O Homem e a Natureza
A Umbanda nos ensina entre outras coisas o
culto aos Orixás e à natureza. Ela nos propõe a ideia de respeito integral a
todos os seres e aos nossos irmãos menores.
O planeta é “nossa mãe”, dessa “essência”
retiramos tudo para nossa sobrevivência e aprimoramento.
É curioso e triste observarmos o quanto
contribuímos para seu desequilíbrio, com os excessos cometidos em nome da
ignorância e da estupidez humanas.
O meio ambiente nunca esteve tão prejudicado
quanto nos tempos atuais. O lixo tóxico é despejado nos rios, que são fonte de
vida para nós e para a fauna e flora locais.
Em nossos oceanos observamos paralisados que a ganância
e a falta de prudência, contribuem para que milhares de litros de petróleo
poluam “acidentalmente” o mar, matando espécies marinhas, sujando as praias e
envenenando os peixes. Sem contar com o lixo que é lançado ao mar pelos
marinheiros desavisados e mal educados, entre outros.
Nas praias vemos os dejetos serem esquecidos
nas areias, pelos turistas e usuários locais, como se não fosse
responsabilidade de quem os deixou ali.
As oferendas são depositadas pelos religiosos,
no fim do ano e nas épocas festivas, onde se faz homenagens. Sujam as praias
obstaculizando a passagem dos transeuntes, sem contar que este excesso causa
uma poluição visual.
É claro que não somos contra nossos confrades
por isso, nem por qualquer outro motivo, respeitamos o ir e vir dos nossos
irmãos, fazemos aqui apenas uma reflexão sobre as agressões que a natureza
sofre em decorrência de nossas ações impensadas.
As matas são “presenteadas” com objetos
deixados pelas pessoas que praticam camping e outras atividades ligadas as
florestas e matas nativas (natureza). São garrafas pet vazias, preservativos,
restos de cordas, lixo orgânico roupas que ficam esquecidas, vidros, bitucas de
cigarro etc.
Os homens estão cegos e doentes, cortam nossas
árvores sem nenhum controle, desmatam desordenadamente, ateiam fogo, matam as espécies
para lhes roubar a pele. Retiram-lhes até os dentes para fazer colar e se
enfeitarem (como se ainda estivessem vivendo num tempo remoto, onde os indivíduos
nas tribos locais se enfeitavam com os dentes e a pele da caça), retirando
também as penas, os chifres, os órgãos, deixando milhares de filhotes
desamparados em decorrência da caça desrespeitosa.
Agridem os indígenas, interferem em sua cultura
desrespeitosamente, extraem minerais e metais preciosos, poluindo os rios com
metais pesados, devastando tudo à frente e causando um colapso no meio ambiente.
É de desanimar qualquer cristão!
Já nas grandes metrópoles o que vemos é uma
reação violenta da natureza, cidades são construídas sem planejamento prévio. As
pessoas vão se mudando para os arredores das mesmas e constroem de forma
desordenada não respeitando a topografia do lugar, o crescimento da população é
desproporcional ao controle que os órgãos públicos têm, acarretando em mais um
colapso, pois a sociedade tem membros que desconhecem a necessidade da
educação, da reciclagem dos produtos usados por nós, da preservação do meio
ambiente e da construção equilibrada, que visa meios inteligentes de não
agredir a natureza, de forma a não tomar para si prejuízos futuros.
Infelizmente é muito comum vermos a sujeira no
chão dos lugares por onde passamos, tanto nos centros comerciais, quanto nos
bairros.
Quando vem a chuva, aquele lixo que foi deixado
em qualquer lugar, causa entupimentos absurdos, inundações, alagamento de ruas
e casas.
Os desmoronamentos são uma realidade cruel para
as pessoas, os soterramentos são um triste fato e não só atingem as camadas
mais pobres da sociedade, mas também prejudicam os que têm situação econômica
mais equilibrada. Para tanto repetimos, basta à construção desordenada e
imprudente em lugares onde a topografia denuncia o perigo.
Os reatores nucleares não são suficientemente
seguros, a cobiça e a arrogância do homem, impedem-no de pensar acauteladamente
sobre estas questões.
Os carros
poluem o ar que respiramos com substâncias agressivas ao nosso organismo,
podemos citar também os produtos químicos tóxicos que contribuem para a
destruição da camada de Ozônio, gerando entre outros um aquecimento, que causa
o derretimento das calotas polares. Onde é que vamos parar pessoal?!!!
Isto não é problema só dos que poluem, é nosso
também! Mesmo dos que nada fazem para prejudicar o meio em que vivem, a
responsabilidade também é nossa, claro que não nos referimos aos que já cuidam
da natureza, preservando-a e “lutando” de forma honrosa para protege-la, estes
já fazem parte dos que atuam de forma positiva, estão acima de nossas
observações.
Todos nós precisamos contribuir de forma maciça
para que não fiquemos sem a natureza.
Nós que cultuamos a Umbanda Ligamo-nos aos
orixás, às forças positivas e aos guias espirituais que servem nesta “vertente
de luz”, através do que há na natureza.
Nos utilizamos destas formas como símbolos,
representações, onde em nosso culto nos conectamos à estas forças, nos renovando
e reequilibrando-nos. Então, perguntamos: o que será de nós no futuro sem estas
“ligações”?
A fauna e a flora fazem parte deste planeta,
assim como nós, porém, das espécies existentes somos a que têm inteligência e
discernimento, entretanto somos os mais violentos e cruéis seres que já
habitaram este lindo planeta azul. Tornamo-nos hábeis estrategistas em destruir
e desequilibrar a “própria casa”, o nosso hábitat, poluindo, devastando e
matando.
As criaturas necessitam compreender que aqui é
nossa casa, onde permaneceremos por muito tempo ainda, é preciso entender que todas
as nossas ações causam reações.
Nosso orbe sofre um conjunto de ações
negativas, isto significa que também sofremos, a natureza é implacável quando
se trata de catástrofes e somos nós as suas maiores vítimas.
Busquemos de forma equilibrada nos
conscientizarmos da necessidade urgente de cuidarmos do meio ambiente. Passemos
a respeitar o que está a nossa volta, interagindo de forma saudável e
equilibrada com tudo ao nosso redor, sendo umbandistas ou não.
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