quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CRIANÇAS

CRIANÇAS COLADAS SEARA DE ÓDIO






Não, aborto não!. Não te quero em meus braços!-dizia a jovem Mãe,a quem a lei do senhor conferia a doce missão da maternidade,para o filho que desabrochava do seio-não me furtarás a beleza! Significas trabalho,renunciação,do sofrimento..._mãe,deixa-me viver!...-suplicava-lhe a criancinha no santuário da consciência-estamos juntos! Dá-me a bênção do corpo! Devo lutar e regenerar-me,sorverei contigo a taça de suor e lagrima, procurando redimir-me... Completar-nos-emos,Dá-me arrimo,dar-te-ei alegria.serás para mim a árvore de luz, em cujos ramos tecerei o meu ninho de paz e de esperança...-ao,não... -Não me abandones!-Expulsar-te-ei,piedade,Mãe! Não vês que procedemos de longe, alma com alma,coração a coração? Que importa o passado?vejo em ti Esqueceste mãe,de que Deus nos reúne?Não me reder a porta!... Sou mulher e sou livre, sufocar-te-ei antes do berço... Compadece-te de!...-Não posso,sou mo e prazer, és pertubação obstáculo. Ajuda-me! Auxiliar-te seria corar em minha própria carne,Disputo a minha felicidade e a minha leveza feminil... Mãe,ama-me!procuro o serviço de minha restauração..dia a dia,renovava-se o diálogo sem palavras,ate que, quando a criança tentava vir à luz,disse-lhe a mãezinha cega e infortunada, constrange-o-a a beber o fel da frustração; toma à sombra de onde vens!morre!morre! mãe, mãe protege-me! Deia-me viver...Nunca! ocorre-me! não posso, Duramente replicou o pobre filho nas trevas da reavalia no anseio desesperado de preservar o corpo no,agarrou-se ao coração dela,que destrambelhou,à maneira de um relógio desconsertado..Ambos,então,ao invés continuarem na graça da vida,precipitaram-se no despenhadeiro da morte,Desprovidos do invólucro carnal. projetaram-se no Espaço,gritando acusações reciproco, Acham-se porém,imanados um ao outro,pelas cadeias agenéticas de pesados compromissos, arrastando-se por muito tempo,detestando-se e recriminação mutuamente...A semente de crueldade atraíra a seara de ódio,E a seara de ódio lhes impunha efrato desequilíbrio e inquietantes,para os dois,até que um dia ,caridoso espirito de mulher recordou-se deles em preces de carinho e piedade, como a oferta-lhes o próprio seio deram a famintos de consolo e renovação, aceitando o generoso abrigo...Envolvidos pela caricia maternal .repousaram fim,Brando sono pacificou-a mente dolorida, Todavia,quado desapertaram de novo na Terra, traziam ótima do clamoroso débito em que se viam reunido,reaparecendo,entre os homens,como duas almas apaixonadas a carne,disputando o mesmo vaso, em forma de um corpo único, sustentando duas cabeças.

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