Barreiras, 01 de
novembro de 2011
AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR
MANUEL DA COSTA FILHO
M.D. PROMOTOR DE JUSTIÇA
DA 6ª PROMOTORIA REGIONAL DE BARREIRAS – MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA.
NESTA
Eu, FLÁVIO ALVES CORDEIRO, portador do RG 1.190.028 SSP/DF, residente e
domiciliado na Rua Barão de Cotegipe, 207 – Centro – Barreiras – Bahia, venho
através deste, externar minha posição com relação à resposta ao ofício nº
038/2011, enviado pela Embasa no dia 04/08/2011 e recebido por esta Promotoria
de Justiça no dia 08/08/2011, às 17:00h, pela servidora Anna Carolina.
Pelo
referido ofício verifiquei que a Embasa admite que existe ar na rede de água,
conforme relatórios anexados dos anos de 1997 a 2001 que demonstram que a instalação das
ventosas contaminam a água. Durante este tempo, a tecnologia evoluiu e a Embasa
não acompanhou, pois nada fez para se atualizar e impedir que a água fosse
contaminada pela instalação dessas ventosas. Há uma pesquisa de minha autoria,
baseada em leis de outros estados sobre o assunto, onde posso demonstrar que
existem soluções atuais que podem ser implantadas para eliminar a existência de
ar na rede de abastecimento de água da cidade.
CONCLUSÃO:
A
Embasa admite a existência de ar na rede de água, mas não toma qualquer tipo de
providência. Na prática, isso significa que os consumidores pagarão por água e
ar, já que os atuais hidrômetros são incapazes de distinguir os elementos. Na
minha concepção, a Embasa cobra taxas exorbitantes sobre os serviços prestados de
água e esgoto, sem garantir um mínimo de qualidade e a satisfação dos usuários.
Quando
a rede de esgoto em nosso município estiver concluída, os usuários irão pagar,
além do consumo de água, uma taxa de 80% sobre o valor da conta de água,
referente à rede de esgoto. É algo inconcebível e absurdo, visto que a Embasa
está adquirindo e implantando materiais que não comportarão o fornecimento
futuro de água e canalização do esgoto, levando-se em conta o atual ritmo de
crescimento habitacional e socioeconômico da cidade. Fora o fato de que o montante
destinado a esta obra de esgotamento sanitário foi concedido mediante
empréstimo contraído junto à Caixa Econômica Federal e, após a conclusão das
obras, a Embasa irá receber o valor investido sobretaxando o contribuinte,
quando na verdade, deveria fazer apenas sua obrigação como fornecedora de água
e saneamento básico e não apenas para visar lucros sem nada investir em troca. Cabe lembrar
também que a Embasa permaneceu 30 anos sem contrato com o município de
Barreiras, obtendo vultosos lucros, cobrando taxas duvidosas e mal-esclarecidas
sem ter construído um metro sequer de saneamento básico durante todo este
tempo. Pergunto: Para onde terá ido este dinheiro?
Recentemente,
a Embasa trocou meu hidrômetro, que possuía 12 anos de uso, sendo que a sua
vida útil é de 4 a
5 anos e alegou que o aparelho estava informando a medição de forma incorreta.
Este fato ocorreu no dia 08/10/2011, às 10:00h. Neste mesmo dia, um dos
funcionários terceirizados comentou com a Srª. Eunalice Fidélis, servidora
pública municipal e minha vizinha, de que não possui a qualificação necessária
para efetuar a leitura dos hidrômetros.
Sem mais para o momento e aguardando
uma solução para esse problema, subscrevo-me acreditando no seu espírito de
colaboração.
Atenciosamente
Flávio
Alves Cordeiro
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