessoalmente. É
difícil".
Sua posição fica ainda mais complicada por frequentar a Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a mesma de Mitt Romney, e que
influencia parte das visões do candidato. Segundo Shawn, os mórmons
acreditam que o casamento é sagrado e que a homossexualidade pode ser
curada através da intervenção da Igreja. Por isso, ele ainda não contou
para sua congregação sobre sua orientação sexual. "Estou rezando sozinho
para encontrar paz na minha consciência", diz.
Entre tantas opiniões, Shawn resolveu se posicionar contra a
oficialização da união homossexual nestas eleições. "Não tenho nada
contra duas pessoas que querem se unir, mas acho que o Estado não
precisa estar envolvido nesta decisão", diz. Com este ponto de vista,
ele passa a apoiar 100% o seu candidato, Mitt Romney, que defende
igualdade e respeito para os homossexuais, mas não casamento.
O candidato republicano quer, inclusive, implementar uma emenda na
Constituição que definiria casamento como uma instituição exclusivamente
entre homens e mulheres. Hoje em dia, seis Estados e mais o Distrito de
Columbia reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mitt
Romney teme que os Estados que são contra se sintam pressionados a mudar
sua legislação até que todos sejam a favor.
Barack Obama declarou o oposto em entrevista à rede de televisão
americana ABC, em maio deste ano. No entanto, ele ainda acha que a
legislação cabe a cada Estado, e não ao governo federal. Obama se tornou
o primeiro presidente americano a apoiar igualdade no casamento, e
desde então os democratas incluíram a plataforma na sua agenda nacional.
Apoio ao casamento gay cresce nos EUA
Um levantamento realizado pelo Instituto Pew em julho deste ano mostrou
que, pela primeira vez, a maioria dos americanos apoia o casamento entre
homossexuais. A pesquisa, amplamente divulgada nos Estados Unidos,
mostra que 48% aprovam a iniciativa contra 44% que desaprovam. Em 2008,
39% eram a favor.
De acordo com essa pesquisa, o apoio está crescendo inclusive entre os
republicanos, embora de forma muito tímida. Em 2008, 73% desse grupo se
opunha ao casamento gay, índice que caiu para 70% em 2012. Enquanto
isso, entre os democratas, a aprovação subiu de 50% para 65%.