Dedicamos este texto aos companheiros de jornada que são pertinazes, porém referimo-nos ao sentido negativo da palavra.
Todo
mundo um dia já teimou em algo, por isso este texto poderá servir de
reflexão a todos nós, que estamos sempre buscando nos desvencilhar dos
erros próprios das pessoas que precisam se melhorar.
Há
os que insistem em manter-se “cegos” e “surdos” diante da verdade
Maior. Do que falamos? Da realidade que permeia o mundo dos desavisados,
aqueles que se mantém firmes no objetivo de não ouvir verdadeiramente o
que o outro fala no sentido de alertar e ajudar.
A teimosia é escolho, atrasa a evolução, o entendimento e a harmonia interna.
Não
nos referimos aqui aos que compreendem a necessidade de deixar certos
vícios, emendando-se e buscando uma nova postura, mas sim aos que passam
muito tempo presos a esta forma negativa de “ver” o mundo.
Os
teimosos normalmente não veem erro no que fazem, não escutam conselhos e
não admitem ouvir qualquer assunto direcionado a si que tenha relação
com a crítica positiva.
Só
escutam o que lhes convém, só aceitam os conselhos que alimentam mais a
vaidade e, muitas vezes se quem os der for uma pessoa que julgam ser
“inferior”, “inexperiente”, ou até mesmo com menos idade, por exemplo,
tornam-se arredios e distantes, desprezando intimamente o que lhes foi
dito.
Interpretam
na maioria das vezes as admoestações de modo negativo, fazem chantagem
emocional, retorcem os fatos e acusam os outros de estarem errados.
Há
os que são além de pertinazes, vaidosos, tornam assim ainda mais
difícil o diálogo, desviando-se dos conselhos e das correções que
geralmente necessitamos fazer ao longo de nossa vida, e costumam afirmar
sempre:
“O
erro é sempre do (a) outro (a), eu sempre sou vítima e sou mal
interpretado (a). Estou certo (a) no meu modo de ser e de agir, tenho
“certeza” que tenho a razão!...”
Vivemos
em comunidade, em grupos sociais onde o convívio é obrigatório, as
mudanças em nossa forma de pensar são comuns ao longo da vida, pois
aprendemos e reaprendemos todos os dias. O que não quer dizer que não
possamos errar, muito pelo contrário!
É
natural que existam falhas, e é comum do ponto de vista humano a
necessidade das emendas, crescemos um com o outro e os exemplos bons
precisam ser assimilados.
Muito
difícil se torna para os “teimosos de plantão” enxergar que a
advertência por parte das criaturas amorosas, vem com um desejo puro de
auxiliar e jamais de condenar. Neste texto não estamos fazendo
referências aos que apontam de forma negativa e irresponsável os
defeitos dos semelhantes.
Queremos convidar a todos para uma meditação sobre o tempo que se perde com o orgulho, com a vaidade e com a teimosia.
Talvez
isso ocorra por ser um vício antigo da alma, o indivíduo tem a
necessidade de se esconder, deve ser por medo ou por preguiça de avançar
e então, prefere ficar estacionado.
A
alma humana precisa evoluir, “adormece” às vezes, mas nunca retroage e o
tempo perdido, com certeza é compensado quando reconhece-se o fracasso e
vai-se em busca de novo ânimo para retomar a caminhada, já não mais
incidindo no erro.
A
teimosia excessiva é característica daqueles que estão ainda presos a
um conceito ultrapassado, espíritos que ainda podem estar ligados ao
sectarismo e à vaidade cega. Ainda preferem ter o ego “massageado”,
vivendo iludidos, ouvindo “um conjunto de frases” repetidas podendo até
ser positivas, mas que não diferem em nada em seu conteúdo, do que ouvir
exortações e orientações necessárias que concorrem para equilíbrio e
harmonia do espírito.
O
orgulhoso perde boas oportunidades porque não vê a necessidade de
corrigir-se, acredita que já o está fazendo e que não é preciso ouvir o
que não lhe agrada.
Aprender a ouvir é ato de humildade e de extrema relevância para a retificação do espírito que ainda estagia na ignorância.
Escutar
e aceitar de coração os bons conselhos é um proceder digno das pessoas
mansas, pois devemos sabiamente usufruir o que for bom para nós e nos
desvencilharmos rapidamente de tudo o que não nos servir.
As
pessoas que nos admoestam, se o fazem por amor nos querem bem, elas
reparam em nós algo que mais adiante nos impedirá de crescer. E mesmo as
que nos criticam de forma a nos ofender, devem ser ouvidas atentamente.
Esqueçamos-nos das ofensas observando se não há um “tantinho” assim de
verdade no que nos foi dito.
Vamos
todos a cada dia nos observar minuciosamente, no intuito positivo de
buscar para nossa alma a retidão de caráter e a humildade, tão
necessárias.
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