quinta-feira, 1 de março de 2012

Artigo
A DOUTRINA ESPÍRITA E A CORRUPÇÃO NA POLÍTICA.

Há alguns meses havíamos conclamado a participação dos espíritas no movimento de combate à corrupção na Política Brasileira. A reação dos espíritas, embora acanhada, foi prestada. Hoje, aqueles que aderiram ao movimento já podem se sentir compensados. O projeto que proíbe políticos de ficha suja se candidatarem está em trâmite final no nosso Congresso.


Para comemorar esse avanço com a participação vamos relembrar a nossa conclamação abaixo.


Estamos apoiando o movimento de combate à corrupção política. Precisamos, em todo o Brasil, de 1.500.000 assinaturas de eleitores para aprovar um projeto de lei de iniciativa particular que proíbe a candidatura de políticos com fichas sujas. Por isso solicitamos sua adesão.


Existe, no movimento espírita brasileiro, um mito de que a participação política é contrária aos princípios da doutrina. Buscamos nas obras básicas alguns subsídios que possam levar o espírita a decidir pela assinatura ou não da lista que lhe será apresentada.


A obra matriz da Doutrina dos Espíritos é O Livro dos Espíritos. (Nele encontramos na questão 781 a): “O que pensar dos homens que tentam deter a marcha do progresso e fazem com que a humanidade retroceda? - Pobres seres; . Serão arrastados pela torrente que pretendem deter.”.


Outra amarra que o movimento espírita, às vezes endossa, é o rigorismo na interpretação da parábola evangélica; não julgueis para não serdes julgados. Procuramos nas obras básicas um antídoto contra esse rigorismo e fomos encontrá-lo no O Evangelho Segundo do Espiritismo. A citação está escrita no capítulo XX, item 21: “Há casos nos quais é útil revelar o mal do outro? Essa questão é muito delicada, e aqui é preciso fazer um chamado à caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, não há utilidade alguma em fazê-las conhecidas. Mas se elas podem causar prejuízo a outros, é preferível o interesse da maioria ao interesse de um só. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser um dever; pois antes caia um homem que vários sejam feitos suas vítimas ou logrados por ele. Nesse caso, é preciso pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes (São Luiz. Paris, 1860).” A questão acima se aplica, inteiramente, aos políticos de fichas sujas, que tentam se reeleger para beneficiar-se do fórum privilegiado, onde, geralmente, não são condenados. Não poderia ser diferente, pois a doutrina não aceita rigorismo ou fanatismo e, sim a coerência com o bem, com o progresso e com melhores caminhos para um futuro redentor, sem fugir à justiça.


Num recente opúsculo – Atitudes de Amor - o espírito Bezerra de Menezes conclama as entidades espíritas a participarem das questões sociais da comunidade. Esta questão social da corrupção na política é urgente, uma vez que, se nos livrarmos dos políticos corruptos estaremos limpando a estrada de ascensão ao mundo regenerador, apontado por São Agostino no O Evangelho Capítulo III. O opúsculo Atitudes de Amor encontra-se, também, transcrito no livro Seara Bendita e com algumas citações em Lírios de Esperança, psicografados por Wanderley Soares de Oliveira.


Vamos dar nossa colaboração procurando pavimentar o caminho do futuro redentor, procurando, aderindo ao movimento contra a corrupção na política, eliminar a possibilidade de políticos com fichas sujas se candidatarem.


José Carlos de Souza – Engenheiro Civil – Especialização em Administração Pública e extensão em Meio Ambiente e Liderança Social. – Conselheiro da Associação de Divulgação da Doutrina Espírita.

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